segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Agilidade e flexibilidade vigiadas

Desde a infância, ouço reclamações exacerbadas relativas à burocracia brasileira. Ao ingressar na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), em 1985, como estudante do curso de Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, prometi a mim mesmo que usaria tudo o que tivesse de forças para enfrentar a burocracia paralisante do serviço público. Consegui pouco como estudante, até 1992, quando me graduei em Licenciatura em Letras, o segundo curso. Em 1993, ingressei como professor, no curso de Comunicação Social. Seis meses depois, era escolhido, em consulta popular, o Chefe de Departamento. Depois, fui coordenador de curso, coordenador do Programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação (PPGCCOM) por quatro anos e, em julho de 2013, aceitei o desafio a mim proposto pela então reitora reeleita, Márcia Perales Mendes Silva, de ser o gestor da Pós-graduação da Instituição. Laçamos aos coordenadores e coordenadoras de Programas de Pós-graduação um desafio conjunto: tornar Pós-graduação da UFAM, ágil, flexível e de qualidade. No meio do ano passado, após um ano de discussões, aprovamos um conjunto de resoluções que, pelo menos, no papel, dão agilidade e flexibilidade à Pós-graduação da UFAM. Recentemente, porém, ouvi de um dos professores: ”você quer desburocratizar a Pós da Instituição, nós queremos que nos digam o que devemos fazer”. Entendi bem o recado: agilidade e flexibilidade sim, desde que, vigiadas. Decepcionante para mim, mas, é a realidade!


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