domingo, 13 de setembro de 2015

Anacronismo democrático

Quando ingressei na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), em 1985, ainda como estudante de Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, acreditava, piamente, ter ingressado em um espaço plenamente democrático, no qual as ideias divergentes, ao invés de serem vistas negativamente, eram exaltadas, reconhecidas e incentivadas por ser, ao meu ver adolescente, o combustível da própria vida universitária. O tempo, os fatos, a vida e a carreira como professor da Instituição me fizeram ver que se tratava de um engano dos maiores. O espaço democrático para ideias divergentes é uma fachada. O que se quer, em alguns casos, é impor uma única verdade: a dita verdade coletiva. É um centralismo democrático, um anacronismo democrático, travestido de “vontade coletiva”. A coletividade é muito maior que alguns indivíduos que dela se apropriam e a manipulam. Ainda bem que nem sempre todos se submetem. Combater as desigualdades não significa pensamento único. A pior das desigualdades é querer subjugar uma comunidade em torno de um pensamento único. Não me submeti, não me submeto, não me submeterei.


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