Pesquisadores da
Universidade de São Paulo (USP), de São Carlos, tiveram de se ajoelhar no
Congresso Nacional para que, após 20 anos, a fosfoetanolamina sintética, capaz
de imitar células do corpo humano e sinalizar as que são cancerosas, possa ser usada
em testes, nos seres humanos. Nos últimos 20 anos, é a única substância com
probabilidade de dar esperanças a quem possui células cancerosas no corpo. O
líder do Grupo de Pesquisa que estuda a substância há 20 anos, Gilberto
Chierice, hoje se encontra aposentado pela USP de São Carlos. Ainda assim,
esteve no Congresso Nacional para defender o uso da substância em humanos. Laboratórios
do mundo inteiro já se interessaram pela compra da patente, mas, os
pesquisadores querem desenvolver a substância e distribuí-las em laboratórios
públicos, como deve ser em caso de patentes financiadas com recursos públicos.
Talvez aí esteja a chave para o descaso com a pesquisa até então: a não geração
de lucros para empresas. A pesquisa de joelhos jamais servirá a sociedade. O
caso da fosfoetanolamina sintética deve ser basilar para repensarmos a própria
Ciência no País. Com um alerta: caso seja comprovada a eficácia da substância,
o Brasil tem a chance de, efetivamente, ter o seu primeiro Prêmio Nobel.
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