Conversa com a minha mãe

Antes de viajar, desta vez, minha mãe me chamou para uma conversa. Com muito cuidado, disse-me:” Meu filho, sei que você, como eu estávamos preocupados com aquele homem ganhar as eleições. Como falei com você, faça o convencimento, mostre as contradições do discurso dele, mas, não ofenda ninguém e preserve a família”. Na conversa, ela também me chamou a atenção para o fato de “o ódio em relação ao PT não ser de graça.” Disse que o partido não acertou em tudo o que fez. Sábias palavras de uma mãe. Talvez eu nem concorde inteiramente com a observação em relação à família, assim como discordo dela em quase tudo quando se trata de religião, mas, em se tratando de política, ela foi sábia, como sábias sempre o são as mães. Conversamos um pouco mais sobre o resultado da pesquisa que acabara de ser divulgada e concluímos que, para vencer “aquele homem”, o melhor era centrar fogo em Ciro Gomes (PDT). Mantenho a postura de não tolerar nazistas, fascistas, homofóbicos, misóginos e racistas nesta eleição. Como a minha mãe, porém, buscarei convencer as pessoas que, intolerância, às vezes, é sábia.

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