Poder de educar

Educar é um ato de amor

Mas, também, exercício de poder

Que prepara para a vida e a dor

E para o ato de aprender.

Não é um mero sacerdócio

Como muito querem imputar

Exige lágrimas e suor

Este ato de educar.

É o poder de mudar vidas

Bem como, superar feridas

Para entender que a dor

Pode ser um ato de amor.

 

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O exercício do poder de educar

O exercício o poder de educar é para poucos: exige humildade, equilíbrio e predisposição para ouvir sempre. E, também, para aprender. Nem sempre se tem isso no início da carreira. Às vezes, chegamos ao fim dela sem adquirir habilidades e equilíbrio suficientes para o exercício da profissão de professor ou professora. Não é um sacerdócio, como muitos insistem em definir. Professores e professoras são profissionais da educação. Cujo exercício primordial é educar para a vida em sociedade. A sedução do poder supremo nos ataca. Temos de fugir dela dia após dia. Tenhamos este cuidado para podermos exercer cada vez mais (e melhor) a profissão de educar os filhos alheios como se fossem nossos.

 

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Interdisciplinaridade

A interdisciplinaridade,

Não combina com universidade

Que enxergar tripé, de antemão

Entre Ensino, pesquisa e extensão.

Isto é uma visão equivocada

De o quê seja o saber

Completamente atrasada

Até mesmo do vir a ser.

Querer ser interdisciplinar

Não significa que o seja

É preciso repensar o pensar

Em TUDO da natureza.

 

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Interdisciplinaridade e perda de poder

Nos últimos anos, a interdisciplinaridade parece ser a menina-dos-olhos de qualquer professor ou professora que se autodeclare moderno ou até mesmo pós-moderno. Na prática, o que se vê é uma espécie de medo da perda do poder. É como se o senhor ou a senhora absoluta de todas as coisas, perdesse o que há de mais sagrado para eles e elas: o poder de mandar (e desmandar) nas disciplinas e componentes com eles e alas comandados (as). Só isso explica tantos “defensores” da interdisciplinaridade nos discursos e os ataques permanente a qualquer modelo que a use, na prática. Um exemplo simples disto que falo é a falta de planejamento em conjunto que desonere o estudante de tantas atividades práticas ao mesmo tempo. Isso denota, claramente, a falta de visão interdisciplinar do processo de aprendizagem. Ser interdisciplinar não é moda, é prática! Sem medo da perda do poder soberano.

 

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Para sempre

Mídias Digitais para sempre

Afetarão todos os entes

Devem ser transversal

Conhecimento universal.

Terá mesmo essa importância

De vir a ser uma constância

Dentro da universidade

E na sociedade?

 

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Daqui pra frente e para sempre

No quadro Universidade e Você de hoje, apresentado por Gilson Monteiro e Roberta Gonçalves, na Rádio Sucesso FM, 104.9, em o Grande Jornal, a jornalista roraimense Loredana Kotinski, falou sobre “Mídias Digitais: o mercado do Século XXI”. Ela repetiu uma das frases mais lapidares que já tinha dito na Live promovida pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Ecossistemas Comunicacionais e as Tecnologias da Inteligência (ECOEM): “O Profissional de Mídias Digitais é o profissional do daqui para a frente e pra sempre!” Além disso, Kotinski enfatizou que “mídias digitais” deveria ser componente transversal em todos os cursos e áreas do conhecimento.

 

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Manipulados

Discursos manipulados

Medos e intenções revelados

Querem o povo jogar

Contra quem os libertar.

Contra a esquerda, tudo

Se for de direita, nada

Manipulam o mundo

Extrapolam a estrada.

Livre, de quem quer seguir

A liberdade não chega aqui

Querem a não militarizada

E sempre manipulada.

 

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A manipulação descarada nas Mídias

Ao usar as Mídias Digitais ou delas se apoderar para este processo cada vez mais permanente de digitalização da vida, é preciso ter cuidado com as armadilhas, inclusive de uso da língua, usadas com o fim de manipular pessoas e ideias. Após o povo chileno derrubar, em definitivo, a Constituição deixada pela “era Pinochet”, uma das redes sociais estampou esta manchete: “Chile decide que terá nova constituição – mas o que isso significa?” Significa que há uma tentativa, sem máscaras, de se diminuir o momento histórico do povo chileno. Em realidade, e não na fantasia do redator, significa que o Chile, finalmente, se libertou do jugo de uma Constituição do regime militar. Simples assim, não? Não para quem quer negar a história!

 

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Postergado

Feriado postergado

Pode gerar outro feriado

Ainda mais que na sexta

É dia que ninguém deixa.

De sair de casa

Seja feriado ou não

Assim, na marra

Haverá motivação.

Para feriar de novo

À revelia do povo

Que faz os comunicados

Depois do dia passado.

 

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Feriado do servidor só dia 30

Por meio do Ofício-Circular No 46/2020/CHEFIA/SE/SE-MEC, o Governo Federal comunicou agora, às universidades, agora, no final da tarde, que o ponto facultativo previsto para amanhã, dia 28 de outubro de 2020, data que se comemora o “Dia do Servidor Público”, foi postergado para a sexta-feira, dia 30 de outubro de 2020. Na Bahia, Governo do Estado e Prefeitura Municipal de Teixeira de Freitas também decretaram a postergação para sexta-feira. Como o Ofício chegou tarde demais, na prática, muito provavelmente, teremos “dois feriados”, uma vez que as pessoas já tinham desmarcados os compromissos oficiais de amanhã.

 

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Utilitarista

Utilitarista é a visão

Que se tem de educação

Se eu não me formar

Como vou trabalhar?

A visão utilitarista

Eminentemente capitalista

Que não cobra conhecimento

Diploma é o maior elemento.

Caso isso não venha a mudar

Ninguém educará com ética

A universidade vai se transformar

Em mera escola técnica.

 

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A visão utilitarista de educação

O movimento de “tradicionalização” de todas as universidades modernas brasileiras (digo isso na visão didático-pedagógica) tem uma raiz: a visão utilitarista de muitos estudantes (e seus pais e familiares). Vou mais longe: a sociedade tem uma visão utilitarista da educação. A pergunta é sempre: isso vai servir para quê no meu trabalho? Exemplo clássico desta visão utilitarista que predomina entre nós. Pensar sobre o fazer não é muito o que a sociedade quer da universidade. Mas, é isso o que ela deveria oferecer. Ou se muda isso ou se terá sempre uma universidade com “ares” de escola técnica.

 

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Segregadora

Antes ou hoje em dia

O discurso da meritocracia

Serve para justificar

Um modo de segregar.

Isso na universidade

Ou em qualquer cidade

Quem se acha com mérito

Quer ter o maior crédito.

 

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Como a meritocracia é vista

É preciso discutir, com mais critério, o modo como a sociedade enxerga o discurso da meritocracia. Em muitos casos, a meritocracia é usada para justificar o fato de a pessoa permanecer pobre. Pobre, por acaso, não tem mérito? Tem sim, mas, o discurso feito é: no capitalismo, se você tem mérito, alcança tudo o que quiser. É uma falácia, quiçá, uma mentira, usada para justificar a pobreza do pobre como regra. Às vezes, o mesmo discurso é usado dentro das universidades para justificar a distribuição de verbas sempre para os mais antigos e experientes. Mérito em concursos, prêmios e coisas do gênero é uma coisa. Usar o mérito com instrumento de segregação é outra. E não deve ser aceito.

 

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Final

Chegar a uma final

Mesmo se não ganhar:

É chegar a uma final.

Melhor que ficar

Pelo meio do caminho.

 

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ECOEM tem finalista do Prêmio Jabuti

O Grupo de Estudos e Pesquisas em Ecossistemas Comunicacionais e as Tecnologias da Inteligência (ECOEM), Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Campus Paulo Freire (CPF), localizado em Teixeira de Freitas, extremo Sul da Bahia, tem motivos para comemorar. A Professora Isabel Regina Augusto, da Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), que é professora do PósCom da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e colaboradora do (ECOEM), é finalista do Prêmio Jabuti, na Categoria Artes. Seu artigo "A sutileza e o diálogo com o público tomam lugar na liderança da cinematografia brasileira dos anos 1990: Carla Camurati e o cinema da Retomada”, resultado da tese do seu Doutorado na Itália, integrante do livro “Mulheres atrás das câmeras: as cineastas brasileiras de 1930 a 2018” é finalista do Prêmio. Estar entre os finalistas do Prêmio Jabuti é uma honraria que poucos conseguem! Daí o motivo da honra!

 

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Estudar

Estudar

Pesquisar

Ensinar:

Verbos ligados ao cientista

E à cientista,

Que vive a labutar.

 

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O cientista é pago para estudar

Fiquei a imaginar, na cabeça das pessoas, o porquê de o estado investir em Ciência. Só há um caminho lógico do pensamento: o estado, portanto, a sociedade, investe no cientista para ele estudar, para pesquisar. Com um objetivo básico: que os estudos e pesquisas possam resultar em benefícios para a sociedade. O mesmo tipo de pensamento se deve ter em relação à educação, ao magistério. A sociedade paga o professor e a professora para ensinarem. Assim deve ser: essa deve ser a lógica.

 

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