A Universidade Estadual de Ponta Grossa, no Paraná, jogou nova lenha na fogueira da polêmica sobre a exigência ou não do diploma de jornalista para o exercício da profissão. Ao publicar edital para a contratação de profissional para sua “Assessoria de Imprensa”, provocou reação imediata do Fórum Nacional de Professores de Jornalismo. Santa tolice. Ora, quem define o perfil do profissional que deseja contratar é a própria Organização. Quem disse que a “assessoria de imprensa” é cargo que só pode ser exercido por jornalistas? Costumo dizer aos estudantes de jornalismo da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) que “assessor de imprensa” é o jornalista que não ter coragem de assumir seu desejo íntimo e incontido de ser Relações Públicas. Convenhamos, essa função de “assessoria de imprensa” não passa de mais uma artimanha para tentar reservar parte do mercado das Relações Públicas aos jornalistas. Como diria a sabedoria popular, o buraco da discussão é bem mais embaixo. Essa questão do diploma, em todas as áreas, trata-se de uma briga feroz por reserva de mercado. A questão da qualidade na formação profissional, que deveria ser o cerne, não passa de adorno. Enquanto o corporativismo permanecer, a discussão será enviesada.
sábado, 17 de abril de 2010
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Parabéns! Sou jornalista e concordo que empresário ou político que queira transmitir transparência em suas atividades deve contratar um relações públicas e ficar longe de jornalistas que, quando exercem uma assessoria de imprensa, fazem de tudo para isolar a fonte dos comunicadores!
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