domingo, 30 de abril de 2017

Como nosso pais: homenagem a Belchior

Certamente, talvez não haja um brasileiro que não conheça a letra de “Como nossos pais”, de Belchior. Ainda assim, publico, na íntegra, como minha homenagem a um dos maiores poetas da Música Popular Brasileira (MPB):

“Não quero lhe falar, meu grande amor,
Das coisas que aprendi nos discos...
Quero lhe contar como eu vivi
E tudo o que aconteceu comigo.

Viver é melhor que sonhar
Eu sei que o amor
É uma coisa boa
Mas também sei
Que qualquer canto
É menor do que a vida
De qualquer pessoa...

Por isso cuidado meu bem
Há perigo na esquina
Eles venceram e o sinal
Está fechado prá nós
Que somos jovens...

Para abraçar seu irmão
E beijar sua menina na rua
É que se fez o seu braço,
O seu lábio e a sua voz...

Você me pergunta
Pela minha paixão
Digo que estou encantada
Com uma nova invenção
Eu vou ficar nesta cidade
Não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento
Cheiro da nova estação
Eu sei de tudo na ferida viva
Do meu coração...

Já faz tempo
Eu vi você na rua
Cabelo ao vento
Gente jovem reunida
Na parede da memória
Essa lembrança
É o quadro que dói mais...

Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo o que fizemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Ainda somos os mesmos
E vivemos
Como os nossos pais...

Nossos ídolos
Ainda são os mesmos
E as aparências
Não enganam não
Você diz que depois deles
Não apareceu mais ninguém
Você pode até dizer
Que eu tô por fora
Ou então
Que eu tô inventando...

Mas é você
Que ama o passado
E que não vê
É você
Que ama o passado
E que não vê
Que o novo sempre vem...

Hoje eu sei
Que quem me deu a idéia
De uma nova consciência
E juventude
Tá em casa
Guardado por Deus
Contando vil metal...

Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo, tudo
Tudo o que fizemos
Nós ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Como os nossos pais...”


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sábado, 29 de abril de 2017

A mídia é capaz de cegar

Ontem, durante a Greve Geral, ouvi comentários que demonstram, se não comprovam, que a mídia é capaz de cegar as pessoas. Pelo menos duas pessoas, próximas, reconhecidamente trabalhadoras, voltavam suas baterias especificamente contra Luiz Inácio da Silva e contra a Greve. O primeiro dizia que Lula deveria ser preso, que do dia 10 não passa e coisas do gênero. O outro, argumentava que a manifestação era em favor de Lula e não contra as reformas trabalhistas e da previdência. Fazia o mesmo discurso oficial (o mesmo de uma grande emissora de televisão) de que as mudanças eram só positivas: a permissão da negociação direta entre patrão e empregado e a possibilidade de se “negociar jornadas de trabalho semanais”. A mídia cega e nós, os professores e professoras, de todas as áreas e não-apenas do Jornalismo, não temos conseguido meios para abrir os olhos: do povo e dos estudantes de Jornalismo. Eis um desafio que devemos enfrentar!


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sexta-feira, 28 de abril de 2017

Escolas acertam em suspender aulas

Não foi apenas a Administração Superior da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) que, por meio da Portaria 0852/2017 –GR, suspendeu as atividades hoje, em função da Greve Geral. Escolas públicas e particulares usaram o princípio da razoabilidade e não abriram hoje. É razoável, por exemplo, que um gestor tenha sensibilidade e não prejudique as pessoas, seus colaboradores, com a perspectiva de paralisação do transporte coletivo: muitas pessoas, certamente, não poderiam comparecer ao local de trabalho. Atribuir faltas a quem não comparecesse, caso os serviços fossem mantidos, seria a medida correta e legal. Nem sempre, no entanto, ser correto e legal é ser justo. Desta forma, acerta sim, um gestor que suspende as atividades em dia de Greve Geral.


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