quinta-feira, 30 de novembro de 2017

A universidade pública sob ataque feroz

Ninguém se engane: quando um caudilho do PSDB invadiu a Universidade Federal do Pará (UFPA) e impediu a apresentação de um resultado de pesquisa, o alvo é a universidade pública brasileira. Como assim o foi, em 2011, quando o então auditório Rio Negro, do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) foi invadido por outro caudilho, irmão do vice-governador da época. Hoje li reações ferrenhas de alguns colegas, inclusive da UFAM, que não ouvira em 2011. À época, encararam como se fosse um fato isolado: um ataque do irmão do governador a um “jornalista falador”. Que engulam, agora, a própria língua. Alertei, durante muito tempo, que o araque não era a mim, mas, à universidade brasileira. Que, pelo menos, entendam, agora, com anos de atraso: o foro cruzado é contra a universidade brasileira. Entenderam? Assim espero!


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quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Empresa troca fidelidade por afetividade

Viajar é viver, talvez seja um lema que aprendi desde que tomei a radical medida de trocar a Universidade Federal do Amazonas (UFAM) pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). Da UFAM, tenho uma lembrança, de sala de aula. Sempre que se falava em “Fidelidade”, eu respondia: “Fidelidade só existe no cartão da TAM, mas, quando a Gol faz uma promoção todo mundo sai correndo”. Era uma forma bem-humorada de criticar a busca insana da humanidade (e das empresas) pela fidelidade. Pois não é que uma empresa de ônibus, em Cajazeiras, não tem “cartão fidelidade”, mas, “cartão afetividade”! Como não se pensou nisto antes? Afetividade é quilômetros de distância diferente de fidelidade. Grande sacada: mais um aprendizado das viagens.


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terça-feira, 28 de novembro de 2017

As CPAs e a administração das universidades

Ao que parece, as administrações superiores das universidades brasileiras, principalmente das públicas federais, não entenderam nada qual é o papel das Comissões Próprias de Avaliação (CPAs). Nas que conheço, inclusa a Universidade Federal do Amazonas (UFAM), de onde saí há pouco mais de dois meses, a Coordenação da CPA é vista (e tida) como um cargo de confiança. É erro gravíssimo e demonstra que nós, da comunidade universitária, em todos os níveis, também nem fazemos ideia de o que sejas as CPAs. Esquecemos que elas, as CPAs, por lei, foram criadas para funcionarem como mais um instrumento de controle social, portanto, coletivo, das ações das administrações superiores. Confundidas como órgãos suplementares e quetais, deixam de cumpria a função social para a qual foram criadas. No mais das vezes, portanto, as CPAs existem por serem obrigatórias, porém, pouco acrescentam ao processo de controle coletivo interno dos atos da administração.


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