Viajar
pelas unidade do interior da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) é uma das
experiências mais valiosas. Tanto pela satisfação de ver o quanto os Campi da
Ufam avançaram, quanto pela clareza com que se nos apresenta a necessidade de
Município, Estado e Governo Federal (por meio da própria universidade)
trabalharem efetivamente em políticas públicas que possam interferir
diretamente na melhoria do padrão de vida das cidades do interior. Sem essa
aproximação, fica quase impossível a própria universidade cumprir seu papel
pela dificuldade de atrair e reter doutores, por exemplo, nos campi do
interior. É evidente que um doutor não se fica em uma cidade do interior apenas
pelos salários e pelas condições de pesquisa. Ainda que a universidade fosse
capaz de dar todas as condições necessárias ao desenvolvimento de trabalhos de
pesquisa de ponta, há um componente muito maior e mais complexo neste processo:
ninguém fica por muito tempo em uma cidade que não possua uma boa rede de
serviços, dentre eles os hospitalares e odontológicos, por exemplo. Como reter
um intelectual ou um doutor, sem uma livraria, sem boas condições de acesso à
Internet, sem uma vida cultural ativa, só para fica nestes exemplos? Ou seja, uma
cidade que recebe um Campus de uma universidade tem uma responsabilidade imensa
na "retenção" das pessoas que ali venham residir. Há casos que a
infraestrutura da cidade é tão precária que falta até moradia para os
professores e professores que decidem se fixar nas cidades com Campi das
universidades. É essencial, portanto, que se pense globalmente o processo para,
assim, os três poderes pensem, juntos, na solução que contribua com o
crescimento dos Campi no interior. Sem isso, haverá sempre o risco de muitos
chegarem e poucos permanecerem.
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