À
semelhança do que fez com os curso de Medicina em todo o País, o Ministério da
Educação (MEC) estuda modificar as regras para a autorização de novos cursos de
Direito no Brasil. Na Medicina, ficou decidido que novos cursos só serão
autorizados em cidades pré-definidas pelo MEC. As propostas serão apresentadas
antes, concorrerão a editais nacionais e, só então, os de cursos serão
minuciosamente avaliados e, autorizados ou não. Os cursos de Medicina só serão
autorizados onde houver estrutura médica básica - hospitais e atendimentos de
emergência - sem que haja médicos suficientes. A Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB), conjuntamente com o MEC, estudam limitar a abertura de cursos ao número
de advogados existentes nas cidades ou regiões. Não demora, e MEC terá de usar
critérios similares em outras profissões, uma vez que, em grande parte delas, o
número de formados e muito maior que a capacidade de o mercado absolvê-los.
Este, aliás, é um dos problemas que vejo na Educação a Distância (EAD) no
Brasil. Turmas são formadas com mais de 300 estudantes. Muitos deles ficam pelo
meio do caminho. Ainda assim, principalmente em cidades do interior, passa-se a
ter um exército de graduados, ao mesmo tempo, desempregados. Tanto na área
médica quanto na de advocacia, o que as entidades representativas de classe
desejam é uma melhor distribuição dos profissionais pelas áreas carentes do
País, para, assim, evitar o desemprego funcional. Esta parece ser, também, a
meta do MEC. Em alguns casos, até fechar cursos seria melhor para manter os
empregos e os salários em patamares aceitáveis. Essa espécie de planejamento
estratégico das profissões já deveria ser encarado, no Brasil, como a máxima
naturalidade. Como as áreas de Medicina e Direito começam a discutir o assunto,
espera-se que não se torne traumático em outras áreas e profissões.
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!
Visite
também o Blog Gilson Monteiro Em Toques
e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou
encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.