Em
tempos idos, quando a paixão pelo futebol brasileiro superava até o amor pela nação
brasileira, se dizia que cada brasileiro era um treinador em época de Copa do
Mundo. Talvez, influenciados pelos 7 X 1 que nos foram impingidos pela Alemanha
em pleno Maracanã, na último Copa do Mundo, o brasileiro, nas Mídias Digitais,
se transformou em uma espécie de “entendido em tudo”. Avalia e analisa, desde
as decisões do Superior Tribunal Federal (STF) até a composição química e os
efeitos colaterais (ou não) da fosfoetalonamina. Dos buracos nas calçadas aos
percentuais de intenção de votos dos candidatos à Prefeitura. De repente, nos
transformamos em uma Nação de intelectuais do Instagram, do Facebook e do
Twitter. Há um exército de similares e genéricos de tudo. Esta, ao que parece,
foi a mina descoberta pelos golpistas e pouco percebida por quem estava no
Governo. A força das Mídias Digitais, foi subestimada e deu no que deu:
notícias falsas, mentiras e dissimulações ganharam cores de verdade mais que
nas mídias tradicionais. Nós, os estudiosos e estudiosas da Comunicação temos
de nos debruçar sobre o fenômeno de o quê denominei “Facejournalism”. É um
desafio!
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