A discussão sobre
quem deve ou não usar o título de Doutor é inconsequente e árida. E,
normalmente, os bons doutores nem fazem questão de assim serem chamados. Não
que deixem de valorizar o título obtido a custa de muito suor, mas, por
entender que respeito profissional não depende apenas do título de doutor. No
mais, tudo é aridez. Porque se sabe que Doutorado como expressão da continuação
dos estudos acadêmicos, só para quem o obteve em alguma instituição estrangeira
ou em instituição brasileira que possua Programa de Pós-graduação reconhecido
pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). A
história de que os advogados estão autorizados a usar o título “por uma deferência
do imperador” não passa de uma demonstração de arrogância histórica. Médicos também
exigem o título de doutor e, agora, mais recentemente, os dentistas. Estes
profissionais, no entanto, em sua maioria, passaram por um curso de graduação.
Leva-se hoje, normalmente, dois anos para cursar o Mestrado e mais quatro anos
para se cursar o Doutorado. Portanto, o título de doutor é sim para quem
concluiu os estudos de Doutorado. Qualquer outra justificativa não passa de uma
tentativa ária de justificar o injustificável.
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