Após o
vazamento dos áudios de Romero Jucá, premiado com o Ministério de Planejamento
pela capacidade de planejar milimetricamente o Golpe, há muito o que se
aprender com o fato e com os golpistas. A dissimulação, por exemplo, é característica
contumaz, principalmente da mídia golpista. Apoiaram o Golpe
desavergonhadamente, fizeram o povo crer e ir para as ruas “lutar contra a
corrupção”, mas, no fundo, enfileiraram-se ao lado de um projeto perdedor nas
urnas para arrancar o Partido dos Trabalhadores (PT) e a presidente Dilma
Rousseff do poder, ainda que não haja nenhum crime de responsabilidade
efetivamente cometido por ela. A capacidade de dissimular é tamanha que hoje,
mal o áudio veio a público, passaram a defender “eleições gerais”
imediatamente. Há um grupo da mídia golpista, inclusive de jornalistas, que nem
toca no cerne da questão: a reforma política. Com doações de campanhas da forma
que estão, baseadas em relações incestuosas, mudarão os governantes, mas, as
práticas serão as mesmas. A democracia atual é baseada no poder financeiro. E
tem muito comunicador, no sentido mais amplo da palavra, que espera de quatro
em quatro anos para “ganhar dinheiro”. De onde vem este dinheiro? De doações de empresas, inclusive
empreiteiras, que alimentam o sistema atual. Comunicadores golpistas jamais
gostariam de matar a galinha dos ovos de ouro deles e dos políticos. Por isso
falam peremptoriamente em eleições gerais, mas, silenciam quanto ao verdadeiro
problema da democracia brasileira: o sistema de financiamento das campanhas.
Quem quer um Brasil verdadeiramente melhor luta para mudar o financiamento das
campanhas. Caso não, é pura manipulação das massas.
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