Durante
os anos de chumbo, ingressar como professor, ou técnico de uma universidade pública
não era por concurso públicos. Reitores eram indicados pelos “generais da caserna”
e alguns prepostos nelas ingressaram “por indicação”. Entre os anos 60 e 70, a
universidade pública brasileira foi infestada por dedos-duros. Eram os “informantes”
do Serviço Nacional de Informações (SNI), criado pela lei nº 4.341, de 13 de
junho de 1964. O objetivo aparente do órgão, que deve como primeiro dirigente o
“famoso” general Golbery do Couto e Silva, era “supervisionar e coordenar as
atividades de informações e contrainformações no Brasil e exterior”. Nas
universidades, os dedos-duros do regime entregavam todos os que imaginavam ser “comunistas”.
Hoje, os que votaram no Governo que aí está devem estar com saudades. Certamente,
querem a volta das indicações políticas e que as universidades se transformem,
de novo, em cabides de emprego da elite. Lamentável!