No dia do debate entre as candidaturas à sucessão no
Campus Paulo Freire, da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), em
Teixeira de Freitas, entre Lívia Lemos e Caroline Caputo pela Chapa 1 e André
Rego e Marina Miranda, compondo a Chapa 2, ocorrido no dia 14, às 18h, deparei-me
com uma situação no mínimo inusitada. Pelas regras do debate, cada membro de
uma das categorias, bem como o público em geral que estivesse presente, poderia
fazer pergunta a cada uma das chapas. Na minha doce ingenuidade, imaginei que
seriam pessoas diferentes a perguntar, pois entendo, abririar mais espaço para
as divergências. Para meu espanto, a mesma pessoa foi “sorteada” para fazer a
pergunta às duas chapas entre os técnicos administrativos em educação. Findo o
debate, encontrei a pessoa e elogiei a “sorte” dele. Minha surpresa foi ainda
maior? O nome dele estava nas duas “caixinhas” sorteadas. E uma técnica que estava
próximo dele completou: “ele é o representante da nossa categoria. Só ele deveria
perguntar em nosso nome”. A mim me parece, e posso estar redonda e
completamente equivocado, que, neste específico caso, não se deve delegar a palavra
ao representante da categoria. Trata-se de um debate público para a participação
do público. Se a lógica que me foi dita estiver correta, em nome da população,
só o prefeito da cidade ou algum dos vereadores poderia perguntar? E entre os
estudantes, só o representante do Diretório Estudantil? Reforço: talvez eu
esteja equivocado, mas, nem nos órgãos colegiados, só os representantes possuem
direito a voz. Nos debates, a participação direta deve ser de cada um dos
membros de quaisquer das categorias, falando por eles e não pela categoria.
Talvez eu esteja ficando velho demais, ultrapassado para as ditas “práticas
democráticas” atuais. Deve ser por isso, inclusive, que condeno veementemente
quando uma categoria, qualquer que seja, faz assembleia para “fechar” com
candidato A, B ou C. Quando isso acontece, salvo melhor juízo, os valores
democráticos são total e completamente subvertidos. Algumas inovações “democráticas”
nas universidades brasileiras deixam-me de queixo caído por exalarem cheiro de
mofo querendo tocar nossos olfatos com o cheiro dos melhores perfumes.
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