segunda-feira, 30 de abril de 2018

Ausências do trabalho reconhecidas


Hoje vi algumas postagens de professores e professoras de algumas universidades federais brasileiras, inclusive da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) reclamando que os Técnicos Administrativos em Educação (TAEs) sumiram Brasil afora. Relativamente aos TAEs, no entanto, muito me admira a surpresa. Em muitas instituições, inclusive a UFAM, a Administração Superior foi eleita com a promessa de que implantaria as 30h semanais de trabalho. Puro engodo, mas, como nas eleições tradicionais do País, vale mentir para ganhar disputas (qual a diferença da política na universidade para a política que se faz lá fora?). Cheguem nas universidades brasileiras às 8h para ver quantos setores estão plenamente funcionando? Muito provavelmente, a máquina só começa a “azeitar” às 9h. Vá às 11h e verifique como já existe uma predisposição para não se atender mais ninguém. No sistema de escolha atual, ou você mente que vai conceder 30h semanais ou perde as disputas. Creio que todos os membros da comunidade universitária sabem disso. Será ingenuidade cobrar servidores no local de trabalho hoje? Aceitarei como reclamação de algum desavisado. Para não perder o amigo.

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domingo, 29 de abril de 2018

Produtivismo na Pós com os dias contados


O viés meramente produtivista assumido pela Pós-graduação, no Brasil, deve estar com os dias contados. Pelo menos é o que nos parece ao ler notícias relativas à Comissão de Acompanhamento do PNPG 2011-2020. Acostumados com o jogo do “maior número de artigos somados ao maior número de citações”, os cientistas brasileiros passaram a fazer Ciência em quantidade, mas, ruim. As entidades representativas das várias categorias dos que fazem Ciência e os cientistas que discordam frontalmente desta abordagem atual da avaliação no Brasil também podem sugerir mudanças. A mim me parece que elas não podem ser apenas no sistema de avaliação, mas, de financiamento. Enquanto, tudo, inclusive o ingresso nos programas de Pós, for baseado só “no que se pesquisa”, faremos uma Ciência fraca, sem novidades, sem descobertas. A este fenômeno denomino de “Ciência baseada só na autoridade do orientador”. Na mesma direção está a seleção de projetos baseada mais no “numero de pontos” de quem orienta que na inventividade e qualidade dos projetos, bem como a seleção baseada em abrigo de orientação e não na qualidade dos projetos apresentados. Há muito o que mudar. Tomara que a Comissão tenha coragem de propor as mudanças.

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sábado, 28 de abril de 2018

O assumido atraso em Educação


Estarrecimento! Esta foi a sensação que senti ao participar de uma banca de Promoção, Campus X, da Universidade Estadual da Bahia (UNEB), em Teixeira de Freitas. Ao apresentar o artigo que defendia, a professora informou que “desde a posse do novo Secretário de Educação da cidade estava proibida a Internet nas escolas municipais”. Quando a gente acha que já viu de tudo e pode até morrer, aparece uma “assombração destas”. É o que eu denomino, literalmente, de opção preferencial pelo atraso. Mais grave, a tal medida, certamente, deve ter tido o apoio incondicional dos professores e professoras do município. O velho e reacionário discurso é que as crianças se distraem. Melhor que isso seria a prefeitura capacitar professores e professoras para o uso das Mídias Digitais em sala de aula. Preferiram, todos, assumir o atraso como regra.

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