O viés
meramente produtivista assumido pela Pós-graduação, no Brasil, deve estar com
os dias contados. Pelo menos é o que nos parece ao ler notícias relativas à Comissão de Acompanhamento do PNPG 2011-2020.
Acostumados com o jogo do “maior número de artigos somados ao maior número de
citações”, os cientistas brasileiros passaram a fazer Ciência em quantidade,
mas, ruim. As entidades representativas das várias categorias dos que fazem Ciência
e os cientistas que discordam frontalmente desta abordagem atual da avaliação
no Brasil também podem sugerir mudanças. A mim me parece que elas não podem ser
apenas no sistema de avaliação, mas, de financiamento. Enquanto, tudo,
inclusive o ingresso nos programas de Pós, for baseado só “no que se pesquisa”,
faremos uma Ciência fraca, sem novidades, sem descobertas. A este fenômeno
denomino de “Ciência baseada só na autoridade do orientador”. Na mesma direção
está a seleção de projetos baseada mais no “numero de pontos” de quem orienta
que na inventividade e qualidade dos projetos, bem como a seleção baseada em
abrigo de orientação e não na qualidade dos projetos apresentados. Há muito o
que mudar. Tomara que a Comissão tenha coragem de propor as mudanças.
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