terça-feira, 31 de março de 2015

Relembrar para educar

Todos nós, professores e professoras, temos o dever de ir para as nossas salas de aulas e relembrar. Relembrar para educar. E se não relembramos porque por ele não passamos, pelo menos devemos estudar, e muito, o que foi o dia 31 de março de 1964. Estudar para que não aceitemos, nem por brincadeira, que se vá às ruas e se peça a volta dos militares ao poder. Estudar para relembrar e não estimular tamanha sandice. Lembras das pessoas que foram presas, torturadas e mortas para que ganhássemos o direito de ir às ruas nos manifestar. Lembrar que a liberdade democrática é o direito mais sagrado que temos e dele não devemos abrir mão. Relembrar, estudar e se dedicar a conhecer mais o País no qual se vive é praticar o exercício pleno da cidadania, coisa cada vez mais rara em todas as democracias. Ainda assim, é por relembrar (e estudar) que devemos medir bem, pesar cada detalhe para poder respeitar os sádicos, sim, por sermos democráticos. Mas, enfrenta-los para que não se corra novo risco de se viver, de novo, mais de 20 anos sob a égide de uma ditadura.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

segunda-feira, 30 de março de 2015

Currículos menos rígidos na Educação brasileira

No dia 28 de março de 2015, neste mesmo espaço, sob o título “A escola como espaço dos prazeres”, iniciei a postagem com a seguinte afirmativa: “a maior revolução que o Brasil precisa enfrentar no campo da Educação é transformar o espaço de aprendizagem em um lugar dos saberes e dos prazeres”. Por uma dessas coincidências difíceis de se explicar, deparei-me hoje com um link para o Blog do Josias, cujo título é “Janine defende Educação sem currículos rígidos”. Antes, no dia 24 de março de 2015, tratamos de o “Fim do conteúdo em matérias”, passo tomado pela Finlândia, pais considerado o de melhor educação básica no mundo. Além de uma escola mais prazerosa e alegre, o novo ministro defende que sejam ofertados, cada vez, mais, cursos abertos, sem definições profissionais, para aumentar a qualidade de vida dos estudantes. Posso antever que o ministro pode até não ter problemas dentro do Governo ou do MEC para dar vazão às ideias que tem. No entanto, certamente, encontrará resistência entre professores e professoras que ainda não venceram o preconceito de que a aprendizagem só ocorre na sala de aula e que a escola, em todos os níveis, deve preparar para o mercado. Do meu lado, tenho a convicção que devemos formar para a vida. Tomara que o ministro consiga convencer o maior número possível de agentes da Educação a respeito das suas ideias para a Educação brasileira.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

domingo, 29 de março de 2015

Desafios do novo ministro da Educação

A ida de Renato Janine Ribeiro para o Ministério da Educação (MEC) foi saudada por intelectuais de vários matizes com um acerto da presidente. Se não é um gesto de ousadia, é, no mínimo uma tentativa de retomar o comando do próprio Governo. Resta saber se ele terá a autonomia para tirar do papel e transformar em realidade o lema “Pátria Educadora”. O ministro tem, no entanto, dois desafios muito maiores: cuidar da educação básica, haja ou não condições de tirar o papel o “Pátria Educadora” e olhar para o Norte e o Nordeste com a distinção que deve ser feita. Não que precisemos de proteção, mas, o olhar não pode ser o mesmo em função das idiossincrasias. Uma delas, talvez a pior, é o “Custo Amazonas”, que afeta não só o salário dos professores quanto o a administração das universidades e institutos. Na educação básica, o desafio é, talvez, mudar o próprio sistema atual e pensar em algo como a proposta do senador Cristovam Buarque de federalizá-la. Há muito a ser feito!


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sábado, 28 de março de 2015

A escola como espaço dos prazeres

A maior revolução que o Brasil precisa enfrentar no campo da Educação é transformar o espaço de aprendizagem em um lugar dos saberes e dos prazeres. E não em um espaço permanente de tortura. No espaço atual, dos ensinos Básico ao Superior, passando pelo Médio, o que se tem são professores aborrecidos, mal remunerados e descomprometidos, pais descrentes e estudantes mais ainda: sem contar, também, a falta de compromisso. Não há local que resista a um triunvirato tão negativo quanto esse. É preciso mudar a concepção. O local tem de ser do saber e do prazer. Todos os envolvidos no processo de aprendizagem precisam encarar o que se convencionou chamar de aula como o espaço prazeroso da troca de saberes. Em não sendo assim, não há motivação. E, sem motivação, não há revolução, portanto, mudança. Ou nos espelhamos na Finlândia, por exemplo, que aboliu as matérias nas escolas ou teremos o fracasso como resultado independentemente das metas. Educação de qualidade se faz com ousadia e novos métodos e não apenas com números.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sexta-feira, 27 de março de 2015

Renato Janine Ribeiro no MEC

No final da tarde de hoje o Palácio do Planalto anunciou o nome do novo ministro da Educação. É o doutor em Filosofia e professor da Universidade de São Paulo (USP), Renato Janine Ribeiro. Ele já dirigiu a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e tem bom trânsito entre os intelectuais do setor, por ser um dos filósofos e intelectuais dos mais respeitados do País. Por linhas tortas, e em função de um episódio dos mais desagradáveis, a demissão pela Câmara dos Deputados, do então ministro Cid Gomes (PROS), a presidente Dilma Rousseff (PT), com a escolha do novo ministro da Educação, parece mandar um recado claro: voltou a assumir o controle do seu próprio governo. Gomes não tinha credibilidade entre nenhuma das lideranças do setor da Educação e não disse a que veio. Em meio a uma crise de popularidade, alta da inflação e, digamos, de governança, Rousseff precisava retomar o comando do próprio governo. Pelo jeito, começara a fazê-lo. A posse do novo ministro será dia 6 de abril.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quinta-feira, 26 de março de 2015

MEC não terá corte no Orçamento

Os primeiros sopros de otimismo para a Educação surgem em Brasília. O novo ou a nova ministra da Educação terão menos problemas para tirar do papel o Plano Nacional de Educação (PNE) caso se confirme que o corte de 30% no Orçamento, pelo menos da Educação, não ocorrerá mais. Não há nenhuma confirmação oficial, mas, fontes palacianas revelam que é desejo da presidente Dilma Rousseff (PT) tirar as universidades públicas brasileiras do sufoco que estão no início do ano e retomar, na prática, o lema que lançou ao assumir o segundo mandato: “Pátria Educadora”. Por linhas tortas, um dos pontos positivos é a saída do próprio ministro. Cid Gomes (PROS), político nato e, pela forma como saiu, de oposição e não de situação, como fingia ser, não era bem-visto por ninguém no setor da Educação. Resta saber quando os repasses de verbas para as universidades retomam à normalidade. Se antes os repasses eram de 1/12 ao mês, passaram para 1/18 e deixaram algumas universidades sem condições de pagar quaisquer dos serviços terceirizados. Só a especulação de que não serão efetivados mais os cortes anunciados no ajuste fiscal já mudaram o clima na área.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quarta-feira, 25 de março de 2015

O mundo não é disciplinar

Houve um tempo em que, para o avanço da Educação e da própria Ciência, o mudo teve der ser divido em disciplinas, matérias, caixinhas... para poder ser entendido. Hoje, com o avanço da Ciência e da forma de olharmos o mundo e nos olharmos dentro dele, dividi-lo para, em seguida, tentar remonta-lo não dá mais conta a complexidade do mundo. Assim, o conteúdo escolar dividido em matérias, sem que se faça o que Edgar Morin denominou “religação dos saberes”, fará com que a escola tradicional desmorone não apenas fisicamente, mas, e, principalmente, na estrutura curricular. Por isso, não foi à-toa que a “Finlândia será o primeiro País do mundo a abolir a divisão do conteúdo escolar em matérias” fato comentado na postagem de ontem “O fim do conteúdo em matérias”, neste mesmo espaço. Com o surgimento das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) e o acesso livre à informação no que se pode considerar o maior banco de dados do planeta, quem domina (e centraliza) a informação não somos mais nós os professores e professoras. Por isso o mundo da sala de aula fica cada vez mais distante do mundo, logo, é mais complexo aproximá-lo da realidade do estudante. Este sopro de renovação do trabalho multi e transdisplinar de professores e professoras certamente será capaz de arejar o ambiente da escola.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

terça-feira, 24 de março de 2015

Fim do conteúdo em matérias

Quando li a matéria “Finlândia será o primeiro País do mundo a abolir a divisão do conteúdo escolar em matérias” fiquei feliz pela ousadia, pois é algo que defendo há tempos, mas me veio à lembrança o avanço da Pós-graduação da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Com o novo Regimento da Pós-graduação da UFAM, não há mais a obrigatoriedade de disciplinas. Os programas podem ter, apenas, atividades obrigatórias, definidas em seus regimentos, sem a necessidade de que sejam disciplinas. Do ponto de vista da ousadia, portanto, a UFAM avançou na Pós-graduação. Não se podem comparar, porém, com a proposta que se terá na Finlândia, porque se trata do que, no Brasil, se trata como ensino Fundamental. Ao invés de uma aula de História, por exemplo, o que se terá na Finlândia, é uma aula de “Primeira Guerra Mundial”. Uma aula “planejada em conjunto pelos professores especialistas em História, Geografia, Línguas Estrangeiras e (por que não?) pelo professor de Física que achou que seria uma boa oportunidade para trabalhar os conceitos de Balística.” Outro exemplo é a antiga aula de Biologia, que passa a se chamar “Ecossistema Polar Ártico”. Professora de Biologia, Química, Geografia e Matemática trabalham na referida aula. Não seria nada fácil pensar em aulas desta forma no Brasil, pela falta de visão de todo, inclusive, no nosso processo de formação. Mas, vale o alerta para todos nós a fim de aproximarmos mais a escola da vida e não de uma mera prisão.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Evasão: um problema inaceitável

Ou a universidade pública brasileira enfrenta a evasão ou a evasão acaba com a universidade pública brasileira. Parece um chavão, mas, trata-se da mais pura realidade. Por mais complexo que seja o problema, não dá para relativizá-lo nem ignorá-lo. Há fatores externos que são incontroláveis, não se pode negar. Mas, é impossível, também, negar as questões internar que afetam diretamente o desempenho dos estudantes: professores que se ausentam constantemente das salas de aulas, cursos intermináveis, atividades anacrônicas, currículos pesados e inflexíveis e um pior deles: desmotivação generalizada por parte de estudantes, professores e técnicos de apoio. É como se, coletivamente, ninguém acreditasse mais na universidade pública e todos esperassem, apenas, o seu fim. Esta é a única explicação para o fato de a universidade brasileira ainda não ter enfrentado e eleito como seu único objetivo estratégico: reduzir, quiçá eliminar, a evasão escolar. É algo inaceitável, mais ainda quando se perde a batalha para o jubilamento. Uma universidade pública, em essência, não pode (nem deve) expulsar seus estudantes, mas, incluí-los e devolvê-los à sociedade formados. Quando isso não acontece, a própria universidade não cumpre a função social. E, como a evasão, é inaceitável.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

domingo, 22 de março de 2015

Emoção acima da razão

Em Educação, às vezes, é preciso deixar que a emoção supere a razão. Não se consegue envolver estudantes, em quaisquer dos níveis, se não houver entrega, portanto, emoção, amor. Vive-se uma época na qual a Educação está centrada meramente na técnica. Deixar, porém, que a técnica domine as escolhas é, no mínimo, reduzir o papel da escola e de nós, os professores e professoras, na vida das pessoas. Há que se ter envolvimento, há que se ter entrega, há que se ter sentimento. Em não sendo assim, a escola se transforma em um lugar chato, sem atrativo, sem entrega dos envolvidos no processo de aquisição de saberes. Ou conseguimos vencer o desafio de transformar a escola em um local amado pelos estudantes ou perderemos o desafio de conquistar os estudantes.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sábado, 21 de março de 2015

FAPEAM tem novo diretor

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) tem novo presidente. O escolhido pelo governador José Melo, é o geólogo, René Levy Aguiar. Como não o conhecia, e entre nós os cientistas, o melhor espelho para se conhecer os pares é a Plataforma Lattes, imediatamente após a divulgação, busquei o Lattes dele. Inicialmente, em vão, mas, depois de pesquisar com vários filtros, encontrei que é “graduado em Tecnologia de Topografia e Estradas pelo Instituto de Tecnologia da Amazônia (1983) e em Geologia pela Universidade Federal do Amazonas (1984)”, bem como que “concluiu o Mestrado em Geotecnia pela Universidade de São Paulo (1989) e o Doutorado em Engenharia Civil pela Universidade de São Paulo (1997)”. Sem deixar de reconhecer o competente trabalho realizado pela professora Olívia Simão, à frente da FAPEAM, não posso deixar de lado a opinião de que o fim da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI) e a ida da FAPEAM para a SEPLAN foi um retrocesso de mais de 10 anos. Devo dizer, porém, que cabe a nós, partícipes do Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação, no mínimo por uma questão de respeito e educação institucional, administrarmos as diferenças, inclusive políticas, que possam existir, ainda que sejam abissais, como é o caso, e trabalharmos, em conjunto, para o bem da Ciência, da Tecnologia e da Inovação no Amazonas. Com respeito às diferenças e às divergências de opiniões, se tivermos boa vontade e disposição para o diálogo, tais problemas podem ser minimizados ou administrados. Como Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), tenho o dever de desejar-lhes boas-vindas e que tenha êxito no cargo. Espero que René Levy Aguiar, novo diretor-presidente da FAPEAM, para o bem da Ciência no Amazonas, consiga lidar (bem) com o Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação em todas as suas idiossincrasias. E com os Mestres e Doutores que fazem parte deste Sistema. A hora é de desejar que as conquistas obtidas até agora sejam mantidas, pois, o pior dos erros de um administrador público é considerar que tudo o que foi feito pelo antecessor é um erro e, ao considerá-lo erro, tentar apagar tudo. Que o novo diretor e sua equipe tenham bom senso para não querer iniciar do "zero" como se agora, com uma varinha mágica, a roda fosse ser reinventada. Reafirmo, para o bem da Ciência no Amazonas, que deve ser, certamente, o mesmo desejo dele (René Levy) e do governador José Melo, que o melhor para a sociedade e para o Governo é que a FAPEAM retome todos os projetos com a máxima rapidez possível e não perca, em nenhum milímetro, o foco no fomento à Ciência, Tecnologia e Inovação.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Formação superior em dúvida

Os tipos de manifestantes e manifestações do último domingo e, em paralelo, as reações odiosas e preconceituosas nas Mídias Digitais deixam-me com uma dúvida crucial: o que nós, as universidades, estamos a fazer pela sociedade, pela transformação do mundo? A se levar em conta o perfil e as reações estapafúrdias em relação aos pobres e a cretinice de alguns, quase nada. Digo cretinice porque, depois de tentarem oficialmente pedir, inclusive, a volta da ditadura, ao final, passaram a se apresentar como pessoas que “queriam um Brasil melhor” e lutavam contra a corrupção. Mas, chega a ser hilário, ver e ouvir quem serve nos gabinetes de políticos corruptos a “combater a corrupção”. As manifestações devem servir, pelo menos, para fazermos uma reflexão sobre o tipo de analfabeto político que estamos a entregar à sociedade e o que fazer para mudar esta rota de formação.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quinta-feira, 19 de março de 2015

PMDB quer o MEC

O episódio pirotécnico da demissão de Cid Gomes (PROS) do Ministério da Educação (MEC) parece ter um pano-de-fundo: o desejo incontido do PMDB de ter o orçamento da Educação e os cargos indiretamente a serem nomeados em suas mãos. Circula, em Brasília, a versão de que o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB), presidente da Câmara, instigou Gomes por conhecer o destempero do então Ministro. Sabia as consequências da sua provocação e assim o fez porque o PMDB quer para o cargo, não se sabe se vai conseguir, ninguém menos que o hoje ministro do Turismo, Gastão Vieira, cuja credencial na área é o fato de ter sido Secretário de Educação no Maranhão. Pouco se sabe do “sucesso” dele no cargo, mas, certamente, conta muito os bons serviços prestados à família Sarney. As pretensões do PMDB talvez sejam contidas porque o próprio PT, com o incidente, viu a chance de defenestrar Aloizio Mercadante da Casa Civil, cuja passagem, se não é patética, no mínimo, tem sido um desastre. Quando se pensava que nada de pior pudesse acontecer no MEC surge Gastão Vieira no horizonte!


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quarta-feira, 18 de março de 2015

Cid Gomes demitido do MEC

O ministro da Educação, Cid Gomes (PROS), “foi pedido para sair” hoje, logo após as “explicações” que deu à Câmara dos Deputados sobre declarações dadas em um encontro na Universidade Federal do Pará, dia 27 de fevereiro de 2015. Um áudio da fala do ministro revela que Gomes disse: "Tem lá uns 400 deputados, 300 deputados que quanto pior melhor para eles. Eles querem é que o governo esteja frágil porque é a forma de eles achacarem mais, tomarem mais, tirarem mais dele, aprovarem as emendas impositivas". Hoje, no Plenário da Câmara, Gomes “se explicou”: "partidos de oposição têm o dever de fazer oposição". "Partidos de situação têm o dever de ser situação ou então larguem o osso, saiam do governo". Depois de ter sido chamado de “mal-educado” pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Gomes disparou: "Prefiro ser acusado por ele [Cunha] de mal-educado do que ser acusado como ele de achaque", e ainda apontou para a Mesa Diretora, onde estava o presidente Cunha. Nem deu tempo de chegar ao Palácio do Planalto e já estava demitido por pressão dos componentes da “base aliada”. Curioso é que, quando começa a me agradar pela franqueza e pelas declarações, Gomes seja demitido.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

terça-feira, 17 de março de 2015

O umbigo como limite do mundo

O maior problema de quem só consegue medir a competência de alguém por meio da Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) é considerar que só é gente quem tem habilidade com Ortografia e Regência Verbal e Nominal. Há pessoas que nascem, crescem, vivem e morrem sem a NGB e são felizes. E não é por não dominarem a NGB que deixam de ser gente, de ter sentimentos e de merecer o meu respeito (e deveriam merecer o nosso respeito) como ser humano. Avaliar alguém apenas pela métrica da ortografia é coisa de quem tem “o umbigo como limite do mundo”. Coisa de quem tem no espelho a imagem de si como a própria perfeição. A educação formal é essencial para se promover a inclusão das pessoas. As quotas, por exemplo, são uma tentativa temporária de se corrigir os problemas advindos das atrocidades do sistema educacional brasileiro. Negar às pessoas o acesso à educação formal é segregá-las permanentemente. Pior que isso é demonstrar preconceito linguístico em relação ao modo que escrevem. Levantar os olhos e se livrar da cegueira umbilical é uma boa dica.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Querem rifar até Paulo Freire

De todas as sandices que li dos cartazes das manifestações de domingo, a que mais me chamou a atenção dizia “Basta de Paulo Freire”. Se não era um adversário infiltrado entre os manifestantes para ridicularizá-los, só pode ser coisa de quem é analfabeto político. Houve um momento que cheguei a imaginar que se tratava de um erro grosseiro: a pessoas quis dizer “basta de Paulo Maluf” mas errou no sobrenome. Lembrei-me, porém, que Paulo, o Maluf, anunciou a aposentadoria da política. Pensei: será que a concorrência, na especialidade dele, o desestimulou. Foram tantas as atrocidades que até eu, na minha santa (in) capacidade de relacionar fatos, terminei por mistura Paulo Freire com Paulo Maluf, coisa impensável. Certamente, na tentativa de entender tamanha sandice que é “Basta de Paulo Freire”.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

A presunção odiosa dos moralistas

Meu velho pai, do alto da sua sabedoria, deixou-me uma lição basilar, que uso até hoje. Dizia ele: ”Meu filho, desconfie sempre das pessoas que se apresentam com um discurso de honestidade além do limite”. Até a Bíblia nos ensina que errar é da essência do ser humano. Cresci com ojeriza aos moralistas extremo. Para mim, são todos hipócritas, mil vezes hipócritas. Apontam o dedo para os outros na tentativa de esconder suas próprias falhas. Apresentam-se como perfeitos, mas, no fundo, são canastrões, quase canalhas. Durante as eleições do ano passado, foi o tipo que mais me apareceu nas Redes Sociais. São fantasmas que tinham se encolhido, mas, agora, se nos apresentam como retos em tudo o que fazem. A presunção dos moralistas é odiosa. Aposto como não resistiram a meio minuto de uma, digamos, “Operação Lava-Almas”. Acusar e cobrar dos outros é a forma mais cínica de tentarem se proteger.

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.


OBS: Post do dia 15/03/2015

A liberdade até para ser imbecil

Em tese, sou daqueles que defende a liberdade plena para qualquer ser humano. Nas universidades, pelo menos, penso que exercitá-la, nos maiores níveis possíveis, é o nosso dever. Mas, quando vejo um imbecil a pedir que Deus olhe pelo Brasil e os militares também, fico a me perguntar: o que fizeram com os nossos filhos? Não é possível que estejam na escola para serem tão alienados politicamente. É como digo, a liberdade plena, em tese, deve ser exercida por todos. Logo, em tese, o sujeito é livre até para ser imbecil. Perco, porém, a paciência quando vejo tanta asnice junta. Quem pede Deus de um lado e os militares do outro para olharem por este País deveria arder no fogo do inferno por usar o santo nome de Deus em vão! Só pode ser coisa de sádico pedir a volta dos militares ao poder!

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.


OBS: Post do dia 14/03/2015

domingo, 15 de março de 2015

A falta de maturidade na Educação Superior

Há, no Brasil, uma falta de visão generalizada sobre o que seja Educação Superior. E esta falta de visão, de professores e professoras e estudantes pode levar à derrocada do próprio modelo. Principalmente do ponto de vista pedagógico. Justamente porque, de um lado, professores e professoras imaginam que o estudante que ingressa na universidade é uma pessoa madura e preparada para conviver com o ambiente universitário. Acontece que o tão propalado ambiente universitário, não é, na prática, o espaço para a liberdade e o exercício da cidadania quanto se propagada. E há, ainda, a questão maior: exatamente a falta de maturidade dos estudantes que nela (universidade) ingressam. Se que se resolva este problema, a própria universidade corre risco de não ser mais reconhecida pela importância que tem.

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.


OBS: Post do dia 13/03/2015

quinta-feira, 12 de março de 2015

CAPES amplia prazo de dados no Coleta

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) ampliou para até o dia 27 de março de 2015 o prazo para que os coordenadores de Programas de Pós-graduação lancem os dados relativos ao ano de 2014 na Plataforma Sucupira. A data-limite estabelecida anteriormente era dia 16 de março de 2015. Com a mudança, o prazo para a homologação das informações por parte das Pró-reitorias foi ampliado para até o dia 31 de março de 2015. A Diretoria de Acompanhamento e Avaliação dos Programas de Pós-graduação (DAV) da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (PROPESP) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), antes de prorrogação da entrega de dados, encaminhou um alerta aos coordenadores dos programas de Pós-graduação com algumas orientações que, agora, com a dilatação do prazo, tornam-se ainda mais importantes porque permitem que os ajustes possam ser feitos contribuam para a melhoria da avaliação dos cursos de Pós-graduação da UFAM.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quarta-feira, 11 de março de 2015

O ativista gourmet e outras aberrações

No Brasil, o que antes acabava em pizza, atualmente, vira gourmet. Em essência, o termo gourmet serve para designar pessoas com paladar aguçado, de alta cozinha, qualidade diferenciada e coisas do gênero. Acontece que, em pouco tempo, principalmente as construtoras, avacalham tanto o termo que passou a significar, no máximo, esnobismo ou elitismo. E foi com esta conotação que rebatizei o que antes denominava “ativistas de ponta de dedos”: aquelas pessoas que se escondem por trás de um computador, passam a defender veementemente, normalmente são pagos para tal, ideias esdruxulas e políticos mais ainda. São aberrações políticas que nasceram com o boom da Internet. E, agora, entre outras sandices, pedem a volta dos militares ao poder, com Golpe de Estado e tudo. O ativista gourmet tem uma característica básica: vende-se como intelectual. Mas, não passa de um idiota que, às vezes, nem coragem de mostrar a cara tem e se esconde por trás de um avatar. Vive a compartilhar memes, mas, desaparece quando é preciso ir às ruas lutar por algo. A qualidade dele é como a dos apartamentos postos à venda pelas construtoras com a etiqueta de gourmet: para lá de duvidosa.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

terça-feira, 10 de março de 2015

Limites da Educação doméstica

Por mais que, em tese, eu seja defensor da liberdade plena, só posso trata-la dessa forma como princípio, como uma meta a ser alcançada nas relações, principalmente nas universidades. Quando se vive em sociedade, porém, a plena liberdade e uma utopia. Há que se respeitar, no mínimo, os limites da Educação doméstica no trato com as outras pessoas. É inconcebível e inaceitável, portanto, que se aceite, de quem quer que seja a truculenta forma como trataram a presidente do Brasil, Dilma Rousseff (PT) quando do pronunciamento pelo Dia da Mulher, em cadeia nacional de Rádio e Televisão. Só se admite que uma mulher seja chamada de vaca nos momentos mais íntimos, ainda assim, se for um acordo entre os dois, que o homem possa ser chamado de touro e nada afete a relação dos dois. Além das quatro paredes, nada disso pode ser admitido. Ainda mais em se tratando da Presidente da República. Não é a primeira vez que algo do tipo acontece. Está mais do que na hora de se ter o mínimo de respeito pela pessoa e pela mulher Dilma, independentemente do cargo que ocupa. É uma questão de Educação doméstica. Ou não se tem mais isso no Brasil?


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

segunda-feira, 9 de março de 2015

Eron Bezerra na Secretaria Nacional de Ciência e Tecnologia

Nas hostes do Partido Comunista do Brasil (PC do B), o ex-secretário de Estado da Produção Rural, Eron Bezerra, já é apresentado como o futuro Secretário Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. Não é nada improvável uma vez que o Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação é Aldo Rebelo, também companheiro do PC do B. O que, inicialmente, a mim parecia algo sem lógica e improvável, o fim da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI), agora, pelo menos, parece ter alguma explicação lógica. Nem que seja a lógica da política do governador do Estado, José Melo (PROS). Ao que parece, Melo já teria informações de que Bezerra iria para a Secretaria Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação e fez um movimento administrativo para que a antiga SECTI não passasse a ter influência direta de Eron Bezerra. Isso explica, também, a ideia do PC do B de se criar em Manaus uma delegacia do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTi). A briga política mal começou e, certamente, ainda terá muitos rounds.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

domingo, 8 de março de 2015

Corrupção se combate com Educação

O Brasil vive um momento de tantas denúncias de corrupção que quem está fora delas imagina não termos mais saída. Alguns, no auge do desespero e da loucura, pedem, até, a volta dos militares ao poder. Esquecem, porém, que corrupção se combate com Educação. Comprovadamente, um povo mais educado é menos susceptível de se deixar corromper. Não há outra forma de se combater a corrupção de modo mais eficaz do que a Educação. E, talvez, por isso, muitos governos, no discurso, elejam a Educação como prioridade, mas, na prática, nada seja feito para melhorar o nível de Educação formal do povo. Sem que se tome a decisão estratégica de melhorar o nível de vida das pessoas, seguido do nível educacional, não se mudará esse caso básico de corrupção: a compra e venda descarada de votos nas eleições.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sábado, 7 de março de 2015

Para não se deixar assediar

Nós, professores e professoras, vivemos no fio da navalha e corremos, permanentemente, o risco de sermos acusados de “assédio” de qualquer tipo. Principalmente, dos assédios moral e sexual. Só há um meio de nos protegermos, também, permanentemente: postura. E, se no bojo desta postura for necessário um certo distanciamento, teremos de assumi-lo. Aos menos como uma medida extrema de proteção de si mesmo (ou mesma). É muito tênue a demarcação entre o que é assédio ou não. E, para não se deixar assediar nem assediar, o melhor que se faz é evitar situações que possam provocar dúvidas interpretações. Talvez a convivência fique menos, digamos, divertida. Mas, não há como se preservar sem evitar as brincadeiras e insinuações. É a única maneira que nós, os professores e professoras, temos de nos preservar.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sexta-feira, 6 de março de 2015

O lugar da aprendizagem

Até hoje, ainda não compreendi, a fixação de alguns colegas professores e professoras pela sala-de-aula como o único locus para a aprendizagem. O lugar da aprendizagem, ao nosso ver, é o mundo. E a leitura do mundo não pode ser um ato automático de interpretação de textos, muito embora, quem tem a habilidade de interpretá-los, certamente, tem mais facilidade de entendê-lo (o mundo). Talvez tenhamos de ser mais radicais e compreendermos que o lugar da aprendizagem é a própria vida. E se a vida é o lugar da aprendizagem, a sala-de-aula, com certeza, não será capaz de reproduzi-la. Eis, então, o nosso desafio maior: transformar a sala-de-aula em um espaço saudável, de interações e trocas constantes, capaz de fazer com que o estudante sinta-se motivado a adquirir conhecimentos, a exercer a criatividade e a desenvolver o espírito da descoberta. Talvez, assim, seja menos doloroso o processo de aprendizagem e aquisição de saberes.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quinta-feira, 5 de março de 2015

O sabonete Seplan na Ciência e Tecnologia

A turma que assessora o governador José Melo (PROS), liderada pelo seu irmão, o médico Evandro Melo, como se diria popularmente, “não tem de besta nem a cara”. Alertada pelos discursos dos presentes à Audiência Pública convocada pelos deputados Josè Ricardo (PT) e Luiz Castro (PPS)e ocorrida no dia 03 de fevereiro de 2015, no Plenário da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (ALE-AM), percebeu o mico que o Estado pagaria nacionalmente e, de imediato, passou um sabonete da marca Seplan na Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI). Para não perder a “identidade da marca”, deixou a sigla “Seplan”. Maior esperteza não poderia existir: na prática, os deputados extinguiram a SECTI e passaram a estrutura da Ciência, Tecnologia e Inovação para a Seplan. No entanto, alertados pelas falas da Audiência Pública, perceberam o potencial de arrecadação de recursos da antiga SECTI (foram R$ 37 milhões só no ano passado). Ora, para não perder assento nos fóruns nacionais e não sair do Sistema Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação, os deputados rebatizaram a Seplan, mas mantiveram a sigla. Assim hoje, dia 05 de março de 2015, decreta-se a morte oficial da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação e o nascimento de um Frankstein chamado Secretaria de Estado do Planejamento, Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Seplan). Sabe-se lá como tal mostro remendado conduzirá a política de Ciência, Tecnologia e Inovação no Estado.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quarta-feira, 4 de março de 2015

A interiorização da pesquisa na Amazônia

Volto da viagem de acompanhamento ao Ministro de Estado da Defesa, Jaques Wagner, que visitou o CMA e esteve hoje no 5 PEF Maturacá, no pé do Pico da Neblina, comuna certeza: há muito por fazer em pesquisa aplicada na Amazônia e tudo o que se fizer, ainda querem conjunto com todas as IES estabelecidas no Estado, será pouco diante do enorme desafio de melhorar a vida das pessoas no interior da Amazônia. Talvez não seja necessário apenas um Programa de Interiorização da Pós-graduação. Há tanto por fazer e tantas são as possibilidades que se deve interiorizar não só a pesquisa, o ensino, a extensão e a inovação. A aproximação das universidades com as forças armadas, além de contribuir para distender as relações institucionais, pode ser fundamental para se abrir um campo de atuação riquíssimo para estudantes e professores de graduação e pós-graduação. É preciso conhecer a região, de fato, para poder entendê-la e valorizá-la. Vivenciar experiências nos PEFs talvez seja o “choque de interiorização” necessário para que se aprenda a valorizar mais a Amazônia e suas riquezas.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

terça-feira, 3 de março de 2015

Corte de 54% na capacidade de investimento da FAPEAM

Para quem acredita em duendes e nas histórias da carochinha dos assessores do governador José Melo (PROS, que eu já acho, sinceramente, que é do CONTRAS) de que a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM), “será a mesma coisa” como braço de um departamento de uma Secretaria de Estado, um aviso: a FAPEAM já está fragilizada e, só em 2015, quase 50% das possibilidades de investimento em Ciência, Tecnologia e Inovação. E para não dizer que falei de duendes e esqueci os bruxos que comandara a reforma administrativa, os números demonstram que a história deles é “para inglês ver”. FAPEAM executou, em 2014, R$ 92 milhões de reais. Tem compromissos a serem executados de R$ 20 milhões. E terá, em 2015, apenas 72 milhões de reais previstos no Orçamento. Com isso, restará, para investimento em 2015, a quantia de R$ 50 milhões. Isso significa, ao final de tudo, que, dos 92 milhões investidos em 2014, a FAPEAM só poderá fazê-lo (se nenhum dos iluminados sugerir mais cortes) R$ 50 milhões. Isso significa, na prática, um corte de mais de 54% na capacidade de investimento da FAPEAM. Os que não creditaram que a FAPEAM seria atingida sentirão o impacto ao longo do ano de 2015.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

segunda-feira, 2 de março de 2015

UFAM une-se em defesa da SECTI

O Conselho Universitário (CONSUNI) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), não só subscreveu a “Nota pública da UFAM em defesa da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Amazonas”, assinada pela Reitora Márcia Perales Mendes Silva, em nome da Administração Superior da UFAM, mas também, decidiu que seus membros se farão presentes à Audiência Pública proposta pelos deputados José Ricardo (PT) e Luiz Castro (PPS), inclusive, a Reitora da Instituição. A Audiência será amanhã, às 10h30, na ALE-AM. Republicanamente, em respeito à autonomia do Estado para definir seus rumos, a Administração Superior tentou, até sexta-feira, dia 27, uma Audiência com o governador do Estado. O esforço revelou-se em vão. Em respeito aos seus 106 anos de história no Estado, a UFAM publicamente assumiu a defesa da SECTI, desta vez, com o apoio político fundamental do Conselho Universitário que compreendeu a importância estratégica da SECTI para o desenvolvimento científico e tecnológico do Amazonas. Diminuir a importância da SECTI na estrutura administrativa do Estado é um equívoco tão grande, ou maior que ignorar a UFAM e sua importância para o Amazonas. Espera-se que a Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) não se curve e corrija o erro histórico cometido pelo governador e sua equipe de consultores. Enquanto é tempo e ainda se pode evitar que o Amazonas faça, publicamente, uma opção política e administrativa pelo atraso. Se não voltar atrás, a história condenará o governador José Melo por jogar o Estado no limbo do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

domingo, 1 de março de 2015

As virtuais penas de aluguel

Fossem apenas radicais, era de se admitir, mas, os militantes virtuais contratados tanto pela esquerda quando pela direita, que hoje não tem mais vergonha de ser direita, possuem algo em comum: jogam sujo, aplicam golpes baixos e defendem, sem argumentos, quem os paga. Sou de um tempo em que jornalistas que se vendiam eram considerados “penas de aluguel”. Nas Mídias Digitais, principalmente nas redes sociais, os jornalistas sem caráter perderam a primazia de alugar vossas penas: qualquer pessoa aluga a pena e desce o sarrafo no adversário. A falta de critérios para se escolher o que se publicar, somada à falta de caráter, ao fim de tudo, deixa até a profissão de jornalista em risco. Creio que é necessário que os bons jornalistas reajam. E que a reação venha da academia, dos cursos de jornalismo, a fim de que não haja confusão entre fofoqueiros virtuais e jornalistas. Ou se faz essa diferença ou seremos, nós os jornalistas, confundidos com militantes virtuais contratados que, de jornalista, não possuem nada.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.