segunda-feira, 23 de março de 2015

Evasão: um problema inaceitável

Ou a universidade pública brasileira enfrenta a evasão ou a evasão acaba com a universidade pública brasileira. Parece um chavão, mas, trata-se da mais pura realidade. Por mais complexo que seja o problema, não dá para relativizá-lo nem ignorá-lo. Há fatores externos que são incontroláveis, não se pode negar. Mas, é impossível, também, negar as questões internar que afetam diretamente o desempenho dos estudantes: professores que se ausentam constantemente das salas de aulas, cursos intermináveis, atividades anacrônicas, currículos pesados e inflexíveis e um pior deles: desmotivação generalizada por parte de estudantes, professores e técnicos de apoio. É como se, coletivamente, ninguém acreditasse mais na universidade pública e todos esperassem, apenas, o seu fim. Esta é a única explicação para o fato de a universidade brasileira ainda não ter enfrentado e eleito como seu único objetivo estratégico: reduzir, quiçá eliminar, a evasão escolar. É algo inaceitável, mais ainda quando se perde a batalha para o jubilamento. Uma universidade pública, em essência, não pode (nem deve) expulsar seus estudantes, mas, incluí-los e devolvê-los à sociedade formados. Quando isso não acontece, a própria universidade não cumpre a função social. E, como a evasão, é inaceitável.


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