quinta-feira, 31 de março de 2016

A formatura como recomeço

Sempre que participo das cerimônias de “Outorga de grau”, antes popularizadas com o nome de formatura, fico com a sensação de que não se trata de uma despedida, mas, do início de uma nova e importante fase na vida de cada uma daquelas pessoas que ingressam no auditório como estudante e de lá saem como profissional. Arrisco-me em dizer que, talvez, seja o momento mais importante para a vida de cada uma daquelas pessoas que ali vão. Avôs, avós, pais, mães, namorados, namoradas, amigos, amigas... É preciso valorizar não apenas a formatura, mas, quaisquer que sejam os acontecimentos da vida como recomeços permanentes. Assim, certamente, entenderemos, inclusive, o papel de formadores que temos nós, os professores e professoras. Em assim sendo, conseguiremos olhar de forma mais amorosa e compreensiva para os gritos e lágrimas de quem ora recebe o grau.


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quarta-feira, 30 de março de 2016

Éticas médica, política e humanitária

O conceito e Brasil como País começou a ruir desde que, em outubro de 2014, a oposição passou a contestar a derrota eleitoral nas urnas. O maniqueísmo esquerda x direita foi desenterrado e se chegou ao cúmulo de uma médica, no Rio Grande do Sul, se negar a ser a pediatra de um bebê porque os pais são petistas. Ética médica e ética política se misturaram (ou a falta das duas). O episódio, no entanto, revela que chegamos a um ponto de ebulição da intolerância que merece reflexão. Imaginemos que o impeachment da Dilma Rousseff (PT) ocorra, seremos, todos nós que não concordamos que ela seja apeada do poder, vítimas deste tipo de comportamento? É hora de refletirmos, analisarmos, avaliarmos e recorrermos à sensatez. Há sim uma fogueira, acesa pela maioria da mídia e por ações equivocadas do judiciário que tocaram fogo no País a ponto de o nível de ódio chegar aonde chegou. É hora de nos desarmarmos, esquecermos todas as divisões da ética e centramos na ética humanitária, coisa que a médica não teve.


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terça-feira, 29 de março de 2016

A neutralidade aparente da Ciência

Tenho acompanhado, em algumas listas, “cientistas” brasileiros a defender que as entidades que vos representam não devem se manifestar no momento atual “nem para um lado nem para o outro”. É o típico pensamento de quem considera que a Ciência é neutra. Ledo em engano. Há tempos se sabe que a Ciência se uniu ao capital para o referendar. E assim tem sido feito ao longo da história recente. Numa hora, no entanto, em que a democracia do País está em jogo a omissão é um equívoco histórico. Apelar para o discurso da neutralidade da Ciência para esconder o medo dos cientistas de se comprometerem não convence ninguém. Os que tomaram esta posição que me perdoem, mas, é algo patético. Afinal, na própria Ciência há uma corrente que defende o envolvimento com o objeto de pesquisa, portanto, completamente oposta à neutralidade.


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