À parte os avanços que se conseguiu nos últimos anos, a Ciência e a
Tecnologia, no Brasil, são de base estatal. É notório que mais de 70% das pesquisas
realizadas no País são financiadas pelo Estado, direta ou indiretamente. Eis um
dos motivos para o baque tão forte que a Ciência brasileira já sofreu no ano passado
e que pode sofrer, mais ainda, este ano. Durante anos e anos, qualquer
tentativa de se relacionar as universidades públicas com a iniciativa privada
era considerado “pecado mortal”. Quem considera que esta fase foi superada
totalmente se engana. Ainda há fortes resistências às iniciativas de se
aproximar as universidades das empresas. Projetos nesta direção recebem a pecha
de privatização das atividades do Estado. Talvez não signifiquem a privatização
pura e simples. Mas, em tempo de Lava Jato e fora dele, é preciso se ter cuidado
para que as relações promíscuas não prevaleçam. Que a Ciência brasileira é de
base estatal, não se pode negar. É preciso que avancemos muito na direção de
estabelecer parcerias com a iniciativa privada. No entanto, não se pode admitir
o uso de toda a estrutura estatal, o financiamento estatal, para gerar benefícios
individuais. Este deve ser sempre o maior cuidado que devemos ter na hora do
estabelecimento das parcerias.
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