Que o jornalismo brasileiro se encontra à
beira de um poço sem fim, parece mais que óbvio. Hoje, no entanto, durante o
dia, o que se viu foi uma desastre e irresponsabilidade em cadeia que só se
explicar por um motivo: a mídia está a serviço da manifestação marcada para o
dia 13. E mais: quer transformá-la em algo de proporções incomensuráveis a
ponto de deixar a presidente Dilma Rousseff (PT) em um beco-sem-saída. Só isso
explica tamanha irresponsabilidade de se divulgar “uma possível delação
premiada” do senador Delcídio Amaral (PT-MS) cujo teor seriam 400 páginas.
Ainda que exista a tal delação premiada, não se pode, em um estado democrático
de direito, condenar alguém, muito menos a Presidente da República, sem que provas
cabais sejam apresentadas. À mídia não cabe especular, mas, investigar e
divulgar fatos. Ninguém pode ser condenado com base em depoimentos sem provas,
em ouvir dizer. O jornalismo que se tem praticado hoje é asquerosamente
vergonhoso, tendencioso por essência e motivo de vergonha para que defende a
prática responsável da apuração, redação e difusão de notícias. O “jornalismo
de dedo-duro” que hoje se pratica é tão condenável quanto os crimes não comprovados
que até agora se tem divulgado.
Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.