Não odiar jamais é sinônimo de apoiar

Ontem fiz a seguinte postagem no Facebook: “Conheço muito professor e muita professora que nos anos de chumbo da Educação Superior (FHC) eram boias-frias das instituições privadas. Com o REUNI, ingressaram nas IES públicas e viraram doutores e doutoras. Hoje odeiam Lula mais que o PSDB. Vá entender! ” Em nenhum momento defendi que estes professores e professoras devem amar Luís Inácio Lula da Silva. Expandir vagas, criar novas universidades, lançar políticas afirmativas ousadas, no entanto, não é para qualquer um. Refirmo: os anos do governo FHC foram sim, anos de chumbo para a Educação Superior no País. A política de privatização da Educação Superior, iniciada nos governos de FHC, foi lapidada nos governos do PT. Fato. Mas, só não entendo quem era boia-fria, se transformar em parte de um clube seleto de pessoas que ganha mais de R$ 15 mil, passar a odiar visceralmente um ex-presidente. Nada a mais que isso! Defendo, e defenderei até que me calem permanentemente, a democracia, os ritos de um estado democrático de direito, pois, caso não, estaremos sob a égide de um estado de exceção, cuja característica é a afronta permanente aos direitos fundamentais. Não se precisa apoiar Lula para se ter o mínimo de discernimento e entender que o momento da democracia brasileira é gravíssimo. Há uma reação extremada dos conservadores contra os avanços no campo dos direitos fundamentais. Em em relação a isso que as pessoas sem viseiras devem atentar. Antes que seja tarde!

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