A pátria educadora virou assustadora

Ninguém pode ser ingênuo: a crise é política, tem impactos profundos nas finanças, mas, dá sinais evidentes de que quem comanda, inclusive os destinos políticos, são os especuladores. As subidas e descidas da Bolsa de Valores e do Dólar, quando do anúncio de Luiz Inácio Lula da Silva como Ministro da Casa Civil, são comprovações de que há interesses não apenas internos no processo de desestabilização do Governo Dilma Rousseff (PT). A busca constante dos cortes e contingenciamentos “não acalmam o mercado”. E disso se aproveitam os políticos para afastarem Rousseff, ainda que não existam, pelo menos por enquanto, provas concretas de nenhum crime de responsabilidade. O que todo este preâmbulo tem com a Educação? Tudo. As universidades brasileiras, com raríssimas exceções, estão estranguladas. E quem não estava, começa a ficar, em função de a liberação e recursos se encontrar praticamente parada. Sem a solução da crise política, a crise financeira se arrasta. E, pelo menos na Educação, a “pátria educadora” caminha, cada vez mais, para se transformar em “pátria assustadora”.

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