O desastroso pedido de prisão preventiva do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva feito por três promotores do Ministério
Público de São Paulo revela uma espécie de disputa muda entre o juiz da lava
jato e os promotores de São Paulo pelos holofotes. É o que se pode chamar de
glamourização do Ministério Público, por extensão, da Justiça. O fenômeno não é
de hoje. Desde o momento em que o nome das Operações da Polícia Federal ficou
mais importante que a efetividade delas, implantou-se um viés midiático em tudo
o que se faz na Justiça brasileira. Como consequência, disputa-se as lentes das
câmeras fotográficas dos jornais, os microfones das rádios e as filmadoras das
TVs com uma avidez juvenil. Tal avidez é resultado da chegada e jovens (quase
adolescentes) treinados para passar em concursos públicos que chegam aos
algumas das instâncias da Justiça sem a maturidade suficiente para o processo
de tomadas de decisões tão importantes, por exemplo, como “solicitar a prisão
preventiva de um ex-presidente”. Rasos nos argumentos, ases em holofotes, podem
cometer erros grosseiros capazes de levar o Ministério Público ao descrédito.
Vestem-se de preto, colocam a máscara do Zorro e passam a posar de justiceiros.
Serenidade, numa hora dessas, é fundamental para que a trapalhadas de alguns
não atinjam a credibilidade da organização de todos os que dela fazem parte. Há
muito membro do Ministério Público País afora que se considera acima do bem e o
mal. Agora precisa ser feito contra a arrogância e a prepotência de alguns
destes garotos e garotas que mal saíram dos cursos de Direito e já se
consideram tão autossuficientes que, se não houver um freio, daqui a pouco vão
querer executar quem pensa diferente deles.
Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.