sábado, 31 de maio de 2014

Atividades inviabilizadas durante a Copa

As poucas atividades acadêmicas mantidas pelas universidades localizadas em Manaus estarão praticamente inviabilizadas durante o mês de junho. Isso porque enquanto o preço das passagens e diárias, em alguns casos, triplicou, os recursos para as atividades ficou no patamar de antes. O Governo Federal autorizou que o valor das diárias pagos aos professores que venham a trabalho para Manaus dobrasse. Ainda assim, ficaram no patamar de R$ 400,00. Como os hotéis cobram quase o dobro, as atividades ficaram praticamente inviabilizadas no mês de junho. Promovê-las vai requer um certo grau de habilidade e de boa vontade das partes envolvidas.


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sexta-feira, 30 de maio de 2014

Quando formos obrigados a contrabandear livros

Enquanto a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), bem como o Governo brasileiro, com o Ciências sem fronteiras, tentam incentivar a internacionalização da Educação do País, dentro do próprio Partido dos Trabalhadores (PT) ainda há quem partilhe da visão protecionista de mil, novecentos e antigamente. Pois não é que o deputado federal Vicentinho (PT) apareceu com uma daquelas joias que atravancam tudo! É de autoria dele o Projeto de Lei (PL) 7.299/14 que "proíbe os órgãos públicos federais estaduais e municipais de adquirirem publicações gráficas estrangeiras". Para ele "o poder público não deve favorecer o mercado externo em detrimento das produções nacionais". Na prática, se um devaneio desses vira Lei, estudantes brasileiros de Pós-graduação, inclusive, as bibliotecas das universidades públicas brasileiras, para fazerem a aquisição de algum livro produzido no exterior, terão de praticar o contrabando de livros.


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quinta-feira, 29 de maio de 2014

Norma técnica não garante qualidade

Quem foi que disse que um livro, uma tese, uma dissertação ou um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) terão qualidade garantida por seguirem as Normas Técnicas emanadas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)? Norma técnica nunca garantiu, nem garantirá a qualidade de nenhum tipo de produto. O máximo que as normas garantem é a padronização dos processos. Processos padronizados, no entanto, não garantem, de forma absoluta, a qualidade. Exigir um padrão no processo de fabricação de qualquer produto deve ser uma opção do consumidor, assim como seguir ou não as NBRs da ABNT, na academia, deve ser uma indicação, mas não uma obrigação. Porque, além de não garantir efetivamente a qualidade, obedecer cegamente, normas externas de Associações ou Conselhos não passa de mais uma das facetas aqui já apontadas do que ousei denominar "perde de autonomia consentida" das universidades brasileiras. Só nos falta aceitar seguir determinações do "Clube da Esquina"?!


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quarta-feira, 28 de maio de 2014

A governança necessárias nas Organizações

Por mais que os estilos de administrar sejam diferentes, nas organizações, as pessoas escolhem seus líderes para liderar, ou seja, para exercer a governança. E abrir mão de liderar é um perigo que pode gerar, inclusive, a rebelião dos liderados. A participação dos liderados, mesmos nas organizações de Educação que, em tese, seriam diferentes, tem um limite: o desejo de participar, de pro-agir, ou seja, o agir antes. Acontece que há muitas pessoas cujo perfil é não agir de forma nenhuma. Muito menos pro-agir. O que elas querem é uma espécie de Manual de Procedimentos com cada uma das atividades prescritas, como se fossem uma receita médica, e ponto final. Quem lidera equipes, portanto, tem de estar atento a cada um desses movimentos sob pena de a equipe implodir. Com uma certeza: a governança só existe se o líder a exercê-la. Às vezes com mão-de-ferro, às vezes com muito amor e acolhimento. Encontrar o ponto de equilíbrio é o maior desafio de quem lidera.


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terça-feira, 27 de maio de 2014

Educamos para quê, afinal?

Às vezes fico com a impressão que um pai manda seu filho para a escola simplesmente baseado no fato de que se o seu vizinho manda, ele também tem de mandar. Ou educamos apenas para que ele (o filho) "consiga se dar bem na vida" ou "arrume um emprego". As escolas, por seu turno, em todos os níveis, parecem ter o perfil do egresso em seus Projetos Políticos Pedagógicos apenas para cumprir uma formalidade contida nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e exigida pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). Educamos para quê, afinal? A pergunta, em alguns casos, irrita demasiadamente dirigentes de escolas e de Instituições superiores. Na prática, o que se vê, é que, coletivamente, trata-se da pergunta mais mal respondida da Educação brasileira. Fica-se com a nítida impressão de que, no Brasil, educa-se para que o estudante não cruze nem a rua da equina. Há um nítido preconceito contra a Internacionalização. A mobilidade é quase zero dentro do próprio País e, no mais das vezes, das próprias Instituições. Quando não se tem um caminho, qualquer caminho serve. Este parece ser o lema das escolas brasileiras, do nível básico ao superior, passando pelo médio. Talvez, por isso, formemos tantos estudantes medianos. A pergunta do título desta postagem ainda precisa ser respondida. Ou, talvez, nunca deva ter mesmo uma resposta definitiva.


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segunda-feira, 26 de maio de 2014

O ENEM e os cursos menos concorridos

O uso indiscriminado das notas dos Enxame Nacional do Ensino Médio (ENEM) pela universidades brasileiras provou dois fenômenos que merecem ser melhor estudados: um intenso rodízio de estudantes nos cursos menos concorridos e um atraso no fechamento das turmas que provoca problemas didáticos para professores e estudantes. Como existem infinitas filas eletrônicas para o preenchimento das vagas, novos estudantes são incorporados às turmas existentes até quase o final do período letivo. Rigorosamente, estão reprovados por falta. Logo, são sérios candidatos ao famigerado jubilamento. Relativamente aos cursos menos concorridos, passaram a funcionar como uma espécie de pré-vestibular para quem não consegue aprovação nos cursos que deseja. No ano seguinte, fazem novo ENEM. Caso sejam aprovados nos cursos que desejam, abandonam o curso anterior. Parece ser claro, portanto, que esses dois movimentos devem ser melhor estudados.


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domingo, 25 de maio de 2014

Evasão e retenção que promovem a exclusão

Há, nas universidades brasileiras, um discurso de inclusão que não combina com a prática exclusiva e elitista, apesar de todas as políticas públicas de quotas, aliás, só aplicadas, em muitas delas, por força de lei. Os números da evasão e da retenção, ano a ano, são assustadores e revelam uma universidade que, ao invés de investir na agilidade, na flexibilidade e na qualidade dos cursos de graduação, tem como política a expulsão, proibida, inclusive pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) mas, posta em prática e de forma míope, em nome da autonomia. É algo que me choca e dói, ver, anualmente, estudantes expulsos das universidades, não por culpa única e exclusiva deles, mas, de professores que não ministram as aulas que deveriam e coordenadores que, no máximo, distribuem os horários das disciplinas mas se eximem de qualquer atuação verdadeiramente pedagógica. Afora o fato de as instituições não possuírem efetivo acompanhamento psicopedagógico e investirem na política da exclusão e do cerceamento do direito dos estudantes como regra. O direito básico da prova de segunda chamada, por exemplo, na prática, é ignorado pela maioria dos professores. Quando não, há alguns que ainda avisam:"Você pode até requerer a segunda chamada, mas, não será aprovado. Isso se eu for obrigado a fazer a prova". Lastimável que aberrações como essas sejam muito mais comuns do que se possa imaginar. E são comportamentos desse tipo, que parecem de pouca importância para alguns, os que iniciam o processo de evasão ou retenção de estudantes nas universidades brasileiras. Há muitos arautos da moralidade, que perseguem, inclusive colegas professores e professoras, mas, admitem como normais atrocidades como essas. Só não apelo para porem a mão na consciência porque, certamente, teriam extrema dificuldade de localizá-la. Quem aceita como normal esse tipo de comportamento, certamente, porá a mão no vazio.


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sábado, 24 de maio de 2014

Citar é respeitar o outro

Referenciar uma obra nos trabalhos acadêmicos não se trata meramente de uma exigência da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). É, acima de tudo, uma demonstração de respeito ao outro. O que a ABNT faz é estabelecer padrões, formas de como as obras e seus respectivos autores devem ser citados nos Trabalhos de Conclusão de Cursos (TCCs), Dissertação e Teses. Não se trata de uma simples norma técnica. Referenciar obras e autores nos trabalhos científicos é demonstração de respeito e seriedade de quem o faz. É, pode-se assim dizer, a prática mais intensa do que se pode chamar de exercício da cidadania acadêmica. Deve ser uma prática incentivada para que as gerações de estudantes não se fixem nos aspectos meramente técnicos e entendam que citar é salutar para a vida de pesquisador.


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A Pós-graduação pode promover inclusão

Toda as vezes que vou aos municípios do interior do Amazonas nos quais a Universidade Federal do Amazonas (UFAM) possui unidades fico com a nítida impressão de que a Pós-graduação tem potencial para promover a inclusão social, portanto, de melhorar a vida das pessoas. E de promover uma mudança na qualidade global de vida da própria cidade. Desde que as política públicas sejam voltadas para este fim. E uma delas é que o próprio Governo Federal entenda que as unidades de expansão das universidades federais deve ter por objetivo transformá-las em universidades ao longo do tempo. Não que se faça isso por decreto, mas que a Pós-graduação seja a propulsora deste processo de melhoria. E isso só pode ocorrer se as pesquisas forem direcionadas para aplicações efetivas na melhoria da qualidade de vida das pessoas. Em assim se procedendo, a Pós-graduação tem sim, potencial para promover a inclusão social como política pública.

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OBS: Post do dia 23/05/2014

quinta-feira, 22 de maio de 2014

A interiorização da Pós-graduação no Amazonas

Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Instituto Federal de Educação do Amazonas (IFAM) e Instituto Nacional de Pesquisas na Amazônia (INPA) estão em fase final de negociação com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam) para iniciarem uma parceria cujo objetivo é levar turmas de Pós-graduação dos Programas de Pós-graduação existentes nas quatros instituições na capital para os municípios do interior do Amazonas nas quais as instituições tenham Campi ou polos. A interiorização da Pós no Estado começou com a UFAM, com os chamados Mestrados e Doutorados Intrainstitucional. Turmas foram oferecidas em Benjamin Constant e Parintins. A segunda fase passou a ocorrer este ano, quando a UFAM ampliou internamente o número de possibilidades de cursos serem ofertados em Parintins, Coari, Itacoatiara, Humaitá e Benjamin Constant. A terceira fase se consolidará com a parceria a ser firmada e o apoio da Fapeam a fim de que a oferta de Programas de Pós-graduação seja ampliada para a comunidade de estudantes do interior do Estado. Na UFAM a meta é que até julho de 2017 seja ofertadas 30 vagas de Mestrado e 15 de Doutorado em cada um dos polos, o que dará um total de 150 vagas de Mestrado e 75 de Doutorado. As demais instituições estabelecerão metas próprias dentro do Programa de Interiorização da Pós-graduação do Amazonas a ser apoiado pela Fapeam e pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTi)


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Aula inaugural do PPGBiotec em Coari

Nove estudantes cujos olhos brilhavam de felicidade foi o que encontramos, eu e o professor Edmar Vaz, coordenador do Programa Multi-Institucional de Pós-Graduação em Biotecnologia (PPGBiotec), gerenciado pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), no Instituto de Saúde e Biotecnologia (ISB) hoje, dia 21 de maio de 2015, às 16h, em Coari. Depois de uma viagem de 9h em uma lancha Ajato, chegamos em Coari às 15h. Às 16h iniciamos a primeira turma do Mestrado em Biotecnologia. Foram oferecidas 05 vagas para o Doutorado e 10 vagas para o Mestrado. Não houve candidatos ao Doutorado e, dos inscritos para o Mestrado, nove foram aprovados. A turma está prevista para ser oferecida em módulos, toda no município de Coari. Por conta de equipamentos e laboratórios, caso haja necessidade, os estudantes sejam deslocados para Manaus a fim de concluíram suas pesquisas. A aula inaugural foi a reafirmação do compromisso público da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-graduação (Propesp) e do PPGBiotec com a interiorização da Pós-graduação. Tanto a Pró-reitoria quando a coordenação do programa tiraram as dúvidas dos estudantes e professores presentes e estabeleceram metas conjuntas a fim de quem a primeira turma conclua todos os objetivos e metas propostos.

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OBS: Post do dia 21/05/2014

terça-feira, 20 de maio de 2014

Grupo de Pesquisa da UFAM discute a Moda na Copa

"Patriotismo ou tendência?" é a pergunta que norteará os debates hoje, às 19h, na Sala Thiago de Mello, da Livraria Saraiva, no Manaura Shopping, na volta do Projeto Mimo.com, do Grupo de Pesquisa Linguagens, Expressões Humanas, Mídia e Moda (MIMO), da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). O Mimo.Com é projeto ligado à Pró-reitoria de Extensão e Interiorização da UFAM (Proexti) que teve início em maio de 2011 e, durante aquele, todas as segundas terças-feiras, promovia encontros no mesmo espaço da Livraria Saraiva para discutir temas relevantes ligados à Moda com especialistas locais e de fora de Manaus. O Grupo de pesquisa MIMO promove um diálogo interdisciplinar nas pesquisas em Artes, Comunicação, Cinema, Linguística, Literatura, Mídia e Moda em desenvolvimento pela Linha de Pesquisa 2 – Redes, processos e formas de conhecimentos – no Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia (PPGSCA), o tema de hoje será debatido pelo professor e publicitário Wallace Lira, pelo professor doutor e sociólogo, Marcelo Seráfico, pela designer de biojóias, Rita Prossi, pelo publicitário Aloísio Gonçalves e pela estilista Ana Gonçalves. A entrada é franca e todos os segmentos interessados em Moda e nas interfaces da Moda com as outras áreas do conhecimento são convidados a participar.



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segunda-feira, 19 de maio de 2014

A Educação como um evento nacional

Não sou daqueles que consideram Copa do Mundo e Educação excludentes, ou seja, que ficam fazendo as contas do que foi gasto com a Copa de 2014 que poderia ser investido na Educação. O que me incomoda é um evento de uma entidade privada passar a ser prioridade nacional, sem que se tenha o mesmo empenho e dedicação relativos à Educação. Seria muito oportuno e interessante que todos os brasileiros, mesmo que fosse de quatro em quatro anos, passasse a eleger a Educação como prioridade. E cobrasse, com o mesmo empenho que cobra a vitória da Seleção Brasileira, que nós, os brasileiros, tivéssemos uma mudança de qualidade, para melhor, na Educação do País. Ou a Educação passa a ter o mesmo peso na sociedade inteira, ou seremos reféns de políticas compensatórias e meras migalhas voltadas para a Educação.


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domingo, 18 de maio de 2014

Mais municípios do Amazonas no ENEM

O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) será ampliado no Amazonas. Em audiência com a reitora da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Márcia Perales Mendes Silva, realizada no dia 14 de maio, o presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Francisco Soares, garantiu que o Exame será aplicado em novos municípios do Amazonas sem, no entanto, prever quando será atingida a totalidade dos municípios, como é desejo da UFAM, que estuda, internamente, mudanças no uso das notas do ENEM. De acordo com o Inep, a prova do ENEM será realizada este ano em 56 municípios do Estado do Amazonas, ou seja, 13 municípios a mais. As inscrições começaram no dia 12 de maio de maio e vão até o dia 23 e podem ser realizadas no endereço  http://enem.inep.gov.br/.


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sábado, 17 de maio de 2014

O erro como instrumento de tortura

Não é de hoje que o erro é visto como um instrumento de tortura nas escolas. E que ninguém pense que se restringe aos níveis considerados mais baixos da Educação. O erro visto como um elemento primordial para a evolução do estudante parece utopia. Não se pode, porém, entender que o erro é um motivo de se crucifica o estudante e eliminá-lo de quaisquer atividades. Ou a universidade brasileira se moderniza ou padecerá da insistente falta de professores. Mesmo que não queiramos, este elemento será usado contra nós, os professores, sempre que não cumpramos as metas das categorias profissionais. E o erro passa a ser usado como instrumento de tortura.


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sexta-feira, 16 de maio de 2014

A cobrança de taxas na Educação

De ontem para hoje fiquei a refletir se a visão dos juízes que proíbem quaisquer tipos de cobrança de taxas em universidades públicas está correta. Se não correta, pelo menos, se é justa. A reflexão me surgiu em função de uma situação hipotética que passei a imaginar. A de uma pessoa que entre com um processo de revalidação de diploma estrangeiro em universidades brasileiras. Não é razoável que haja uma regra universal para tratar do assunto. Podemos ter um alto executivo de uma empresa que, com recursos próprios, bancou um curso no exterior. Ao voltar ao Brasil, tem a necessidade de revalidar seu diploma. Trata-se de um processo não muito simples, que consume papel e horas de trabalhos de servidores públicos. Esse tipo de trabalho, incluso os papéis gastos durante o processo, deve ser de graça? Ou melhor, deve ser bancado com recursos públicos? O povo brasileiro tem o dever de financiar processos de interesse particular ou apenas fluxos e processos de interesse público? A mim me parece que devemos rediscutir melhor o tema.


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quinta-feira, 15 de maio de 2014

"A bolsa de produtividade não devia mais existir"

Vais tímidas e muito mais aplausos foi o que recebeu o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glaucius Oliva, ao ser provocado por uma das perguntas da plateia e responder que "as bolsas de produtividade não deveriam mais existir". Para ele, as bolas tiveram uma papel importante quando incentivaram as pessoas a serem pesquisadores. Hoje, norteiam todo o processo de avaliação e terminam por manter os comitês de áreas fechados exatamente em função da distribuição das bolas de produtividade. A fala do presidente do CNPq foi reafirmada pela presidente da Sociedade Para o Progresso da Ciência (SBPC), Helena B. Nader, ao declarar, sob aplausos, que "as bolsas de produtividade só existem porque o governo paga péssimos salários aos pesquisadores". As falas duras ocorrem no Painel IV, Interdisciplinaridade nas agências de fomento e nas entidades de representação científica", do III ENCONTRO ACADÊMICO INTERNACIONAL 2014 - INTERDISCIPLINARIDADE NAS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS: RESULTADOS & DESAFIOS, das 8h30 às 10h30 do segundo do evento. Glaucius Oliva ainda adiantou que estuda, para o ano que vem, acabar com os comitês de área no CNPq e criar os comitês temáticos ou por editais. Pelo jeito, a interdisciplinaridade tende a implodir muitos pilares arraigados na Ciência brasileira. Oremos!


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quarta-feira, 14 de maio de 2014

O corporativismo que nos engessa

Há uma atuação tão direta das corporações nas esferas que tomam decisões relativas à área de Educação que engessam o progresso da Ciência e nos transformam em um País com uma das práticas pedagógicas mais arcaicas no que tange à graduação. E ficarei apenas em um exemplo para provocar reflexão. E o farei dentro da área que desenvolvo minhas atividades, o jornalismo. Quem foi que disse que uma pessoa só se torna jornalista depois que passar quase três mil horas dentro de uma sala de aula? É isso mesmo, meus caros, leitores e leitoras, um jornalista só se torna oficialmente formado após cumprir uma penosa carga horária mínima em sala de aula. E isso aconteça com todas as demais profissões: gasta-se mais tempo em sala de aula do que no aprendizado efetivo. Como se a sala de aula fosse um espelho perfeito da vida em todas as áreas. Reafirmo: enquanto a indústria brasileira abriu as portas para o mundo, na Educação, teimamos em não enxergar as boas experiências vivenciadas pelos demais países do mundo.


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A interdisciplinaridade nas universidades brasileiras

A palestra "Institucionalização da interdisciplinaridade nas universidades", proferida em Inglês pelo professor Johann Koeppel (TU Berlin) foi o ponto alto da manhã de trabalho do III ENCONTRO ACADÊMICO INTERNACIONAL 2014 - INTERDISCIPLINARIDADE NAS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS: RESULTADOS & DESAFIOS, que teve início na manhã de hoje, 13 de maio de 2014, e irá até quinta-feira, dia 15 de maio de 2014, na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O Encontro possui três objetivos:

Identificar avanços e desafios na implementação da interdisciplinaridade no Ensino, Pesquisa e Extensão, com base nos resultados dos Encontros Regionais.

Propor estratégias e mecanismos para institucionalização e consolidação da interdisciplinaridade nas universidades, nas agências de fomento, nos conselhos profissionais e nas entidades de representação científica.

Caracterizar avanços obtidos e perspectivas da contribuição da interdisciplinaridade na construção do conhecimento, na formação acadêmica de novos perfis profissionais e na inserção social da universidade.

Painéis e palestras sobre o assunto ocorrerão nos três dias do Encontro que, no final da tarde hoje, terá o lançamento do livro "Práticas de interdisciplinaridade no Ensino e na Pesquisa, editado por Arlindo Philippi Jr e Valdir Fernandes.

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OBS: Post do dia 13/05/2014

terça-feira, 13 de maio de 2014

A Abertura dos Portos na Educação

É urgente que façamos uma espécie de "Abertura dos Portos" na Educação. Enquanto, na indústria, abrirmos o mercado para o capital internacional, na Educação, temos uma das mais fechadas possibilidades de interações. E, isso tudo, para manter a reserva de mercado de categorias profissionais que, em determinadas áreas, mandam mais na carreira profissional que o próprio Ministério da Educação (MEC). Médicos e Odontólogos, por exemplo, determinam até a carga horária dos cursos de especialização e da residência médica. Para além desses, Advogados determinam até o exercício profissional ou não, independentemente de serem devidamente formados pelas universidades brasileiras. Com isso, há uma reação corporativista ao processo de internacionalização. É preciso enfrentar as corporações ou teremos sempre um discurso atrasado contra a internacionalização que esconde, no fundo, os interesses de algumas corporações profissionais. Nada a mais que isso!

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OBS: Post do dia 12/05/2014

domingo, 11 de maio de 2014

O erro não é assim tão didático

Por mais que se pregue modernamente, principalmente na Educação superior, que o erro é a melhor forma de se acertar, não se chega a esta proposição teórica tão facilmente. A professora Ivani Fazenda diz que "vivemos na escola do silêncio". Ora, todos sabemos o porque de a fala dos estudantes, na sala de aula, não ser lá, digamos, muito constante. Em pleno Século XXI, os estudantes temem errar, questionar e serem socialmente ridicularizados pelos professores (e professoras) e pelos colegas. Ainda ouço saudosistas a pregarem a volta do velho método da "palmatória". De acordo com os saudosistas, cada erro deve ser corrigido com algumas lapadas de palmatória, certamente, com um furo no meio, como eram os tradicionais instrumentos didáticos das salas de aulas. Todo este preâmbulo se deve ao fato de ter recebido, pela Internet, o seguinte imagem:


Compartilhei a imagem pela curiosidade de um pensamento tão profundo ser associado ao grandalhão dos filmes de ação, Vin Diesel. Claro está que tal pensamento não é dele. Virou uma verdade universal. E me veio à mente porque lembro de uma vez, quando fui à Sena Madureira, minha cidade natal. Lá ouvi um daqueles CDs de autoajuda. Uma das mensagens era "o ponto negro". Nela, um professor de Filosofia inicia sua aula com um pano branco estendido ao longo do quadro negro. No meio do pano um minúsculo furo. O professor perguntou aos estudantes o que viam. Todos responderam:"o buraco negro". A velha palmatória continha um buraco no meio. Ser inteligente no uso dos mesmos antigos elementos é um desafio. Vença-o!


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sábado, 10 de maio de 2014

Livre-pensar sim, livre-expressar, com cuidado

Quando da agressão sofrida em 2011, o sociólogo Carlos Santiago foi cirúrgico ao dizer que "a universidade era o único espaço onde se poderia até duvidar da existência de Deus sem ser importunado". Exagerou! O tempo, a vida e os papéis que você exerce em sociedade comprovam o livre-prensar existe, mas, o livre-expressar é uma utopia que jamais será alcançada. Representamos papéis sempre em quaisquer grupos sociais: organizações, clubes, amigos, inclusive, universidades. O livre-pensar não me dá o direito ao livre-expressar. Porque o meu livre-expressar pode atingir pessoas, seres, cargos e imagens pessoais e institucionais. O mais sublime exercício da vida não é o do livre-pensar, mas, o do repeitar. Porque quando exercemos o livre-pensar, a depender da forma que o fazemos, ferimos pessoas. Devo ter ferido muitas pessoas pelo pleno exercício do livre-pensar casado com o livre-expressar. Hoje, depois de muito "apanhar", tenho convicção que devo enterrar o livre-expressar. Principalmente nas Mídias Digitais. De hoje em diante, para não ferir indiretamente a quem não desejo, passarei a fazer do livre-pensar um exercício individual de introspecção e conversa comigo mesmo.


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sexta-feira, 9 de maio de 2014

A responsabilidade dos conselhos superiores

As universidades brasileiras deveriam refinar o processo de escolha de todos os seus conselhos superiores. Por outro lado, os juízes, nas suas sentenças, deveriam determinar a coparticipação de cada um dos membros desses conselhos em todas as decisões que envolvessem a administração superior das Instituições. O que acontece hoje na maioria das instituições é que os juízes, nas suas sentenças, não corresponsabilizam nenhum dos conselheiros. Toda a carga de punição, multas e querias recai sobre os reitores e reitores e reitoras. No fundo, esses e essas, em nome do que eu chamo, muitas vezes, de democratite aguda, abrem mão de exercer o poder de veto, seguem decisões completamente ilegais e equivocadas da maioria dos conselheiros e depois pagam sozinho indenizações e multas. Fico a imaginar o que se passa na cabeça do juiz. Talvez seja algo bem simples: ora, se o reitor ou reitora não exercer a prerrogativa de vetar decisões colegiadas, que arque com todo o ônus sozinho ou sozinha. O problema é que assim, decisões que deveriam ser estudadas com profundidade e zelo são tomadas na superfície. E os gestores pagam (em muitos casos, literalmente) por decisões dos conselhos superiores das organizações que dirigem.


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Professores aprovam indicativo de greve

Os professores da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) aprovaram, em Assembleia realizada no dia 08, o indicativo de greve sem data ainda definida. Inicialmente avaliei que seria pouco provável uma greve dos professores em função da forma como a greve foi "suspensa". Hoje, porém, vejo que a esquerda mais à esquerda pode se aliar aos descontentes e, até mesmo, ao povo que, certamente, não deixará o governo federal sossegado. Uma prova disso é que os servidores federais ligados aos ministérios e autarquias aprovaram a entrada em greve para o dia 10 de junho. O que parecia pouco provável pode se transformar em uma greve pelo menos durante a Copa do Mundo de 2014.

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OBS: Post do dia 08/05/2014

quinta-feira, 8 de maio de 2014

O nosso novo jeito de caminhar

O poeta maior do Amazonas, Thiago de Melo, prega, "NÃO, NÃO TENHO CAMINHO NOVO, O QUE TENHO DE NOVO É O JEITO DE CAMINHAR. Aprendi, (o caminho me ensinou), como convém a mim e e aos que vão comigo, pois já não vou mais sozinho", em mensagem que reproduzo na abertura deste Blog. Fico a me perguntar até quando vamos procurar o novo jeito de caminhar para o serviço público brasileiro. Não é possível que apenas poucos entendam que a missão de um servidor público servir e não se servir? É mais do que necessário que os versos de Thiago de Melo se transformem em mantra. Precisamos resgatar o respeito que se deve ter a quem opta por seguir carreira no serviço público não para dele se servir mas para transformá-lo.

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OBS: Post do dia 07/05/2014

Para aprender a lidar com as Mídias Digitais

Uma das lições mais vivas, até hoje, deixadas pelo melo velho pai, e que sempre teimei em não seguir, era:"Meu filho, aprenda a confiar desconfiando". Por mais que pareça cruel, a cada ano que passa percebo ser uma verdade cristalina. A experiência, os anos de vida e, principalmente, o advento das Mídias Digitais, não deixam dúvidas: é uma questão de sobrevivência, no mundo pós-moderno, desconfiar de quase tudo o que chega à caixa de entrada do seu computador ou o que é publicado nas chamadas redes sociais. No dia 5 de maio de 2014 publiquei, neste mesmo espaço, a postagem "A física provocada pela Internet". Foi mais uma comprovação de que a barbárie digital se nos aproxima e que devemos desconfiar ainda mais de tudo que circula por intermédio da rede mundial de computadores a fim de não nos deixarmos iludir nem para o bem nem para o mal.

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OBS: Post do dia 06/05/2014

segunda-feira, 5 de maio de 2014

A morte física provocada pela Internet

Aqui neste mesmo espaço critiquei veementemente Sites, blogs e perfis no Facebook ou no Twitter que sobrevivem de requentar fotos e fatos com o objetivo de destruir reputações. Não é de hoje que considero a morte moral pior do que a morte física. Destruir moralmente as pessoas é um crime tão nojento que merecia ser punido com prisão perpétua. Com o advento da Internet, especificamente nas Mídias Digitais, o que se vê hoje é uma espécie de indústria da destruição de reputações. Mais do que matar moralmente, a Internet passou a matar, digamos, de vez. Uma mulher foi espancada até a morte, no Guarujá, litoral paulista, por conta de boatos na Internet de que ela sequestrava crianças para rituais de magia negra. Sem nenhuma prova, os moradores lincharam a mulher. Ou se pune exemplarmente os "espalhadores" de boatos ou muitas mortes físicas e morais irão acontecer. É, lamentavelmente, uma espécie de barbárie digital.


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domingo, 4 de maio de 2014

Presidente do INEP numa sinuca-de-bico

O presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), Francisco Soares, foi encostado nas cordas e, por mais que tentasse, não conseguiu sair da sinuca-de-bico a ele imposta pelo Programa Fantástico, da Rede Globo de Televisão. O programa escalou dez jornalistas para prestarem prova no último Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Todos fizeram redações absurdas. Entre as dez, quatro receberam zero, mas, seis obtiveram notas, embora, por exemplo, algumas delas tivessem apenas cinco linhas autorais. As demais linhas eram, todas, cópias de trechos das próprias provas. Não sei se o objetivo do programa foi desqualificar o Exame. Mas, sei que o presidente do INEP nã foi nada convincente nas explicações. Por mais importante que seja o teste, ficou a impressão de que muito ainda deve ser feito para que o sistema de avaliação das provas de redação seja efetivamente respeitado.


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Professora da UFAM apresenta mapa em Brasília

A professora Cláudia Guerra, da Faculdade de Educação (Faced), da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) foi convidada pelo Ministério da Educação (MEC), especificamente pela Diretoria de Políticas de Educação Especial da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, para participar como palestrante da II Reunião da Comissão Brasileira do Braille (CBB), no dia 7 de maio de 2014, em Brasília. A professora abordará o tema: “Projetos Mapas Táteis desenvolvidos pela Ufam”.
A lidera o grupo de Pesquisa Psicotec e atua em “Tecnologias Assistivas”, cuja característica é a interdisciplinaridade e "engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social." A pesquisadora foi agraciada com uma bolsa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas como inventora no projeto "Pe-yara, o mapa tátil do Amazonas". Ela também apresentará seu invento no encontro a ser realizado em Brasília.

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OBS: Post do dia 03/05/2014

O excessivo tempo em sala de aula

A Educação brasileira, em todos os níveis, tem uma característica que não existe hoje em nenhum país desenvolvido: o excessivo tempo em sala de aula. Essa, talvez, seja a maior revolução que tenhamos de fazer na Educação do País: reduzir o tempo de sala de aula, aumentar o tempo de estudo e repensar o papel do professor. Assim, vejo poucas saídas para tentarmos modificar a Educação que não passem por discutirmos e modificarmos completamente o tempo dos professores em sala de aula. Isso faria com que mudássemos a perspectiva do olhar sobre o que é, efetivamente, estudo. E, por fim, o papel do professor, que deixará de ser o "senhor dos saberes" e passará a ser um estimulador do processo de aprendizagem e da troca de conhecimento. Vale pensarmos sobre o assunto!

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OBS: Post do dia 02/05/2014

quinta-feira, 1 de maio de 2014

A desterritorialização do trabalho

Está mais do que na hora de largarmos, definitivamente, o quadradismo do olhar e entendermos que o mundo do trabalho mudou. Logo, as leis também precisam mudar a fim de termos possibilidades de controlar a assiduidade do trabalhador não tão a ferro e fogo. Lembro-me que, em 1993, quando trabalhava no Jornal A Crítica, fiz uma material Especial sobre como o trabalho mudaria no futuro. Naquela matéria já apontava as possíveis profissões cujos trabalhos poderiam ser desenvolvidos de dentro da própria casa. Aliás, lá pelos idos de 1993, repórter especial que era, não batia ponto e nem comparecia à redação. E era um dos repórteres mais produtivos do jornal. O que quero dizer com isso? Que há muito existe a possibilidade de desterritorialização do trabalho e as organizações não aproveitam para tornar seus colaboradores mais produtivos e felizes. Talvez porque ainda mantenhamos uma visão atrasada de tudo, ressaltada nos versos de Antônio Carlos e Jocafi, no primeiro álbum da dupla, Mudei de ideia, lançado em 1971, na música Você abusou:"... Se o quadradismo dos meus versos/Vai de encontro aos intelectos/Que não usam o coração como expressão..." Manter o trabalhador dentro da empresa, controlar a sua assiduidade, não significa que o trabalho será realizado rapidamente e com a qualidade necessária. Com a mudança do mundo e as velocidades de banda cada vez maiores da Internet, o mundo do trabalho (principalmente o do controle e da assiduidade do trabalhador) precisa acompanhar a mudança do mundo. É necessário implodir o quadradismo da perspectiva do olhar sobre o trabalho e entendermos que no mundo de hoje é fundamental termos metas diárias a serem cumpridas. E que, não necessariamente, se precisa ver como essas metas são cumpridas, mas sim, que as sejam, sempre, no final de cada dia de trabalho. E quem as cumprir primeiro que faça o que bem entender com tempo que sobrar do "dia de trabalho". O que fazer com quem não cumpre constantemente as metas estabelecidas até por ele mesmo? Que seja transferido para outro setor no qual seja capaz de cumpri-las. Trabalhador feliz é essência de uma organização. E se, de tudo, a organização não puder fazê-lo (o trabalhador) feliz. Que novos rumos sejam buscados.


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