Está
mais do que na hora de largarmos, definitivamente, o quadradismo do olhar e
entendermos que o mundo do trabalho mudou. Logo, as leis também precisam mudar
a fim de termos possibilidades de controlar a assiduidade do trabalhador não
tão a ferro e fogo. Lembro-me que, em 1993, quando trabalhava no Jornal A
Crítica, fiz uma material Especial sobre como o trabalho mudaria no futuro.
Naquela matéria já apontava as possíveis profissões cujos trabalhos poderiam
ser desenvolvidos de dentro da própria casa. Aliás, lá pelos idos de 1993,
repórter especial que era, não batia ponto e nem comparecia à redação. E era um
dos repórteres mais produtivos do jornal. O que quero dizer com isso? Que há
muito existe a possibilidade de desterritorialização do trabalho e as
organizações não aproveitam para tornar seus colaboradores mais produtivos e
felizes. Talvez porque ainda mantenhamos uma visão atrasada de tudo, ressaltada
nos versos de Antônio Carlos e Jocafi, no primeiro álbum da dupla, Mudei de
ideia, lançado em 1971, na música Você abusou:"... Se o quadradismo dos
meus versos/Vai de encontro aos intelectos/Que não usam o coração como
expressão..." Manter o trabalhador dentro da empresa, controlar a sua
assiduidade, não significa que o trabalho será realizado rapidamente e com a
qualidade necessária. Com a mudança do mundo e as velocidades de banda cada vez
maiores da Internet, o mundo do trabalho (principalmente o do controle e da
assiduidade do trabalhador) precisa acompanhar a mudança do mundo. É necessário
implodir o quadradismo da perspectiva do olhar sobre o trabalho e entendermos
que no mundo de hoje é fundamental termos metas diárias a serem cumpridas. E
que, não necessariamente, se precisa ver como essas metas são cumpridas, mas
sim, que as sejam, sempre, no final de cada dia de trabalho. E quem as cumprir
primeiro que faça o que bem entender com tempo que sobrar do "dia de
trabalho". O que fazer com quem não cumpre constantemente as metas estabelecidas
até por ele mesmo? Que seja transferido para outro setor no qual seja capaz de cumpri-las.
Trabalhador feliz é essência de uma organização. E se, de tudo, a organização
não puder fazê-lo (o trabalhador) feliz. Que novos rumos sejam buscados.
Visite
também o Blog Gilson Monteiro Em Toques
e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou
encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.