domingo, 31 de julho de 2016

Nosso mundo, nossa mente

Sejamos honestos: nós, os cientistas, temos nosso mundo e nossa mente como qualquer outro ser humano. Nossa forma de ver o mundo é decorrência de o que a nossa mente nos entrega. Ou nos “indica” para enxergar. O pensamento lógico nem sempre encontra respaldo no nosso jeito de olhar e ver o mundo. O que pensamos a respeito do outro e o modo como nos olhamos depende de tudo o que interfere em nosso modo de ver o mundo. Somo cientistas. Precisamos olhar o mundo e tentar entendê-lo com objetividade e raciocínio lógico. Nem sempre o fazemos. Porque somos humanos. E construímos o nosso mundo baseado nas crenças. Nem sempre nos guiamos pela lógica da Ciência. É essa capacidade de nos diferenciar dos outros que nos faz mais humanos e, à vezes, menos cientistas.


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sábado, 30 de julho de 2016

A Ciência não é tudo

Nós, os cientistas, devemos “fazer ciência” diariamente por dever de ofício. No entanto, temos de ter muito claro que a Ciência é mais uma das formas de se olhar e tentar entender o mundo. No entanto, não é a única. E temos de respeitar as demais formas dos saberes. A Ciência não é o todo nem é tudo. Deve-se exercitar sempre esta espécie de humildade para não sermos traídos pela soberba. Nós, os cientistas, temos um “jeito” lógico de olhar o mundo. E nossa forma de olhar o mundo precisa ser aceita pelos demais colegas cientistas. Sem isso, não seremos aceitos pelos pares. E sem ser aceitos pelos pares não seremos reconhecidos como cientistas. Fazer Ciência, portanto, é exercitar o pensamento logico, comunicá-lo aos colegas e este jeito de olhar o mundo ser aceito pelos pares. Sem ser referendado pelos colegas, nosso jeito e olhar o mundo é apenas mais um dos tantos que podemos olhar o mundo. Sem, no entanto, ser reconhecido.


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sexta-feira, 29 de julho de 2016

Premissas que nos podem cegar

É comum se ouvir que “Fulano de tal é o chato de galochas”. Vejamos o que acontece se usarmos uma premissa deste tipo para um trabalho científico. Se Fulano de tal é um chato de galochas, todo chato usa galochas, portanto, quem usa galochas, é chato. Eis o exemplo e um caminho sem volta em um trabalho científico: quem parte de premissa falsas ou aparentemente verdadeiras, certamente, chegará a conclusões falsas. Evidências e premissas são capazes de nos cegar, de mascarar a realidade. Todo cientista precisa ter muito cuidado com o processo de planejamento do trabalho científico. Como as premissas nos cegam, podem nos conduzir até o fim do trabalho. E levar a conclusões aparentemente verdadeiras, porém, mais discutíveis de o que quaisquer conclusões já as sejam. O pensamento lógico é fundamental até para explicar coisas que podem inicialmente “não ter lógica”. Nosso desfio de cientista e ter muito esmero para não nos deixarmos cegar. Vencê-lo requer vigilância permanente até sobre os nossos pensamentos.


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