sábado, 30 de abril de 2011

Euterpe em Manaus

A estudante de Letras da Universidade Federal de Roraima (UFRR), Andreza Nascimento, que completa 26 anos em junho, começa a ser conhecida no Brasil e no mundo pelo nome artístico de Euterpe. Para quem não sabe, Euterpe foi uma das nove musas da Mitologia Grega. Filha de Zeus e Mnemósine, τέρπ-εω significa “Doadora de Prazeres”. Ouvir Euterpe é realmente uma experiência sensorial das mais prazerosas. Sua voz situa-se entre os timbres de Maria Rita e Maria Gadu, divas da Música Popular Brasileira (MPB) com o CD de estréia “Batida Brasileira”, produzido por seu tio, Eliakin Rufino, a cantora roraimense começa a ganhar o mundo. Ela fez uma turnê pelas 10 capitais da Amazônia Legal e mais o Rio de Janeiro na “Mostra Sesc Amazônia das Artes” e chega a Manaus amanhã, às 19h, na Praça Heliodoro Balbi. Além disso, duas das músicas do CD Batida Brasileira fazem parte do disco internacional Sambosica Volume 3. Euterpe é um talento regional que merece não só o prestígio da academia mas de todos os amantes da boa música brasileira.
A Musa dos Prazeres se apresenta amanhã em Manaus
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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Estudante amazonense aprovada em cinco universidades americanas

A estudante de jornalismo da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Tainá Lima, que também cursava Administração na Universidade do Estado do Amazonas (UEA), conseguiu um fato não só inédito, mas, raro: foi aprovada no “vestibular” para cinco universidades norte-americanas ao mesmo tempo. Ela prestou exames em Brasília e logrou êxito nas seguintes universidades: University of Virginia, University of Chicago, University of Michigan, Suffolk University e Northeastern University. Em fins de agosto deste ano Tainá Lima muda-se definitivamente para cursar Jornalismo e Administração na Northeastern University. Por e-mail, ela explicou:” a Universidade de Chicago é considerada a nona melhor universidade do mundo e a oitava dos EUA. Realmente tem um ranking e um padrão de excelência muito tentador. No entanto, depois de pesquisar mais a fundo os programas de jornalismo dessas faculdades, descobri que a Northeastern University, não apenas é considerada a quarta melhor universidade dos EUA em empreendedorismo, mas também tem um programa de jornalismo e business muito interessante. Foi, portanto, esta última a minha escolha. Situada em Boston e a 4h de Nova Iorque, espero que a felicidade se encontre comigo por lá.” Tomara que você seja recepcionada por ela (a felicidade) no Aeroporto.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Braço dos reitores e reitoras

As Comissões Próprias de Avaliação (CPAs), surgidas no bojo do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Supereior (Sinaes), transformaram-se, nas universidades públicas, em meros adendos dos reitores e reitoras. Perderam completamente a finalidade para as quais foram criadas. Enquanto isso, nas particulares que souberam transformar o “limão” intervencionista governamental em uma limonada para o mercado, as CPAs vão muito bem. Isso porque, os dirigentes (inteligentes) dos conglomerados educacionais perceberam que as CPAs são o melhor canal de comunicação com os seus estudantes, portanto, seus clientes. A cada ano, atendem as reivindicações que começam nas Comissões, com isso elas ganham poder político, e se transformaram em parceiros no processo de administração das Instituições de Educação Superior (IES) particulares. Nas públicas, além do fato de os presidentes da CPAs serem aliados ou apoiadores dos reitores e reitoras, não há resposta para as reivindicações, pois, o mantenedor é o Ministério da Educação, porém, o cofre é controlado pelos ministérios do Planejamento e da Fazenda. Com isso, as CPAs atendem formalmente os dispositivos legais, porém, transformaram-se em enfeites nas IES públicas.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Mídia exterior em debate na Ufam

Acontece amanhã, às 8h30, no Auditório Rio Negro, do Instituto de Ci6encias Humanas e Letras (ICHL) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), a segunda fase do Ciclo de Debates Comunicação no Espaço Urbano. “Mídia Exterior: A Linguagem Publicitária no Espaço da Cidade” será o tema da mesa-redonda do dia, que terá como participantes os publicitários e professores Éverton Moura Arruda (IFAM) e Zamir Mustafa Barbosa Junior (Uninorte). Em seguida haverá a palestra "Publicidade, retórica e mediação na cidade", com a professora e pesquisadora Regiane Miranda de Oliveira Nakagawa (PUC-SP). A mesa e a palestra integram o Ciclo de Debates Comunicação no Espaço Urbano, que está sendo realizado em três edições na UFAM, nos meses de março, abril e maio, e apresenta-se como ação extensionista do projeto de pesquisa “Espaços semióticos urbanos: um estudo da comunicação a partir das interferências do espaço urbano na dinâmica dos sistemas de signos”, atualmente em curso na UFAM sob coordenação da professora doutora Mirna Feitoza Pereira. As inscrições podem ser feitas gratuitamente pelo site: http://gpmediacao.blogspot.com.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Exemplo de casa

Falo tanto do desrespeito ao Decreto 5.296, de 2 de dezembro de 2004, que regulamenta as “Leis nos 10.048, de 8 de novembro de 2000 e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que regulamente a acessibilidade e a vagas nos estacionamentos públicos para portadores de mobilidade reduzida, mas não posso deixar de lembrar que o exemplo tem de vir de casa. E, nesse ponto, os membros da comunidade da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), minha casa, não são exemplo. Constantemente as vagas são desrespeitada a ponto de, nas duas vagas do estacionamento da Reitoria da Ufam, ser necessário até correntes para proteger as vagas porque, caso contrário, seria ocupada pelos motoristas comuns. A emenda saiu pior que o soneto pois, a operacionalização para ocupar a vaga não é das melhores. Pelo menos aparentemente: ter de ligar para um número disponível em uma placa e esperar que alguém venha tirar a corrente para a vaga ser ocupada não é tarefa das mais fáceis. Porém, ser obrigado a tomar tal decisão para preservar o respeito às vagas destinadas aos portadores de necessidades especiais e mobilidade reduzida é sinal de que o respeito coletivo às minorias não existe.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Escola do silêncio

Ivani Fazenda, conhecida autora brasileira na área de Educação, diz que há dois problemas básicos na pesquisa no Brasil: não saber escrever e a “escola do silêncio”. Quando a média nacional dos cursos de Letras é dois nem se pode discutir a primeira constatação da professora. Mas, o que seria a escola do silêncio? É aquela nitidamente bancária à qual nos referíamos ontem. O professor (ou professora) traz tudo mastigadinho de casa, não desafia os estudantes, não os faz pensar. É, também, a escola na qual o erro é apontado como falta de inteligência. Que erra é ridicularizado, marcado a ferro. Ridicularizado tanto pelos colegas de sala quando pelos professores. Quem enfrenta um tipo de linchamento particular não abre mais a boca: pronto! Eis a “Escola do silêncio” com todas as suas nuances. Quem dela faz parte torna-se um prisioneiro para a vida inteira. Chega ao Ensino Superior bloqueado. De certa forma, nós, os professores e professoras, temos de fazer algo para implodir práticas desse tipo. Que tal aceitarmos o desafio?

domingo, 24 de abril de 2011

Educação superior bancária

Causa-me urticária a cobrança que grande parte dos estudantes de graduação faz hoje por educação nitidamente bancária. Querem que o professor indique o texto a ser lido (e 99% não o lêem), apresente uma aula tradicionalíssima, e ainda aparecem alguns “caras-de-pau” que, sem o menor pudor, pedem: “professor, o senhor pode me passar as transparências sobre esse texto? Estão muito boas”. Claro que estão boas: o professor passa dois, três dias antes pesquisando, preparando a aula, depois de ter lido, relido e “mastigado” o texto. Quem fizer isso, despejar conteúdos e ainda der as tais transparências para que, delas, eles retirem trechos para responder às questões das provas é considerado o melhor professor, vira paraninfo das turmas e passa a ser idolatrado. A educação por projetos, na qual o estudante é obrigado a ser co-responsável pelo sucesso ou pelo fracasso de uma disciplina é quase um sacrilégio. Porque exige responsabilidade de ambas as partes, leitura, envolvimento, troca de saberes. Grande parte desses jovens veio de escolas que adestram estudantes para ingressarem nas universidades. Acostumados a receberem listas de perguntas e respostas das quais os professores escolhem algumas para “cair na prova”. Não conseguem se libertar do estilo bancário tradicional. Quando são exigidos a pensar, a dividir, a participar, não sabem. Por isso, nas seleções dos mestrados e doutorados, reprovam-se. A pedagogia do atraso imposta por grande parte dos estudantes fere de morte o próprio espírito da universidade.

sábado, 23 de abril de 2011

Miados e lattidos

Na academia, cujo lema é a universalização da liberdade, portanto, da democracia, quem mia é ignorado e posto no ostracismo por muitos. Ao que tudo indica, no “templo da liberdade” prevalece o dito popular: “bom cabrito não berra”. Críticas acadêmicas são levadas para o lado pessoal. Tática bem típica de quem possui fragilidades conceituais tão enormes que se sentem destruídas moralmente diante das primeiras criticas aos vossos trabalhos. Uma academia com esse perfil enterra-se diariamente. A prática da liberdade não pode ser apenas uma bandeira: precisa ser praticada constantemente. Isso requer disciplina e discernimento. Treino até. Para não ver nas críticas um processo de destruição individual, mas, passos para o crescimento coletivo. É um desafio constante por em prática o que ensinamos. Não nos basta ser ases do preenchimento e das mágicas envolvidas no Lattes. É bem-verdade, hoje, que, na academia, Lattes magro é sinal de desnutrição produtiva. No entanto, não vale engordar o cachorro com vitaminas artificiais e alimentos transgênicos ou gorduras “trans”. Parcos miados e muitos lattidos são a vida da academia. Não deixemos que nos transformem, também, “na escola do silêncio”.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Cruz particular

Cruz. Sina de Jesus. Nela pregado. Dilacerado. Em seu calvário: quer nos salvar. De quem? De quê? De nós mesmos. Nossas mentes! Nossos monstros. Particulares. Jesus. De todos nós. De alguns. De quase ninguém. Até Madonna tem seu próprio. Povo sofrido. Cruzes diárias. Face ferida. Toma a outra. Fere também. Faces ocultas. De uma disputa. Ferrenha. Ferrada. Para viver. Um dia a mais. Tua mente. É teu Deus. E teu Pilatos. Liberta? Aprisiona? Vale o teu ato! Ato. Desato. Desabafo. Desafogo. Fogo! Que vergonha Botafogo! Pegue sua cruz! Mire-se em Jesus! Cada um tem a sua. Cada decisão é um prego. A fixar-te nela! Somos escravos! Eternos dependentes. Filhos indigentes. Mendigos. Pedintes. Ladrões. Políticos. Prostitutas. Jornalistas. Professores. Odores. Fedores. Termos justapostos. Frases desconexas. Conseguiste chegar aqui? Leitor incauto. Leitora iludida. Carrega a tua cruz. Não siga qualquer pista. Sinta os pregos. Lentamente. A varar tua tíbia. Marteladas indóceis. Ossos partidos. Lenta agonia. Hoje não é dia. Nem de prosa. Nem de poesia.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Qualidade e quantidade em artigos científicos

É bem verdade que não se pode aferir com 100% de certeza a qualidade de um pesquisador pelo número de artigos que publica. Um pesquisador que passar três, quatro, cinco anos sem publicar nada e, ao final do período apresentar um único artigo equivalente à “teoria da relatividade” teria reconhecimento internacional dos seus pares. Logo, é possível sim, avaliar a “qualidade” da produção de um cientista-pesquisador. Acontece, porém, que o mundo não está lotado de Einsteins. Séculos e séculos se passaram e Leonardo da Vinci ainda não foi superado. Logo, há que se levar em conta, também, a quantidade como parâmetro de avaliação. Porém, nem tanto ao céu, nem tanto ao mar. Não dá para confiar na qualidade de quem publica acima de 10 artigos científicos por ano. A não ser que seja um pesquisador dedicado apenas a escrever artigos e mais nada. Duvido, porém, tanto nas universidades públicas quanto particulares, quem deixa um doutor ou pós-doutor apenas escrever e publicar. As atividades de ensino, pesquisa e extensão não nos permitem se dar a esse luxo. As avaliações, portanto, precisam levar em conta a quantidade sim, pois, não é possível um doutor passar um, dois, três, quatro ou cinco anos sem, ao menos, publicar um artigo. Mas, poucos artigos e grande impacto para a área também são sinais de qualidade.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

A aula tradicional e a pedagogia da opressão

Impressiona-me na universidade o quanto colegas professores e, principalmente, os estudantes cobram aulas no estilo tradicional. É como se a Educação brasileira, no conjunto, não consiga mais se libertar da “pedagogia da opressão”. Há um mundo a ser descoberto, mas as pessoas não ousam. São frágeis figuras à espera de alguém para tutorá-las sempre. São arautos da educação bancária. Matariam Paulo Freire de vergonha. Brigam por um professor bancário que decida os textos a serem lidos, que traga um deles “mastigadinho” a cada aula, isso para 99% da turma que não os leu. São carneirinhos a espera de um curso qualquer, como por exemplo, o de “adestradores de foca” do jornal O Estado de São Paulo. Ivani Fazenda, há anos, aponta dois problemas gravíssimos na Educação do País: estudantes não sabem escrever e “a escola do silêncio”, esta última resultado de uma educação básica castradora e opressora. Essa prática se nos apresenta, agora, nociva à graduação e à Pós. Estudantes mal-preparados, submissos aos conteúdos e prontos para receber uma cartilha, uma receita de bolo. Quadro desolador que assusta até Paulo Freire no túmulo. Aliás, será que essa "meninada" um da ouviu falar em Paulo Freire?

terça-feira, 19 de abril de 2011

Fora da universidade

Não é William Henry Gates III, o hoje multimilionário Bill Gattes, dono da Microsoft, tenha estudado até a sexta série em escola pública, depois de uma passagem relâmpago por uma das mais conceituadas escolas privadas da cidade onde nasceu, Seattle, passou ainda mais meteoricamente por Harvard, abandonando-a ainda calouro, ou seja, no primeiro ano, para se dedicar à sua empresa. Pois bem! Um dos mais jovens milionários americanos, Marck Zuckerberg, fundador do Facebook, a nova jóia da coroa, também passou meteoricamente por Harvard e “foi-se embora para Pasárgada, ser milionário na vida”. Uma coisa é certa: a história desses dois bem-sucedidos meninos norte-americanos deveria provocar reflexões em nós, que somos professores universitários. Ou eles são mentes tão brilhantes que vislumbraram uma oportunidade e acreditam naquela máxima de que um cavalo que passa na tua frente precisa ser logo montado, ou as universidades, em qualquer lugar do mundo, não preparam para a vida? Ou será que a vida é mesmo feita de oportunidades e, freqüentar um curso superior, é apenas uma delas? Reflitamos!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Nota alerta para o acúmulo de bolsas

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Comissão de Capacitação de Pessoal de Nível Superior (Capes) emitiram nota de esclarecimento a respeito da Portaria Conjunta CAPES/CNPq n° 01 de 15/07/2010, que trata de acúmulo de bolsas de mestrado e doutorado com vínculo empregatício. A Portaria, sabe-se, foi interpretada de forma equivocada por Coordenadores de Programas de Pós-graduação e Orientadores. Esclarece a nota Capes/CNPq: “A Portaria tem o propósito claro de permitir aos bolsistas da CAPES ou do CNPq a opção de acumular a bolsa de pós-graduação, níveis mestrado e doutorado, com um vínculo empregatício remunerado, desde que venha a atuar profissionalmente na sua área de formação e cujo trabalho seja correlacionado com o tema da sua dissertação/tese e, portanto, quando tal vínculo empregatício seja resultante de sua condição de bolsista e como conseqüência do tipo de projeto que esteja desenvolvendo”. Com a Portaria, os dois órgãos de fomento pretendiam “... induzir a formação de mestres e doutores em áreas estratégicas nas quais é academicamente desejável a maior aproximação do pós-graduando com o mercado, tais como engenharias, ciências agrárias, biotecnológicas, computação, serviços em saúde e educação básica.” No entanto, em grande parte das universidades, os próprios professores das instituições passaram a receber as bolsas, o que, na prática, configura-se, apenas em “engordar” os rendimentos dos colegas de trabalho. Para tentar combater práticas equivocadas, a Capes alerta, na nota: ”... não aceitará absolutamente a interpretação completamente equivocada da Portaria Conjunta CAPES-CNPq n° 01/2010, feita por coordenadores de programas de pós-graduação, e orientadores responsáveis pela formalização da indicação do bolsista, na direção de beneficiar professores e servidores e outros candidatos já possuidores de tais vínculos empregatícios, com bolsas de estudos dos programas da Demanda Social, Ex-PROF, PROSUP e PROEX, das Instituições de Ensino Superior Públicas, Federais, Estaduais e Particulares, e das Instituições pertencentes à Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica.”

domingo, 17 de abril de 2011

Qualidade duvidosa

Ontem abordei o problema da “falta de dedicação” de estudantes e professores aos programas de Pós-graduação no Brasil. Algo não muito diferente ocorre no Amazonas. É bem-verdade que não deve desconhecer a realidade do povo brasileiro. No entanto, é preciso um compromisso mínimo de ambas as partes envolvidas, professores e estudantes, para não se chegar a um nível de qualidade duvidosa. É inegável que o “pesquisador-trabalhador” também pode obter resultados satisfatórios em pesquisa. No entanto, é necessário que a organização onde trabalhe sinta-se envolvida no projeto e o libere, pelo menos dois dias na semana, para as atividades de pesquisa junto ao programa de pós qual estiver vinculado. Sem isso, as notas atribuídas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) serão fantasiosas. Por outro lado, se as universidades entendem a Pós-graduação como algo que agrega valor aos seus cursos, precisa dar condições mínimas de funcionamento. Caso contrário, esses cursos ou fecham ou perdem credibilidade.

sábado, 16 de abril de 2011

Sem dedicação não há Pós-graduação

Os programas de Pós-graduação do Brasil inteiro, e no Amazonas não são diferentes, passam por um momento delicado. Não me refiro apenas aos que possuem nota 3 na avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O problema não está na nota, mas, no descompromisso, às vezes, induzido, com que esse nível de educação passou a ser tratado. Vislumbram-se, claramente, duas categorias de professores: os entupidos de trabalhos e os que fazem parte de um programa apenas para tê-lo como “grife”, mas não participam de nada. Do outro lado, estudantes na mesma condição: os que trabalham que nem condenados para ganhar a vida (e a pós-graduação é mais uma chance) e os irresponsáveis por excelência. Essa equação, porém, estraçalha a qualidade dos programas. Transforma-os em cursos de graduação com um nível a mais. É impossível um curso de Pós-graduação ter qualidade e excelência sem estudantes e professores empenhados nas tarefas dos grupos de pesquisa. Não há Pós-graduação reconhecida sem que as pesquisas sejam exaustivamente discutidas e partilhadas. É preciso, com urgência, repensar o modelo atual. Reconheço a necessidade de os estudantes trabalharem. Mas, isso não pode ser motivo para “passarmos a mão” na cabeça de ninguém. Quem trabalha, felizmente, terá de fazer esforço dobrado para chegar lá. Sacrificar a qualidade dos programas porque os estudantes são trabalhadores é crime inafiançável.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

ICHL discute Estatuinte

Coordenada pelo professor Luiz Fernando de Souza Santos, a Comissão do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), faz hoje, das 9h às 17h, discussão sobre a Estatuinte da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) no âmbito do Instituto. Haverá uma palestra de abertura denominada “Universidade Pública e Autonomia na Conjuntura Atual”, seguida de “apresentação de proposta de metodologia das discussões sobre os eixos temáticos da Estatuinte”. Haverá, também, deliberação sobre as propostas do ICHL para a Estatuinte e a Assembleia Local para a escolha dos delegados do ICHL que participarão do Congresso da Estatuinte. A Comissão criou um blog no qual serão disponibilizados todos os documentos relativos ao processo (http://estatuinteichl.blogspot.com). Seria de suma importância que professores, técnicos e estudantes participassem das discussões ao longo do dia. O ICHL não pode prescindir de se manifestar e discutir os problemas da Ufam e seus rumos nos próximos dez anos.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Relacionamentos de saberes

Retomo aqui o tema abordado no dia 12 deste mês: a necessidade de envolvimento, relacionamento, em todos os níveis educacionais, que precisa haver entre o educador e o educando. Logo no início da postagem daquele dia afirmei “E o envolvimento tem de ser amoroso sim, mas não sexual.” Quero deixar bem-claro que não condeno o possível envolvimento afetivo e até sexual entre o estudante e o professor, o estudante e a professora, a estudante e o professor ou a estudante e a professora. Que os pares se formem e todos e todas participem da “dança da aprendizagem” como bem entenderem e foram felizes! No entanto, essa decisão precisa ser de duas pessoas maduras, para, portanto, ser uma decisão madura e resultar em relacionamentos maduros. Ah! Esse discurso ficou muito careta! Relacionamentos são relacionamentos e pronto: nascem, crescem, vivem e morrem como tudo na vida. E não há regras para frutificarem. Cada um que decida, com suas éticas, quando a luz vermelha da falta de ética na relação prejudica a relação de aprendizagem. Que sejamos menos castradores e mais libertadores nas relações de saberes, principalmente na academia.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Atitude suspeita ou atentado?

Pode parecer paranóia. E talvez o seja. Mas, não me é permitido deixar de tomar providências mínimas, depois de ter sido brutalmente agredido no dia 11 de maio de 2009, nas dependências do Auditório Rio Negro, pelo senhor Amin Abdel Aziz. Ontem, por volta das 17h30, na entrada do estacionamento da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), que dá para a entrada do Curso de Letras do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), conversava com a professora doutora Iraíldes Caldas, que me solicitava uma aula no curso de Doutorado do Programa em Sociedade e Cultural na Amazônia (Ppgsca), percebi um homem que, insistentemente, caminhava de um lado para o outro, um pouco distante de onde nos encontrávamos. Findo o papo com a professora, dirijo-me ao meu veículo que se encontrava estacionado a uma distância de aproximadamente uns 50 metros no local da conversa com a professora Iraíldes. Enquanto caminhava, percebi que o estranho também se dirigia ao mesmo local. Aproximou-se do meu veículo, elevou as duas mãos na nuca e olhou sorrateiramente para a placa do meu carro. Joguei a mochila dentro e veículo e saí do local na maior velocidade que pude. Ao deixar a área do estacionamento, fui seguido por uma motocicleta em alta velocidade. Acelerava e a moto acelerava também. Não sei se era a mesma pessoa ou se foi mera coincidência. Só sei que parecia uma perseguição. A moto manobrou à esquerda e entrou no acesso ao Auditório Eulálio Chaves. Pode até não ter relação com a agressão que sofri. Mas, desde então, tenho pânico todas as vezes que sou seguido por uma motocicleta. A atitude do senhor, que aparentava de 28 a 30 anos, foi muito suspeita. Enviarei ofício ao diretor do ICHL, professor doutor Nélson Matos de Noronha, comunicando o ocorrido. É o mínimo que posso fazer para garantir, de forma sadia, o exercício da minha profissão.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Estado de espírito e aprendizagem

Não existe aprendizagem sem envolvimento. E o envolvimento tem de ser amoroso sim, mas não sexual. O problema está em o professor (ou professora) e o estudante, em função das suas próprias carências particulares, confundirem o tipo de envolvimento. Ora, se Maria Luíza Cardinale Baptista Rodrigues, está correta ao defender que o “processo de comunicação é um jogo de amorosidade e autopoise”, e tenho convicção de que ela o está, o que fazemos em sala de aula se não praticar um processo de comunicação? Educar, portanto, trocar conhecimentos e crescer juntos, é um processo que requer a conquista individual e coletiva da turma. Ou seja, é preciso haver envolvimento com cada um dos estudantes, com os grupos que fazem parte da turma e com a turma inteira. E não significa que o professor seja obrigado a fazer concessões ou negociatas em sala-de-aula. Significa sim, que se deve compreender os problemas de cada um dos estudantes e não deixar que interfiram no desempenho coletivo dos grupos e da turma. É nesse sentido que defendo: a aprendizagem depende do estado de espírito do professor e dos estudantes. Quem não estiver disposto a dar e receber carinho e afeto antes dos “conteúdos” não vencerá o desafio de educar para a vida. Em quaisquer dos níveis da Educação.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Uma nova luz

Será um pássaro, será um avião? Não, são os estudantes de Jornalismo e Relações Públicas do Curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) que fazem hoje, às 10h, no Auditório Rio Negro, do Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL), uma Assembleia, para discutir um novo modelo de gestão para o Centro Acadêmico de Comunicação Social (Cucos), desativado há anos. A abertura está prevista para às 10h. Em seguida, um convidado falará sobre os benefícios de um Centro Acadêmico. Depois, o professor João Bosco Ferreira falará sobre “Presidencialismo ou Conselho” como modelos de gestão e, por fim, os estudantes escolherão uma das duas formas para o Cucos. Vejo com ótimos olhos a iniciativa dos estudantes. É vergonhoso para um curso de Comunicação Social que seu Centro Acadêmico esteja morto, mas, adianto: o problema não está apenas no “modelo de gestão”. Está na falta de compromisso, e leitura política. A mobilização de agora demonstra que algumas “almas penadas” entenderam a importância do Centro Acadêmico” e querem discuti-los. Há uma luz, e isso é muito bom. Porém, se não houver compromisso, individual e coletivo, pode-se até trocar o modelo, mas o problema persistirá. Com assepsia política não se faz, nem se vive, a universidade. Centrar o problema no “modelo de gestão” é erro crasso.

domingo, 10 de abril de 2011

Imposível educar para a cidadania

A recriação do Partido Social Democrático (PSD), pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (ex-DEM), com o único intuito de burlar a Legislação Eleitoral brasileira e cair nos braços da chamada “base aliada” é desses episódios na política que tornam quase impossível educar para a cidadania em todos os níveis. Quando a armação e a esperteza se transformam em regra, o que dizer aos nossos estudantes? Não se podia esperar muita coisa de um Partido que mantém a mesma gênese do anterior. O PSD de hoje é homônimo do Partido criado em 1945 e extinto pela Ditadura Militar por meio do Ato Institucional Número Dois. Na época, nasceu para servir a Getúlio Vargas. Tinha o número 41. Voltou com o mesmo número na década de 80, sem sucesso, a ponto de ser engolido pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Agora, aparece de novo sob a batuta do maestro Gilberto Kassab. Se o episódio tem o caráter didático de entendermos como surgem e morrem os partidos, muitos deles, como é o caso do PSD, apenas para servir a interesses de uma coletividade nada recomendável na política brasileira (basta ver a lista dos filiados no Amazonas, por exemplo), também, tira de nós, os professores, a possibilidade de usá-la (a criação do novo-velho-partido) como bom exemplo. Políticos que agem dessa forma são poucos afetos a investir em Educação: afinal, um povo bem-educado dificilmente aceitaria armações com essa.


sábado, 9 de abril de 2011

Descaso em cadeia

A responsabilidade pela má ou boa qualidade da educação no País não é apenas dos governantes. Muito menos dos professores. Parece haver uma espécie de descaso em cadeia. Do Ensino Superior ao Ensino Básico. Nem nós, pais dos estudantes, escapamos dessa cadeia. Ontem, fui à reunião de Pais e Mestres da escola na qual meu filho estuda. Era do Ensino Médio: de 100 pais, compareceram 20. E isso em uma escola particular. Essa escala 80/20 de Pareto é uma demonstração evidente do descaso coletivo. Transferir para a escola o peso da educação dos filhos é cômodo demais. É preciso sim, ouvir, falar, discutir o processo didático-pedagógico, administrativo e, mais que tudo, as questões de sociabilidade. E não me venham com essa história “de que no meu tempo eu recebia palmada da D. Maria”, se podia “castigar” e outras coisas do gênero. Estamos em pleno Século XXI. Saudosismos como esses são inaceitáveis. Precisamos de uma escola que prepare para a vida e não-apenas para vestibulares e outras espécies de seleções das universidades brasileiras. A qualidade de uma escola não pode ser medida pelos conteúdos vistos, mas, pelas habilidades desenvolvidas. Tudo isso, porém, com a participação efetiva dos pais. É como digo: filhos, não basta participar na hora de fazê-los. É preciso ser pai par a vida inteira. Serve na mesma medida para as mães.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Pensar a prática jornalística

O dia-a-dia do jornalista não é feito exclusivamente da técnica. Aliás, fosse o jornalismo apenas técnico, qualquer pessoa com domínio médio da Língua Portuguesa, estaria apto a exercer a função. É bem-verdade que, mesmo antes da queda da exigência do diploma para o exercício da profissão, muitas empresas jornalísticas, inclusive, e quase sempre, de Manaus, contratavam como seus “escrevinhadores” pessoas de domínio mediano, ou até extremamente duvidoso da Língua para exercer a profissão. Mas, o que se quer provocar aqui é uma reflexão sobe a prática efetivamente profissional do jornalismo. E ela não deve ocorrer, para o bem da sociedade, sob o império da técnica e sim da reflexão sobre as responsabilidades do jornalista. E elas não se limitam ao domínio da escrita. Jornalismo não é arte, não é feeling, não é dom. A prática do jornalismo é laboriosa, requer compromisso social e respeito aos valores basilares da vida em comunidade. Assim sendo, há valores sobre os quais não se pode tergiversar. Jornalista que vive em um estado democrático de direito tem o dever de defender valores democráticos, de respeito ao próximo, às individualidades, e às diferenças. Jornalista verdadeiramente profissional não pode, nem deve, se dar ao luxo de ser preconceituoso e intolerante. Como ser humano pode-se ter todos os direitos individuais. No exercício da profissão, não me cabe defender valores pessoais, mas, valores coletivos. Pensar a prática do jornalismo deve ter como meta a defesa de valores capazes de transformar a sociedade. Em não sendo assim, o jornalismo perde a razão de ser da sua existência e transforma-se na mera prática da escrita de aluguel. E, como mera venda de serviços, o jornalista sente-se no direito de servir a quantos senhores e senhoras desejar. A humanidade conhece essa prática como a mais antiga das profissões. E, também, nem é exigido o diploma.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Canalhice no trabalho

A Educação Superior do Brasil não padece apenas da falta de recursos. Falta algo muito maior: respeito profissional. Um professor, que não tem competência para tal, pegar o texto de outro colega de trabalho e criticá-lo dentro da sala de aula, sem nenhum tipo de pudor, é de uma baixaria que não tem mais tamanho. Canalhice das maiores, esse tipo de prática ainda acontece na Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Não revelarei o nome do calhorda porque acredito que as pessoas merecem chances de mudar o comportamento e evoluir. Acredito na Educação como acredito na Arte e na sua capacidade de libertar os humanos. Há problemas que devem ser levados para discussões pedagógicas, não para os corredores. Praticar a autoavaliação é essencial para o crescimento de professores e estudantes. Publicar artigos, concorrer em editais com projetos e gerenciar faz parte da vida acadêmica. Muitos professores não valem as fofocas que fazem. Picuinhas de cantinas não dignificam, em nenhum momento, a profissão. Muito menos os fofoqueiros e fofoqueiras. O debate é o oxigênio do ambiente universitário. Mas, precisa ser travado com respeito e ética. Antes que o edifício da convivência entre os diferentes venha a ruir. Pois, quando isso acontece, é sinal de que a sociedade está podre. Não quero crer que a Ufam tenha aprodrecido totalmente por dentro.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Competência federal

Sobre o anúncio da aula magna da primeira Universidade Corporativa Municipal (UCM) do Norte do País, que será hoje, às 9h30, na Fundação Escola de Serviço Público Municipal (FESPM), à avenida professor Nilton Lins, n° 3259, bloco D, Parque das Laranjeiras, o professor Sérgio Freire, ontem, lançou luzes e provocou um debate salutar no Facebook. Disse ele que “há um problema legal aí, pois no art. 11, a LDB diz que ao município é permitida a atuação em outros níveis de ensino somente quando estiverem atendidas plenamente as necessidades de sua área de competência e com recursos acima dos percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento do ensino.” E completou: “Manaus não só não atende a contento sua competência em oferecer a educação infantil e o primeiro segmento do ensino fundamental como reduziu, nesta gestão, o percentual de repasse na Lei Orgânica do Município de 30 para os 25% constitucionais.” Não discordo uma vírgula da opinião do professor. A competência por uma Educação Superior de qualidade é do Governo Federal. O mantenedor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) é o Ministério da Educação (MEC). É dele que devemos cobrar os investimentos necessários ao funcionamento regular e efetivo das universidades federais. Quando uma Prefeitura fere a própria Loman e reduz os investimentos na Educação Infantil, não se pode calar. Que a Prefeitura mantenha o mínimo exigido por Lei de investimentos na Educação Infantil e, se quiser, faça-o, também, na Educação Superior. O que a sociedade precisa, na verdade, é de uma Educação de qualidade nos três níveis. O debate está no ar.


terça-feira, 5 de abril de 2011

Embrião da Universidade Municipal

O anúncio da aula magna da primeira Universidade Corporativa Municipal (UCM) do Norte do País, feito pela diretora-presidente da Fundação Escola de Serviço Público Municipal (FESPM), Angela Bulbol de Lima, podem ter certeza, é o embrião da Universidade Municipal de Manaus (UMM). Por mais que se tenha divergências em relação às práticas políticas do prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (PDT), não se deve esquecer que foi na gestão dele que a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), foram criadas. E, para a Educação Superior do Estado, todas as iniciativas que dêem acesso à população a esse nível de ensino deve receber elogios. A aula magna da UCM será ministrada amanhã, às 9h30, pelo próprio idealizador e criador da Universidade, o prefeito Amazonino Mendes. Trata-se da primeira instituição pública de ensino superior do Norte. Nesse evento, a diretora da FESPM, Angelo Bulbol, lança a Sala de Tecnologia de Ensino à Distância (EAD) e o catálogo de cursos de 2011 da FESPM. Todos os eventos serão na sede da Fundação, à avenida professor Nilton Lins, n° 3259, bloco D, Parque das Laranjeiras. A primeira turma de graduação em Administração Pública Municipal será composta por 100 estudantes selecionados por intermédio de um vestibular realizado pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Desmobilização geral

Uma coisa me impressiona nesse giro pelo Brasil, principalmente nas conversas com os estudantes: o estado de desmobilização geral. Os centros acadêmicos morreram e parece haver uma política de destruição de qualquer liderança estudantil que incomode as administrações superiores. Em se tratando de universidade, centro acadêmico ou faculdade, particulares, não é de se estranhar. O problema é que a letargia política parece fazer parte da universidade brasileira. Nas federais e estaduais, então, isso é muito grave. Principalmente nas que promovem eleições ou consultas para a escolha dos seus dirigentes como é o caso da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). A mobilização contra o aumento da passagem de ônibus é um alento. No entanto, é pouco. Essa mesma juventude precisa se mobilizar para a Estatuinte, por exemplo. E não basta que sejam apenas os estudantes: professores e técnicos também. Será que ninguém percebe a importância do momento para a Ufam? A Adua-SN fez um seminário no final-de-semana. Trata-se de um bom começo. No entanto, é preciso, daqui para a frente, um estado de alerta permanente voltado para a Estatuinte. O futuro da Ufam pelo menos para os próximos 10 anos será decidido agora. Isso não te toca? Ou você acha que não tem nada com isso? Pense!

domingo, 3 de abril de 2011

Sem rumo

Quando todo mundo esperava que os problemas da contratação de professores que já prestaram concurso nas universidade federais, fosse resolvido, o Ministério do Planejamento, editou uma circular, dia 29 de março de 2011, suspendendo todas as contratações que estava em curso. Ainda não se sabe se a recomendação serve para a área de educação, na qual não houve cortes. O certo é que a da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), por exemplo, enfrentará sérios problemas caso os professores concursados não sejam contratados. E não adiantam os argumentos de que foram autorizadas as contratações de mais de 90 professores substitutos. O que a Ufam precisa são dos professores de carreira. Não se quer, de nenhum modo, depreciar o trabalho dos professores substitutos. No entanto, eles são contratados de forma precária e isso não se pode admitir. A Ufam não pode ficar à mercê dos humores de Brasília. Os professores concursados e que foram aprovados, por mais doloroso que seja, deveriam recorrer à Justiça.

sábado, 2 de abril de 2011

Seminário estatuinte temina hoje

O Seminário Estatuinte da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), promovido pela Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas Seção Sindical da ANDES/SN (Adua/Andes/SN), que começou ontem, encerra-se hoje. O eventeo teve por finalidade reunir a diretoria, os conselhos de representantes das unidades, os professores em geral e os outros segmentos (técnico-administrativo e estudantil) para que fosse construída uma proposta a ser apresentada à comunidade. Os trabalhos recomeçam hoje com um café, às 8h30. Em seguida, os grupos que foram formados ontem discutem e consolidam as propostas. À tarde haverá uma apresentação, grupo por grupo. A final, o resultado do Seminário será publicado em um material produzido pela Adua e disponibilizado para a comunidade. Essa é uma oportunidade de os professores e demais membros da comunidade da Ufam iniciarem efetivamente as discussões sobre o processo mais importante dentro dela: a estatuinte.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Cursos de fim-de-semana

Os cursos de fim-de-semana, que pareciam ter arrefecidos, voltam a encher as caixas de entrada dos meus e-mails. E, certamente, de todas as pessoas. O que me chama a atenção é que grande parte deles é na área de saúde. São especializações das mais variadas, inclusive, acupuntura, com aulas previstas para começar às 18h de sexta-feira, até às 22h. Aos sábados, as aulas vão das 8h às 18h e, aos domingos, das 8h às 12h. Durante um bom tempo esse modelo foi usado, principalmente no interior do Amazonas, com muito êxito, principalmente por instituições privadas, que mantinham apenas escritórios, e contratavam professores qualificados de Instituições Superiores, Federais, Estaduais ou Particulares. A demanda por cursos de pós-graduação, no Brasil inteiro, pelo jeito, ainda está excessivamente reprimida, o que abre margens para cursos desse tipo que, se não forem muito bem-gerenciados, transformam-se apenas em caça-níqueis. Os estudantes, nesse caso, clientes, devem avaliar cuidadosamente as instituições que oferecem tais cursos. Principalmente os da área de saúde. A responsabilidade com a vida tem de ser maior do que um simples título de especialização.