Impressiona-me na universidade o quanto colegas professores e, principalmente, os estudantes cobram aulas no estilo tradicional. É como se a Educação brasileira, no conjunto, não consiga mais se libertar da “pedagogia da opressão”. Há um mundo a ser descoberto, mas as pessoas não ousam. São frágeis figuras à espera de alguém para tutorá-las sempre. São arautos da educação bancária. Matariam Paulo Freire de vergonha. Brigam por um professor bancário que decida os textos a serem lidos, que traga um deles “mastigadinho” a cada aula, isso para 99% da turma que não os leu. São carneirinhos a espera de um curso qualquer, como por exemplo, o de “adestradores de foca” do jornal O Estado de São Paulo. Ivani Fazenda, há anos, aponta dois problemas gravíssimos na Educação do País: estudantes não sabem escrever e “a escola do silêncio”, esta última resultado de uma educação básica castradora e opressora. Essa prática se nos apresenta, agora, nociva à graduação e à Pós. Estudantes mal-preparados, submissos aos conteúdos e prontos para receber uma cartilha, uma receita de bolo. Quadro desolador que assusta até Paulo Freire no túmulo. Aliás, será que essa "meninada" um da ouviu falar em Paulo Freire?
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