A recriação do Partido Social Democrático (PSD), pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (ex-DEM), com o único intuito de burlar a Legislação Eleitoral brasileira e cair nos braços da chamada “base aliada” é desses episódios na política que tornam quase impossível educar para a cidadania em todos os níveis. Quando a armação e a esperteza se transformam em regra, o que dizer aos nossos estudantes? Não se podia esperar muita coisa de um Partido que mantém a mesma gênese do anterior. O PSD de hoje é homônimo do Partido criado em 1945 e extinto pela Ditadura Militar por meio do Ato Institucional Número Dois. Na época, nasceu para servir a Getúlio Vargas. Tinha o número 41. Voltou com o mesmo número na década de 80, sem sucesso, a ponto de ser engolido pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Agora, aparece de novo sob a batuta do maestro Gilberto Kassab. Se o episódio tem o caráter didático de entendermos como surgem e morrem os partidos, muitos deles, como é o caso do PSD, apenas para servir a interesses de uma coletividade nada recomendável na política brasileira (basta ver a lista dos filiados no Amazonas, por exemplo), também, tira de nós, os professores, a possibilidade de usá-la (a criação do novo-velho-partido) como bom exemplo. Políticos que agem dessa forma são poucos afetos a investir em Educação: afinal, um povo bem-educado dificilmente aceitaria armações com essa.
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