Edgard
Mortin, com quem concordo em vários pontos, inclusive neste, prega que devemos
ser muito cuidadosos em relação ao conceito de identidade. E o maior perigo que
vislumbre em relação a este conceito é o fato de aplica-lo do local para o
global. A partir do momento que dou mais importância ao local, passo a olhar o
mundo pela lente do meu umbigo, do meu banheiro, do meu quarto, da minha casa,
no máximo, do meu quintal. Oras, se assim me vejo, não me importo nem com a
rua, logo, como as pessoas que nela moram, que morrem de frio. Que olha o mundo
a partir do conceito local de identidade não se reconhece como habitante da
Terra. Ao passo que, se me identifico como cidadão do mundo, como alguém que é
parte da Terra, passo a entender os problemas do mundo, do todo. Aí entendo que
não posso ser plenamente feliz em casa, quando alguém morre de frio na rua. Não
posso considera uma “raça pura”. Se a Terra é a “nossa casa comum”, cuidar dela
é nosso dever. Fica mais fácil entender os perigos que nos podem causar o
conceito de identidade.
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