Errei no foco e no nome do livro

Quando, em 1998, na Bienal do livro de São Paulo, lancei meu manuscrito denominado “Guia para a elaboração de trabalhos acadêmicos, dissertações e teses”, pela Edicon, o fiz porque pesquisei mais de 150 títulos de livros que tratavam do tema e não encontrei nenhuma uniformidade. E foi a falta de uniformidade que me motivou a enveredar pelo tema. Na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da Universidade de São Paulo (USP) quando ao perguntava a alguém sobre “um modelo de estrutura” recebia sempre a resposta: “siga as normas da casa”. Curioso por descobrir estas “normas a casa”, fui à biblioteca e pesquisei a estrutura de cinco teses e cinco dissertações. Não havia padrão nenhum. Não usei critérios científicos para selecionar a amostra das teses e dissertações. Mas, os números encontrados me fizeram enveredar pelo campo dos “guias”. Centrei o foco em “guiar” para a estrutura, o padrão e hoje, anos mais maduro, depois de participar quase que integralmente das atividades do professor Gilson Volpato no projeto “Vamos publicar!”, que queremos transformar em Programa dentro da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) tenho a convicção: errei no nome e no foco do livro. Ainda assim, a primeira edição de 1.000 exemplares esgotou-se em tempo recorde, o livro passou a ser a referência para a elaboração de teses e dissertações em algumas universidades brasileiras e a segunda reimpressão, de 2004, de 2.000 exemplares, também está esgotada. O título deveria ser, no mínimo e para mudar pouca coisa, “Guia para a redação de trabalhos acadêmicos, dissertações e teses”. Logo, o foco deveria ser na redação e não na estrutura. Fiz mais uma “Manual de ABNT”que um livro capaz de ajudar as pessoas a escreverem projetos de TCCs, dissertações e teses. Como manual, tem seu valor, caso não, os 3.000 exemplares estariam encalhados. Certamente, posso refazê-lo como novo foco. Estou estimulado!

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