quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Educação doméstica é fundamental

As reações odiosas dos perdedores nas Mídias Digitais revelou-me uma verdade chinesa: a educação doméstica é fundamental. E não importa se essa educação doméstica se obtém na família tradicional ou nos núcleos familiares mais modernos. As reações destemperadas, odiosas e preconceituosas em relação aos nordestinos e nortistas de algumas pessoas nitidamente burguesas, antes enrustidas, demonstra que a fé cristã por eles pregada não passa de um invólucro de uma crença muito maior: a possibilidade de assepsia da raça humana. Valores universais de respeito ao outro, às crenças, às raças e às cores não fizeram parte da formação doméstica de um número considerável de pessoas que centram o discurso na superioridade da classe dos "mais letrados". Por mais que a escola tente mudar a visão de mundo de quem assim foi educado ao longo dos anos, pouca influência terá se, no núcleo familiar, as pessoas foram educadas para humilhar e pisar o outro. Há uma espécie de melancólica saudade dos tempos em que o comum era se dizer:"você sabe com quem está falando?" Fica fácil entender porque essas pessoas saem lépidas e faceiras dos vossos caros importados e tomam a vaga dos idosos ou portadores de necessidades especiais. Fazem-no por arrogância, para demonstrar poder. E demonstraram a arrogância congênita em cada letra postada nas Mídias Digitais. Há uma infinidade de pessoas que evoluíram do ponto de vista biológico do corpo mas ainda mantém a alma das minúsculas colônias que nos originaram.


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terça-feira, 28 de outubro de 2014

Eu já tive a minha Bolsa Família

Em 1979, quando deixei meus pais, meus irmãos e todos os demais membros da minha família para vir morar em Manaus, a convite do meu primeiro, Alfredo Bulbol (in memorian), muito antes do "odiado" Bolsa Família do "Governo do PT", eu, sem saber, e sem entender até bem pouco tempo, estava diante do que se pode chamar de "uma política de governo para a inclusão social". Sabem quando eu teria conseguido chegar aonde cheguei, hoje, doutor, Pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da centenária Universidade Federal do Amazonas (UFAM) se não fosse a oportunidade criada pela generosidade do meu primo? NUNCA! A atitude de me trazer para morar em Manaus, bancar os meus estudos do Ensino Médio, até que eu, por mérito, ingressasse na UFAM como estudante, em 1985, é o pando de fundo do Bolsa Família. Por mais que possa parecer um trocadilho infame, um menino pobre, das margens do Rio Yaco, cuja infância era pescar mandii nas piracemas para ter um jantarzinho melhor em casa (a culinária tradicional e repetira era o chibé), não teria acesso às informações e a uma melhor educação se não fosse a "mãozinha" da família Bulbol. Se hoje faço parte dos pouco mais de 6% da população que compõe, pelo menos monetariamente a Classe A, é porque alguém investiu em mim. Essa é a essência do Bolsa Família, uma política pública de inclusão que obriga a manter os filhos na escola para, no futuro, conseguirem alguma oportunidade de progredir dentro da máquina do capitalismo. E essa é a diferença básica entre o PT e o PSDB. Enquanto um entende que é papel do Estado criar políticas que possam incluir o máximo de pessoas, no sistema capitalista, o PSDB prega "o estado mínimo", ou seja, "quem for podre que se quebre". Tive a sorte de ter um primo, à época rico, que me trouxe para Manaus, que me ofereceu a oportunidade de crescer. Quero isso para todas as pessoas, como política pública, como política de Estado, não de Governo. E, para esses casos sim, fico imensamente feliz em recolher meu Imposto de Renda. Quero que muito mais pessoas tenham a mesma oportunidade que tive como um dever do Estado e não como uma mera gratidão de família. Eis a diferença basilar!


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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

O nosso papel nas universidades

A reação de um número significativo de pessoas, inclusive colegas professores e professoras das universidades, não me sai da cabeça. E me faz perguntar: o que, efetivamente, estamos a fazer em sala de aula. Não é possível que estejamos formando para tamanha intolerância e preconceito de raça, de cor e de localidade. É impressionante a incapacidade de distinguir entre Ditadura e Democracia. É quase total a falta de desconhecimento da diferença entre Capitalismo e Socialismo. O número de analfabetos políticos funcionais é impressionante. E em todos os níveis. Deixaram ódio e escárnio espalhados por todos os lados. Não é preciso mais investir em prédios e na contratação de servidores. Há que se repensar o nosso papel, como universidades e como professores, urgentemente a partir das reações após o resultado das eleições. Não se pode mais pensar em uma universidade que forma apenas para o mercado. É preciso formar para a vida. E, principalmente, para o convívio respeitoso entre os diferentes. Caso não, nosso papel deixa de ser cumprido.


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A mais carola das instituições

Como forma de provocar meus colegas, sempre digo que a universidade, como instituição, só não é mais carola que o Exército e a Igreja. As manifestações odiosas, vazias e sem nenhum fundamento político contra quem votou em Dilma Rousseff (PT), vindas, muitas vezes, de colegas da própria universidade na qual trabalho, me fazem manter a dúvida: qual das três é a mais carola das instituições? Não, a universidade não é a mais carola das três. Tem, porém, representantes de todas as outras duas no dia a dia. Há Bolsanaros e Crivelas espalhados por todos os lados, travestidos do mais alto teor democrático. Convenço-me, também, que o fato de ser letrado não transforma ninguém em um alfabetizado político. Descobri, ainda, que os apelos da Tradição, Família e Propriedade (TFP) estão mais latentes do que nunca dentro das universidades brasileiras. E isso, talvez, seja resultado dos últimos anos nos quais se pregou o que chamei de "assepsia política" dentro das universidades: não se discute mais política em sala de aula. Se assim continuarmos, sentirei sempre a sensação de fracasso quando li mensagens odiosas e intolerantes em relação aos nortistas e nordestinos. Não quero mais me sentir entre as três instituições mais carolas da sociedade.

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OBS: Post do dia 26/10/2014

sábado, 25 de outubro de 2014

MPF de olho em quem acumula bolsas

O Ministério Público Federal (MPF) anda de olho em quem acumula bolsa de Pós-graduação com atividades remuneradas. Uma das medidas mais radicais foi tomada pela Justiça Federal de Araraquara, no interior de São Paulo, que determinou o bloqueio dos bens de um ex-estudante da Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Ensino Superior (Capes), o estudante matinha vínculo empregatício com várias entidades. A justiça determinou que sejam bloqueados até 42 mil dos bens do antigo bolsista da Capes para que os recursos sejam devolvidos, corrigidos, aos cofres da União. Embora o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) editado, em 2010 a portaria conjunta n.º 1 (com a CAPES), que regulamenta a atividade remunerada de bolsistas. Por ela, as regras são muito claras e é preciso ter anuência do orientador e as atividades devem estar relacionadas ao trabalho de pesquisa desenvolvido. Caso não, o estudante bolsista cai na ilegalidade e a CAPES (ou o CNPq) vão à Justiça, se for preciso para que os recursos sejam devolvidos. Portanto, é prudente que os estudantes de Pós que acumulam bolsas com atividades remuneradas examinem detalhadamente a situação para não serem surpreendidos com o bloqueio de bens no futuro.


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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Entradas, acompanhamento e saídas na Educação

Apenas facilitar a entrada nas escolas, em todos os níveis, não resolve o problema da Educação brasileira. Em se tratando de Educação Superior, mais ainda. Pois o que se tem hoje é um processo extremamente rigoroso na entrada, nenhum tipo de preocupação com o acompanhamento de quem entra, com o processo de aquisição de habilidades e um frouxo controle nas saídas. E é exatamente por este rigor excessivo nas entradas que são necessárias políticas afirmativas para as minorias. Para que se possa corrigir o processo e fazer justiça é necessário criar mecanismos que igualem as oportunidades a fim de que a justiça seja feita. A política que quotas paras minorias, portanto, não é apenas necessária, é fundamental, para que se promova a inclusão social. E promover a inclusão é sim, um dever a universidade pública brasileira. Mas, uma política efetiva de ações afirmativas não pode se reduzir apenas às reservas de vagas, às quotas. É essencial que haja uma previsão de acompanhamento diferenciado para os quotistas a fim que não sejam tratados com preconceito e sofram durante o tempo de permanência nos cursos. Porque se isso acontecer, correr o risco de passarem a fazer parte das estatísticas de retenção ou abandono. É nosso dever, portanto, corrigir as injustiças na entrada mas tratarmos, com urgência, de promover um acompanhamento efetivo dos estudantes que ingressas nas universidades. E não apenas dos quotistas, mas de todos os ingressantes. Há um problema gravíssimo na Educação Superior brasileira. De cada 100 que ingressam, formamos 44 nas universidades públicas e 37 nas universidades privadas. No Norte, este número é ainda pior: fica nos 30 formados. A necessidade das quotas, portanto, nos parece derivada de um processo pedagógico ineficaz que mais retém ou expulsa do que forma. Temos, portanto, um desafio crucial: aumentar o número e a qualidade dos que saem (das saídas) para que se comece um círculo virtuoso e não um círculo vicioso como o atual, que só alimenta as desigualdades. Sonho com o dia em que a necessidade de quotas não exista. Que as pessoas sejam bem-formadas independentemente da raça, da cor ou do gênero. Quando este tempo chegar, discutir quotas não fará mais parte da pauta. Espero que não demore tanto!


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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

A visão estreita nas universidades brasileiras

Há uma visão estreita nas universidades brasileiras que se nos apresenta clara quando se vai discutir a Pós-graduação e a lotação dos professores e professoras. Por mais que se mude a estrutura de departamento para unidades acadêmicas, o que se tem é uma luta interna figadal por "gratificações", acima das questões pedagógicas. Enquanto o mundo caminha para uma visão interdisciplinar, as universidades querem cada vez mais disciplinar tudo. Caminham na contramão da história. Transformam departamentos em unidades acadêmicas que se comportam como se fossem os antigos cursos. Quando assim agem, é impossível que se tenha uma Pós-graduação forte porque que reza por esta cartilha da visão estreita entende que a pesquisa e a pós-graduação devem estar subjugadas aos interesses das unidades acadêmicas ou dos cursos quando, na verdade, é o contrário. Uma universidades só muda a graduação e se fortalece se investir estrategicamente na Pós-graduação longe da pequenez e das picuinhas departamentais. A pesquisa e a pós-graduação são estratégicas para se mudar a graduação desde que haja complemento das ações estratégicas. Jamais será forte, porém, se a relação for de um subjugar o outro. Quando isso acontece, prevalece a estreiteza e quem mais perde é a sociedade.


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quarta-feira, 22 de outubro de 2014

A ineficiência da Educação Superior

Definitivamente, os números da Educação Superior no País não são animadores. E nos indicam um sistema cuja marca é a ineficiência. Aqui neste espaço, já comentei que a taxa de sucesso das universidades públicas é assustadora: de cada 100 estudantes que ingressam, apenas 44 se formam. Nas universidades privadas o número é ainda pior: de cada 100 ingressantes, somente 37 se formam. Por mais frios que sejam os números, eles nos devem incomodar e provocar uma reflexão sobre o que estamos a fazer com a Educação Superior do País. Eles, os números, demonstram uma ineficiência do setor que chega a ser escandalosa. É preciso, com urgência, entendermos que essa taxa de insucesso elevada correlaciona-se, diretamente, com a ineficácia dos ensinos Básico e Médio. Enquanto não olharmos a Educação Superior como parte de um processo, que só pode se alimentar de forma positiva se tivermos Educação Básica e Média fortes, enfrentaremos o problema da ineficiência tanto no setor público quando no setor privado. Urge que o problema seja avaliado com a profundidade que merece.


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terça-feira, 21 de outubro de 2014

Em favor da Educação em tempo integral

Totalmente contrário à Escola de Tempo Integral, gostaria de fazer um desafio aos políticos e a todos nós: que tal lutarmos por uma Educação em Tempo Integral? Por meio dela, a criança não precisaria passar o dia inteiro trancado na escola, como se fosse obrigado a conviver com uma espécie de prisão oficial. Nós, os meros mortais, passaríamos a educar pelo exemplo: não mais pararíamos nas vagas dos idosos, não estacionaríamos em locais proibidos e nunca mais furaríamos filas. E, mais que isso, quando fossemos pegos a cometer algum deslize, em hipótese nenhum meteríamos a mão no bolso para pagar quaisquer tipos de propinas. Dos políticos e demais servidores públicos espero a mesma coisa: nenhuma propina, nenhum emprego para parentes, nenhum aeroporto particular com recursos públicos, nenhum tipo de mensalão ou petrolão. O desafio da educação em tempo integral não é facilmente vencido. Mas, se queremos mesmo mudar o País, devemos mudar a nossa forma de olhar o processo educacional. Ele não começa e termina na escola, mas, nas nossas práticas diárias.


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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

As prisões oficiais de tempo integral

Prometi a mim mesmo que não veria nenhum dos debates. Nem dos presidenciáveis nem dos candidatos ao Governo do Estado, pelo nível de baixaria que antevia, iria acontecer. Com o discurso de que 90% da população do Amazonas não aprova da participação de candidatos em debates, José Melo (PROS) desistiu de comparecer. Se eu já não pararia para ver um debate dos dois, muito menos farei para ver um monólogo de Eduardo Braga (PMDB). Para a presidência não há o que se vê. Ontem, porém, por falta de opção, à espera de uma conexão em Porto Velho, via a última fala dos dois candidatos: Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT). Mais uma vez fiquei estarrecido. Não é possível que a única possibilidade para a Educação do Brasil sejam as escolas de tempo integral? Isso me cheira mais a uma espécie de prisão oficial para os filhos das classes menos favorecidas. Escola de tempo integral, por si só, não resolve os problemas da Educação do Pais. Enquanto Paulo Freire defendia que o mundo era preciso conhecer o mundo, no Brasil, se quer prender as crianças longe do mundo. Não consigo entender!


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domingo, 19 de outubro de 2014

Propaganda política que deseduca

Quem nunca dirigiu embriagado, quem jamais olhou para a mulher ao lado, que atire a primeira pedra. Digo isso para demonstrar meu total descontentamento com todas as propagandas, de ambos os lados, que deixam o campo das propostas e passam para ataques pessoais que, ao invés de servir como indicações para se escolher em que votar, servem mesmo para deseducar. Se o candidato do PSDB é ciciado em álcool, deve ser tratado. Assim como qualquer outro ser humano que sofra de algum problema com drogas legais ou ilegais. Ou esquecemos que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi, inúmeras vezes, acusado de ter dado uma talagadas além da conta? Do ponto de vista educacional, digo que deseduca porque, no máximo, o que se deve contestar, é a capacidade gerencial, ou de Aécio Neves (PSDB) ou de Dilma Rousseff (PT). Quando uma campanha, de qualquer dos lados caminha para ataques pessoais em função das fraquezas individuais, divide o mundo entre os perfeitos e os imperfeitos. E cobra, dos administradores, uma perfeição impossível de ser atingida. Talvez seja uma tentativa de fazer valer a velha máxima:"a mulher de César não deve ser só honesta, deve parecer honesta". Quem ocupa cargo público precisar entender que hábitos diários precisam ser mudados em função do cargo que se ocupa. Mas crucificar alguém por um comportamento doentio é cruel com a imperfeição humana. Doentes precisam de tratamento. Mesmo que a doença do vício não interfira no seu desempenho administrativo. Só assim educaremos nossas futuras gerações para entenderem que o erro faz parte da natureza humana.


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sábado, 18 de outubro de 2014

Não educamos para a liberdade

Às vezes fico a me perguntar se Paulo Freire, em vida, não teria percebido que a utopia da Educação libertadora terias sérias dificuldades para ser alcançada. E, talvez, o problema não se resuma apenas à escola. Tem relação direta com o processo de formação na família. Isso porque, nós, os pais e mães, efetivamente, não educamos para a liberdade. Não deixamos nossos filhos e filhas experimentarem a vida. Não me estranha, por exemplo, que nos dias atuais, os jovens estejam mais caretas que os vossos pais. Isso é fruto dessa educação familiar castradora. Que se revela um desastre quando meninos e meninas chegam à universidade. Como, em tese, nas universidades, se deveria respirar liberdade, os estudantes não conseguem conviver com ela (a liberdade) por chegarem muito cedo e pouco terem desfrutado dela em família. Cria-se uma espécie de vala entre o que se deseja e o que se tem de vivência dos estudantes. A falha de formação não se vincula aos ensinos básicos e médio. Mas, ao processo educacional que começa no lar e nele deve sempre ter o suporte.


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As condicionantes da autonomia

A tão sonhada autonomia que tanto pregarmos e tentamos obter nas universidades brasileiras é uma utopia e de utopia não passará nunca. Antes de tudo porque, no mais das vezes, nós confundimos autonomia com soberania. Esquecemos que a primeira autonomia é a faculdade de "caminhar com as próprias pernas", porém, em relação com inúmeras variáveis. Todas, no entanto, interconectadas e, no fundo, teórica. Em tese, por exemplo, um avião tem autonomia de voo. Desde que sejam mantidas todas as condições de temperatura e pressão para o qual foi fabricado, bem como dos pilotos e equipe, até que o combustível termine, pois, ou tem de aterrissar para abastecer e para de voar ou cai. A soberania é a faculdade de tomar decisão e ninguém poder contestar. Você pode até não gostar da decisão de um rei, de um soberano, mas, é obrigado a acatá-la, a não ser que o Rei seja derrubado. Mesmo na soberania, há variáveis condicionantes. Por isso, afirmo: não há e não haverá esta teórica plena autonomia tão exigida pelas universidades.

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OBS: Post do dia 17/10/2014

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

A revolução silenciosa da Educação

A ideia de que a escola seja um aparelho ideológico do Estado, portanto, que só serve aos interesses da elite dominante não é de todo verdadeira. Talvez, em tese, até se possa imaginar que o seja, principalmente no capitalismo. Mas, é na própria escola que se pode formar (ou deformar) o cidadão. E é no processo desta formação que se pode provocar uma revolução silenciosa no modo de olhar o mundo. E só se muda a Educação quando se é capaz de mudar a perspectiva do olhar das pessoas, dentro e fora da sala de aula. Creio, portanto, que o grande desafio de um professor, de um educador, é mudar a perspectiva do olhar do estudante e da sociedade a respeito da própria escola. Quando isso ocorre, o sonho volta a se tornar possível. Pelo menos como uma meta a ser atingida pela escola em todos os níveis: a meta da mudança como parte natural do processo educativo.


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quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Quero mudar o mundo da Educação

Hoje, dia 15 de outubro de 2014, não tive como deixar de lembrar, ainda cedo, ao acordar, da frase dita pela minha filha e publicada neste espaço, no dia 7 de setembro deste ano:"Pai, se eu pudesse, largava esta escola e fundava outra completamente diferente, onde a gente pudesse ser feliz. Tivesse vontade de ir". Desde aquele dia, não me sai da cabeça um sonho: "mudar o mundo". Mas, se não puder mudar o mundo no todo, pelo menos mudar o mundo da Educação para que nenhum outro filho tenha de repetir algo semelhante ao que minha filha disse. Quero uma escola, em todos os níveis, na qual a pessoa possa ser feliz, possa transformar seus sonhos em realidade. Possa dar vida à vida. Transformei o desafio sonhar com uma escola diferente no propósito da minha vida. Não sei se conseguirei, um dia, no todo, tirar do sonho a realidade. Mas sei que, daqui pra frente, meu propósito como educador, será mudar a vida das pessoas como a minha vida mudou a partir do sonho de alguns educadores e educadoras. Dentre elas, a mais importante de todas as professoras: Clotilde Alves Vieira Monteiro, minha mãe, que não só nos educou em casa, mas, transformou a vida de muitos dos nascidos em Sena Madureira, Acre. Na figura dela homenageio todos os professores e professores que me ensinaram a ser mais feliz.


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Pós formativa, Graduação informativa

Quase sempre polêmico e provocador nas falas, o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Jorge Guimarães, dentre tantas provocações, deixou mais uma boa dose de reflexão aos presentes na abertura do "I SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE SOCIEDADE E CULTURA NA PANAMAZÔNIA: INTERDISCIPLINARIDADE, DESAFIOS E PERSPECTIVAS", ocorrida ontém, dia 14 de outubro de 2014, às 9h, no Auditório Rio Amazonas, da Faculdade de Estudos Sociais (FES), da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Guimarães ressaltou a diferença crucial entre Graduação e Pós-graduação, muito comentada mas pouco entendida nas universidades brasileiras. Ele destacou que a Pós-graduação é formativa, baseada em "atividades obrigatórias" e não em disciplinas obrigatórias, o que não prevê, necessariamente, tempo de permanência em sala de aula. Diferentemente da Graduação que, no Brasil, é informativa, centrada no professor, baseada em tempo de permanência em sala de aula e transmissão de conteúdo. Refletir sobre essa diferença basilar para que se tenha uma Graduação de qualidade que alimente a Pós com estudantes de qualidade.

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OBS: Post do dia 14/10/2014

Internacionalizar é olhar para si

Será amanhã, às 9h, no auditório Rio Amazonas, da Faculdade de Estudos Sociais (FES) da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) a abertura do "I SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE SOCIEDADE E CULTURA NA PANAMAZÔNIA: INTERDISCIPLINARIDADE, DESAFIOS E PERSPECTIVAS", evento do Programa de Pós-graduação em Sociedade e Cultura (PPGSCA). O mais importante do encontro, embora esteja no título o termo internacionalização, é uma reflexão sobre, efetivamente, o que é internacionalizar. Engana-se, por exemplo, que pensa que internacionalizar é abrir as portas "para o estrangeiro" e pronto. É, acima de tudo, olhar para si e ver quais as possibilidades de troca. Só assim se pratica, com ganhos para os lados envolvidos, a internacionalização. Caso não, se transforma em colonização. E ao voltar o olhar para a interdisciplinaridade, o PPGSCA da UFAM se prepara sim para a internacionalização.

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OBS: Post do dia 13/10/2014

domingo, 12 de outubro de 2014

Mãe-nação

A ficha limpa foi um blefe
Uma quimera, uma ilusão
E hoje temos de escolher
Entre o corrupto e a corrupção.
Quisera eu poder votar
Em candidato puro e honesto
Mas a pureza parece estar
Apenas em discurso e manifesto.
Os programas de governo
São peças de ficção
O que cada um quer mermo
É mamar nas tetas da mãe-nação.
Por isso a cada dia
Sou um eleitor mais cético
Feliz eu até morreria
Se votasse um honesto.
Como político e honestidade
São água e óleo, não se misturam
Sigo a votar, com muita dó
A escolher sempre o mal menor.


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sábado, 11 de outubro de 2014

Moralistas e reacionários de plantão

O que ha no Brasil de hoje não é apenas um movimento pela mudança. Ao que me parece, o que se tem é um movimento de reacionários e moralistas em prol do retrocesso. Bradam aos quatro cantos que querem a moralização do Brasil, que são cidadãos de bem, e, obviamente, que não pensa como eles são corruptos. Relembro o que postei no Facebook: "Algum de vocês teve de ir às ruas pela Educação nos governos do PT e do PSDB? Ainda lembra qual a diferença? Quantos de vocês teria ingressado nas universidades brasileiras sem a política pública implementada pelo PT? Será que um escândalo desses da Petrobrás seria tão amplamente divulgado e investigado em um governo do PSDB? Avaliarei muito bem cada uma das respostas antes de votar. Avalie também!" E avaliei mais, meus caros leitores e leitoras, se, estes que levantam o cutelo da moralidade, nunca, jamais, em nenhum momento da vida, "deram uma aulinha por fora", em uma universidade particular. Ou, quem sabe, não "deram o do guaraná ao policial corrupto" para se livrar da multa de trânsito. Será que essas figuras que pregam tanto a moralidade plena cumprem, por exemplo, a jornada de trabalho para a qual foram contratados? No caso dos professores e professoras, ministram mesmo as duas horas de aulas previstas? Ou nunca fizeram uma manobra proibida no trânsito? Nunca dirigiram alcoolizados? É muito fácil levantar a voz e exigir moralidade e honestidade de todo mundo. Mas, o Brasil só deixará de ser um País no qual a corrupção grassa, quando cada um de nós, nas coisas mais simples do dia-a-dia, eliminarmos a corrupção. E não colocá-la para debaixo do tapete. Exigir postura ética dos outros requer postura ética de si. Caso não, cobrar e arrostar ética não passam de atos de cinismo.


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sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Não há interesse por uma Educação libertadora

Nesses tempos de disputa pela Presidência da República, não veja uma proposta que toque, a fundo, nos problemas da Educação brasileira. O que se tem é um crescente discurso reacionário em todos os sentidos. A educação libertadora, tão defendida pelo nosso maior educador, Paulo Freire, nem de longe permeia a proposta de nenhum dos candidatos. Repito o meu mantra: educar é um ato de amor. Requer acolhimento, entrega, doação. Quem está disposto? É fácil pregar a condenação de um menor, por exemplo. Nada fácil é educá-lo, reintegrá-lo à sociedade. Quais os antecedentes que o transformaram em um infrator? Sei que é nossa tendência de humanos pensarmos somente nas vítimas das violências praticadas pelos menores. E, mais ainda, se for próximo de nós. No entanto, que tal se colocar no lugar nas centenas de milhares de crianças em situação de risco? O mundo não é um lugar doce, no qual você solta as pessoas e elas crescem saudáveis. As prisões brasileiras recuperam alguém? Possuem capacidade de reintegrar algum ser ao convício social? Ou vai desumanizá-lo de vez? Que tal, ao invés de pensarmos só pelo lado da vítima, imaginar um filho nosso, da classe média alta, a praticar algum delito, ser enjaulado sem nenhuma chance de recuperação? É muito fácil a perspectiva do olhar de quem é rico, de quem tem. Só que o processo educacional tradicional é injusto. Passa longe de ser libertador. E na educação para a liberdade, o que se tem de trabalhar é a responsabilidade, o crescimento moral do ser. Para que ele seja capaz de assumir, maduramente, seus erros e acertos. Para que possa crescer. E vejo chances próximas do zero de isso acontecer em uma prisão, se não acontece nem na prisão tradicional e consentida chamada escola.


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quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Primeiro Congresso online de Educação Infantil

A educadora  Kel Kamoezze, idealizou e é a organizadora de uma experiência inédita na Internet brasileira: o 1º. Congresso Online de Educação Infantil (CONEDI). O evento será totalmente online e totalmente grátis. O lema do Congresso é "Por um mundo consciente com crianças e adultos responsáveis e felizes".
O evento é composto de palestras que serão transmitidas gratuitamente, via Internet, entre os dias 26 de outubro e 1º de novembro. Os horários das transmissões ainda serão pré-definidos. Para ter acesso às palestras o interessado deve se inscrever no endereço www.1conedi.com.br/inscreva-se. A partir de então, receberá e-mails da organização do evento com informações sobre os participantes.
No primeiro deles, a apresentação é da organizadora e idealizadora do evento:"Agora sou Kel Kamoezze, idealizadora e organizadora do CONEDI. Mas já fui um bocado de coisa: de pós-doutora em comunicação e professora universitária a educadora infantil.
Também já me dediquei a ser atriz, palhaça, peregrina, mochileira, babá, garçonete, faxineira, entre outras tantas atividades que realmente não me definem, mas que são fundamentais para estar aqui organizando o CONEDI e escrevendo tudo isso a você.
Reinventar-me é uma paixão!
E atualmente estou cada vez mais centrada em projetos artísticos, de autoconhecimento e educação. Aliado a isso, estou vivendo um momento cheio de graças e bênçãos divinas que é a maternidade.
E um mundo de inspiração, criatividade e empreendedorismo se abriu e não para de se expandir. Estou com vários projetos lindos acontecendo concomitantemente. Entre eles está este do qual agora você faz parte, o 1º. Congresso Online de Educação Infantil.
Estou vibrando de gratidão e contentamento com a realização desse evento, que acontecerá do dia 26 de outubro a 1º de novembro."


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quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Educar é comprometimento e dedicação

Dois elementos essenciais ao processo de aquisição de conhecimentos, quase sinônimos, são comprometimento e dedicação. E, pasmem, leitores e leitoras, não se aprendem na escola. E estão relacionados com um termo quase sempre com carga negativa: a paixão. Na juventude, exageradamente, a mim se mostrou claro que "sem tesão" não se conquista nada. Brandamente, hoje, posso substituir o termo por "paixão" sem que a essência do antigo pensamento seja perdida. Comprometimento e dedicação podem ser resumidos em um único termo: paixão. E, sem paixão, não há aprendizado, não há educação. Conviver com professores e professoras pouco comprometidos, pouco dedicados, portanto, pouco apaixonados, destrói a autoestima e o "tesão" de qualquer estudante. E não me venham dizer que são apenas os baixos salários e a falta de infraestrutura que provocam o descomprometimento. Talvez seja, exatamente, a falta de amor, de paixão, de tesão pelo que se faz, certamente, combinados com a falta de bons salários, de infraestrutura, de reconhecimento por parte do Estado e da sociedade. Em educação, nunca um elemento apenas deve ser analisado. As variáveis se combinam para o bem e para o mal. Educar, talvez, seja um ato de amor e dor, ao mesmo tempo, como faces da mesma moeda. Temperados com todos os demais sentimentos, complexos, por isso inexplicáveis, que forjam a nossa formação como seres pensantes.


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terça-feira, 7 de outubro de 2014

A aprendizagem centrada no estudante

É impossível se fazer a revolução do processo educacional de um País se os modelos pedagógicos continuarem centrados na figura do professor. Das diretrizes às estruturas curriculares, bem como dos regimentos às portarias, são raríssimas as exceções: quase tudo é centrado no professor ou na escola, no curso. Quando, no meu entendimento, a primeira grande revolução deveria ser mudarmos a perspectiva do olhar e centramos nossos esforços, nossos currículos, nossa base legal no processo e no estudante com um único fim: incentivarmos e gerenciarmos o sucesso e não o fracasso. E o fracasso começa na sala de aula pela visão tradicional do processo de educação. Ainda mantemos a mesma ideia de que o professor apresenta conteúdos, passa tarefas e o estudante que "se vire" para aprender. Modernamente, pelo menos na minha visão, deveria ser o contrário; os estudantes apresentariam problemas do dia-a-dia, nós os ajudaríamos a transformar em projetos (a velha e conhecida educação por projetos nunca efetivamente praticada) e cresceríamos junto com eles. Como a Educação é centrada na figura do professor, levamos o professor e seus pensamentos, sua forma de ver o mundo, para a vida. Quando deveria ser exatamente o contrário: os estudantes trariam a vida (seus projetos, suas angústias, suas aflições) para a sala de aula, para a universidade, e nós vos ajudaríamos a entendê-la. Será um caminho longo, cheio de pedras e desafios a serem vencidos. Mas, a única saída para uma Educação verdadeiramente libertadora, como preconizava Paulo Freire.


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Nenhuma pesquisa é a realidade

O resultado das eleições, de Norte a Sul do País, parece ter derrubado de vez a credibilidade dos institutos de pesquisa. E a descrença é tanta que chega a respingar nas "pesquisas científicas", como se uma pesquisa eleitoral não devesse sê-la. O problema é que há, também, o senso comum de que, por ser científica, a pesquisa se confunde com a realidade. É uma grande bobagem. Nenhuma pesquisa é a realidade, ou seja, consegue congelá-la. Tanto a pesquisa eleitoral quanto a pesquisa científica, são retratos imperfeitos da realidade baseados no passado. Não há 100 por cento de certeza em nenhuma pesquisa científica. Termo consciência da falibilidade das pesquisas, portanto, da Ciência, é a postura mais adequada para encararmos a realidade. Pesquisador ou cientista sério não falseia a realidade. No entanto, deve sempre deixar claro que os resultados das pesquisa também não são a realidade. A pesquisa é uma fotografia, a gravação de um momento estático. Jamais será a realidade. Quando se fala em margem de erro, para mais e para menos, é exatamente uma declaração da falibilidade. Essa possibilidade do erro existe em qualquer pesquisa. Nada é mais natural. Muito da credibilidade perdida seria recuperada se as pessoas tivessem clareza de o que é uma pesquisa.

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OBS: Post do dia 06/10/2014

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Um especialista em álgebra na família

Não foi a primeira vez que votei na Escola Estadual Diofanto Vieira Monteiro. Confesso, no entanto, que, da última vez, nem me toque do nome da Escola. Hoje, ao chegar ao local para votar, percebi que os nomes de família são exatamente iguais. Ao me aproximar da Escola, até pensei:"Caramba, só me faltava ser Gilson Vieira Monteiro!" Tentei me informar sobre quem foi o professor Diofanto Vieira Monteiro mas não consegui. A mim me parece muito estranho que os dois últimos nomes sejam exatamente iguais sem que haja algum parentesco. O que me encantou foi saber que se trata de uma escola para estudantes especiais. Viera Monteiro é meu nome de família. Saber que uma escola oferece possibilidades para estudantes especiais, ainda que não tenha, cria uma relação de proximidade simbólica. No Século II a. C. Diofanto era considerado o mais importante entre todos os algebristas gregos. Será que tenho um algebrista na família? Pesquisarei mais. Meu avô paterno era amazonense. Nunca descobri ninguém da família dele por aqui. Um bom motivo para ir a fundo na busca.

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OBS: Post do dia 05/10/2014

domingo, 5 de outubro de 2014

Nenhuma candidatura me convenceu

Em se tratando do tema Educação, chego hoje, um dia antes da votação, sem ter sido convencido por nenhum dos candidatos ao Governo do Estado, muito menos à Presidência da República. No geral, as propostas apresentadas, em ambos os níveis, não mexem no maior problema da educação brasileira: a estrutura conservadora, talvez arcaica, inflexível, pouco ágil, que valoriza as velhas práticas. Sonho com algo novo, que dê um basta nesta estrutura agostiniana, em alguns casos, de deixar Santo Agostinho a flexionar os ossos no tumulo. E nada de efetivamente novo nos foi apresentado. Irei às urnas amanhã com a sensação de que é preciso tratar a Educação com mais seriedade. E não usá-la apenas como mais uma fora de atrair votos com promessas vãs.

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OBS: Post do dia 04/10/2014

sábado, 4 de outubro de 2014

O planejamento que delineia o futuro

A Universidade Federal do Amazonas (UFAM), iniciou ontem, dia 02 de outubro de 2014, a revisão do seu Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI). Serão seis meses de um longo trabalho de olhar para o passado, deixar as práticas que não resultado de lado, manter o que foi benfeito e corrigir as rotas para o futuro. É o momento no qual são definidas as prioridades para cinco ou dez anos e se pode estabelecer metas a fim de que a Instituição passe a ocupar não apenas o espaço no cenário loca, mas, no cenário nacional e internacional. O trabalho exige dedicação e comprometimento. Ao longo do tempo, porém, quando os que participaram desta fase olharem para trás novamente, verão que valeu a pena traçar caminhos a fim de que a organização não cresça como uma nau sem dono. O planejamento delineia o futuro mas não é capaz de engessá-lo. Assim se vê o planejamento hoje.

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OBS: Post do dia 03/10/2014

A escola não substitui os pais

Enganam-se os políticos que prometem, enganam-se os pais, que, certamente, pela carência, esperam as promessas; engana-se a sociedade que aposta na possibilidade de a escola substituir os pais no processo educacional. E, vejam bem, meus caros leitores e leitoras, que fique bem claro uma coisa: o fim de um casamento não significa o fim da família, ou pelo menos, não significa o fim dos pais. Quem separa não deixa de ser pai. A responsabilidade de pai e de mãe não se encerra com o fim do casamento. O que não se pode admitir é que os pais transfiram para os professores a responsabilidade pelo ato de educar. E que o fim do casamento seja o fim da responsabilidade de pai ou de mãe. A escola é o espaço físico da convivência, da socialização. Mas, não como uma pessoa ser psicologicamente saudável se, das 24h do dia, passar 12h dentro de uma escola.

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OBS: Post do dia 02/10/2014

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

A lenda da Pós-graduação brasileira

Há uma lenda que virou regra nas universidades brasileiras: a de que a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) estabelece que o tempo máximo para o mestrado é de dois anos e para o doutorado, quatro anos. O que existe é o tempo de duração das bolsas de Demanda Social, que é de no máximo dois anos para o Mestrado e quatro anos para o Doutorado. Como tenho afirmado repetidas vezes, as universidades brasileiras praticam o que chamo de "perda de autonomia consentida". Passam a usar o tempo de duração de bolsas como único parâmetro possível para determinar o tempo de duração dos cursos. Não passa de lenda. É abrir mão da autonomia para garantir os recursos financeiros destinados ao estudante e fazer com que coincida com o final do curso. Nada mais que isso. A CAPES é a agência reguladora e financiadora ao mesmo tempo. Não é, no entanto, quem determina o funcionamento dos cursos de pós-graduação nas universidades brasileiras. Quem deve fazê-lo são as próprias universidades. Abrir mão desta prerrogativa não faz sentido.


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