quinta-feira, 23 de outubro de 2014

A visão estreita nas universidades brasileiras

Há uma visão estreita nas universidades brasileiras que se nos apresenta clara quando se vai discutir a Pós-graduação e a lotação dos professores e professoras. Por mais que se mude a estrutura de departamento para unidades acadêmicas, o que se tem é uma luta interna figadal por "gratificações", acima das questões pedagógicas. Enquanto o mundo caminha para uma visão interdisciplinar, as universidades querem cada vez mais disciplinar tudo. Caminham na contramão da história. Transformam departamentos em unidades acadêmicas que se comportam como se fossem os antigos cursos. Quando assim agem, é impossível que se tenha uma Pós-graduação forte porque que reza por esta cartilha da visão estreita entende que a pesquisa e a pós-graduação devem estar subjugadas aos interesses das unidades acadêmicas ou dos cursos quando, na verdade, é o contrário. Uma universidades só muda a graduação e se fortalece se investir estrategicamente na Pós-graduação longe da pequenez e das picuinhas departamentais. A pesquisa e a pós-graduação são estratégicas para se mudar a graduação desde que haja complemento das ações estratégicas. Jamais será forte, porém, se a relação for de um subjugar o outro. Quando isso acontece, prevalece a estreiteza e quem mais perde é a sociedade.


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