Há
uma visão estreita nas universidades brasileiras que se nos apresenta clara quando
se vai discutir a Pós-graduação e a lotação dos professores e professoras. Por
mais que se mude a estrutura de departamento para unidades acadêmicas, o que se
tem é uma luta interna figadal por "gratificações", acima das
questões pedagógicas. Enquanto o mundo caminha para uma visão interdisciplinar,
as universidades querem cada vez mais disciplinar tudo. Caminham na contramão
da história. Transformam departamentos em unidades acadêmicas que se comportam
como se fossem os antigos cursos. Quando assim agem, é impossível que se tenha
uma Pós-graduação forte porque que reza por esta cartilha da visão estreita
entende que a pesquisa e a pós-graduação devem estar subjugadas aos interesses
das unidades acadêmicas ou dos cursos quando, na verdade, é o contrário. Uma
universidades só muda a graduação e se fortalece se investir estrategicamente
na Pós-graduação longe da pequenez e das picuinhas departamentais. A pesquisa e
a pós-graduação são estratégicas para se mudar a graduação desde que haja
complemento das ações estratégicas. Jamais será forte, porém, se a relação for
de um subjugar o outro. Quando isso acontece, prevalece a estreiteza e quem
mais perde é a sociedade.
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