O
resultado das eleições, de Norte a Sul do País, parece ter derrubado de vez a
credibilidade dos institutos de pesquisa. E a descrença é tanta que chega a
respingar nas "pesquisas científicas", como se uma pesquisa eleitoral
não devesse sê-la. O problema é que há, também, o senso comum de que, por ser
científica, a pesquisa se confunde com a realidade. É uma grande bobagem.
Nenhuma pesquisa é a realidade, ou seja, consegue congelá-la. Tanto a pesquisa
eleitoral quanto a pesquisa científica, são retratos imperfeitos da realidade
baseados no passado. Não há 100 por cento de certeza em nenhuma pesquisa
científica. Termo consciência da falibilidade das pesquisas, portanto, da
Ciência, é a postura mais adequada para encararmos a realidade. Pesquisador ou
cientista sério não falseia a realidade. No entanto, deve sempre deixar claro
que os resultados das pesquisa também não são a realidade. A pesquisa é uma
fotografia, a gravação de um momento estático. Jamais será a realidade. Quando
se fala em margem de erro, para mais e para menos, é exatamente uma declaração
da falibilidade. Essa possibilidade do erro existe em qualquer pesquisa. Nada é
mais natural. Muito da credibilidade perdida seria recuperada se as pessoas
tivessem clareza de o que é uma pesquisa.
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OBS:
Post do dia 06/10/2014
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