terça-feira, 7 de outubro de 2014

Nenhuma pesquisa é a realidade

O resultado das eleições, de Norte a Sul do País, parece ter derrubado de vez a credibilidade dos institutos de pesquisa. E a descrença é tanta que chega a respingar nas "pesquisas científicas", como se uma pesquisa eleitoral não devesse sê-la. O problema é que há, também, o senso comum de que, por ser científica, a pesquisa se confunde com a realidade. É uma grande bobagem. Nenhuma pesquisa é a realidade, ou seja, consegue congelá-la. Tanto a pesquisa eleitoral quanto a pesquisa científica, são retratos imperfeitos da realidade baseados no passado. Não há 100 por cento de certeza em nenhuma pesquisa científica. Termo consciência da falibilidade das pesquisas, portanto, da Ciência, é a postura mais adequada para encararmos a realidade. Pesquisador ou cientista sério não falseia a realidade. No entanto, deve sempre deixar claro que os resultados das pesquisa também não são a realidade. A pesquisa é uma fotografia, a gravação de um momento estático. Jamais será a realidade. Quando se fala em margem de erro, para mais e para menos, é exatamente uma declaração da falibilidade. Essa possibilidade do erro existe em qualquer pesquisa. Nada é mais natural. Muito da credibilidade perdida seria recuperada se as pessoas tivessem clareza de o que é uma pesquisa.

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OBS: Post do dia 06/10/2014

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