Quem
nunca dirigiu embriagado, quem jamais olhou para a mulher ao lado, que atire a
primeira pedra. Digo isso para demonstrar meu total descontentamento com todas
as propagandas, de ambos os lados, que deixam o campo das propostas e passam
para ataques pessoais que, ao invés de servir como indicações para se escolher
em que votar, servem mesmo para deseducar. Se o candidato do PSDB é ciciado em
álcool, deve ser tratado. Assim como qualquer outro ser humano que sofra de
algum problema com drogas legais ou ilegais. Ou esquecemos que o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi, inúmeras vezes, acusado de ter dado uma
talagadas além da conta? Do ponto de vista educacional, digo que deseduca
porque, no máximo, o que se deve contestar, é a capacidade gerencial, ou de
Aécio Neves (PSDB) ou de Dilma Rousseff (PT). Quando uma campanha, de qualquer
dos lados caminha para ataques pessoais em função das fraquezas individuais,
divide o mundo entre os perfeitos e os imperfeitos. E cobra, dos
administradores, uma perfeição impossível de ser atingida. Talvez seja uma
tentativa de fazer valer a velha máxima:"a mulher de César não deve ser só
honesta, deve parecer honesta". Quem ocupa cargo público precisar entender
que hábitos diários precisam ser mudados em função do cargo que se ocupa. Mas
crucificar alguém por um comportamento doentio é cruel com a imperfeição
humana. Doentes precisam de tratamento. Mesmo que a doença do vício não
interfira no seu desempenho administrativo. Só assim educaremos nossas futuras
gerações para entenderem que o erro faz parte da natureza humana.
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