terça-feira, 7 de outubro de 2014

A aprendizagem centrada no estudante

É impossível se fazer a revolução do processo educacional de um País se os modelos pedagógicos continuarem centrados na figura do professor. Das diretrizes às estruturas curriculares, bem como dos regimentos às portarias, são raríssimas as exceções: quase tudo é centrado no professor ou na escola, no curso. Quando, no meu entendimento, a primeira grande revolução deveria ser mudarmos a perspectiva do olhar e centramos nossos esforços, nossos currículos, nossa base legal no processo e no estudante com um único fim: incentivarmos e gerenciarmos o sucesso e não o fracasso. E o fracasso começa na sala de aula pela visão tradicional do processo de educação. Ainda mantemos a mesma ideia de que o professor apresenta conteúdos, passa tarefas e o estudante que "se vire" para aprender. Modernamente, pelo menos na minha visão, deveria ser o contrário; os estudantes apresentariam problemas do dia-a-dia, nós os ajudaríamos a transformar em projetos (a velha e conhecida educação por projetos nunca efetivamente praticada) e cresceríamos junto com eles. Como a Educação é centrada na figura do professor, levamos o professor e seus pensamentos, sua forma de ver o mundo, para a vida. Quando deveria ser exatamente o contrário: os estudantes trariam a vida (seus projetos, suas angústias, suas aflições) para a sala de aula, para a universidade, e nós vos ajudaríamos a entendê-la. Será um caminho longo, cheio de pedras e desafios a serem vencidos. Mas, a única saída para uma Educação verdadeiramente libertadora, como preconizava Paulo Freire.


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