É
impossível se fazer a revolução do processo educacional de um País se os
modelos pedagógicos continuarem centrados na figura do professor. Das
diretrizes às estruturas curriculares, bem como dos regimentos às portarias,
são raríssimas as exceções: quase tudo é centrado no professor ou na escola, no
curso. Quando, no meu entendimento, a primeira grande revolução deveria ser
mudarmos a perspectiva do olhar e centramos nossos esforços, nossos currículos,
nossa base legal no processo e no estudante com um único fim: incentivarmos e
gerenciarmos o sucesso e não o fracasso. E o fracasso começa na sala de aula
pela visão tradicional do processo de educação. Ainda mantemos a mesma ideia de
que o professor apresenta conteúdos, passa tarefas e o estudante que "se
vire" para aprender. Modernamente, pelo menos na minha visão, deveria ser
o contrário; os estudantes apresentariam problemas do dia-a-dia, nós os
ajudaríamos a transformar em projetos (a velha e conhecida educação por
projetos nunca efetivamente praticada) e cresceríamos junto com eles. Como a
Educação é centrada na figura do professor, levamos o professor e seus pensamentos,
sua forma de ver o mundo, para a vida. Quando deveria ser exatamente o
contrário: os estudantes trariam a vida (seus projetos, suas angústias, suas
aflições) para a sala de aula, para a universidade, e nós vos ajudaríamos a
entendê-la. Será um caminho longo, cheio de pedras e desafios a serem vencidos.
Mas, a única saída para uma Educação verdadeiramente libertadora, como
preconizava Paulo Freire.
Visite
também o Blog Gilson Monteiro Em Toques
e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou
encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe! Comente! Seu comentário é fundamental para fazermos um Blog participativo e que reflita o pensamento crítico, autônomo livre da Universidade Federal do Amazonas.