A
ficha limpa foi um blefe
Uma
quimera, uma ilusão
E
hoje temos de escolher
Entre
o corrupto e a corrupção.
Quisera
eu poder votar
Em
candidato puro e honesto
Mas
a pureza parece estar
Apenas
em discurso e manifesto.
Os
programas de governo
São
peças de ficção
O
que cada um quer mermo
É
mamar nas tetas da mãe-nação.
Por
isso a cada dia
Sou
um eleitor mais cético
Feliz
eu até morreria
Se
votasse um honesto.
Como
político e honestidade
São
água e óleo, não se misturam
Sigo
a votar, com muita dó
A
escolher sempre o mal menor.
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