domingo, 30 de junho de 2013

Um prêmio construído ao longo dos anos

O Prêmio Luiz Beltrão de 2013, promovido pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) e ganho pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam) num disputa com organizações nacionais de peso acadêmico tem muito, inegavelmente, do esforço individual do professor Allan Rodrigues, que lutou para trazer o XXXVI Congresso da Intercom, pela segunda vez, para Manaus. Tem o esforço da Administração Superior da Ufam e do Departamento de Comunicação Social da Ufam (DECOM/Ufam) e é resultado, acima de tudo, do trabalho coletivo de cada um dos professores que, bravamente, lutaram para que o curso de Jornalismo fosse criado na Ufam, em 1969, e plantaram a semente deste Prêmio. Não posso esquecer dos saudosos Ruy Alencar, Narciso Lobo, Eramos Linhares e Flávio Farias. E. muito menos dos que estão vivos: Antônio José Vale da Costa e Walmir Albuquerque Barbosa, este último, meu orientador no Trabalho de Conclusão de Curso (TTC), responsável pela minha iniciação na Pesquisa.
Ouvi alguns estudantes dizerem que o Prêmio de Instituição Paradigmática ganho pela Ufam não corresponde à realidade. Será que quem vence uma disputa contra a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), o Obitel – ECA-USP, a Rádio UFSCar, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Universidade Presbiteriana Mackenzie não possui nenhum mérito? Ou são eles, os estudantes, que desconhecem a história da Ufam e do Curso do qual fazem parte? Muito provavelmente, esses estudantes não devem saber que foi a Ufam a primeira universidade do Norte do País a ter um Programa de Pós-graduação em Comunicação autorizado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Um prêmio desses deveria ser comemorado e funcionar como combustível para tornarmos a Ufam e os cursos de Jornalismo e Relações Públicas ainda melhores. Só quando conseguirmos, ao invés de negar, respeitar o trabalho do outro, seremos capazes de entender o valor simbólico e histórico de um Prêmio desses.

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Gatos, ratos e patos nas negociações com o Governo

Durante a minha carreira de 20 anos como professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), convivi com colegas de trabalho dos mais diversos matizes políticos. Principalmente quando participei do Comando Local de Greve (CLG) e do Comando Nacional de Greve (CNG). Foi uma das experiências mais ricas. Pude entender como se move o Governo Federal e como o Sindicato rebate com as mesmas armas: é um jogo de gato e rato que, ao final de tudo, quando um deles comete um erro, todos nós, professores, professoras e estudantes, "pagamos o pato". Dizem os "teóricos da negociação" que, em um processo desses um lado pede muito para levar, pelo menos, a metade do que pede. Do outro lado, as propostas são abaixo do que a categoria merece, para, no fim, o que se consegue, com a luta coletiva, como a greve, por exemplo, não ser uma vitória do Sindicato. Enfim, na disputa entre o Movimento Sindical e o Governo Federal, nosso patrão, ganha alguma coisa que joga melhor. Só que nesse jogo da negociação, joga melhor quem finge mais, quem mente mais. Não seria mais interessante se houvesse interesse, de ambas as partes, em verdadeiramente se negociar em bases reais? Penso que a Educação do País avançará quando os lados envolvidos tiverem como único objetivo a melhoria da própria Educação.

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OBS: Post do dia 29/06/2013

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Mídias Digitais: o maior desafio é a motivação

Há um ponto essencial no uso das Mídias Digitais em Educação, crucial, também, nos encontros presenciais: resolver o problema da motivação dos estudantes. Aliás, parece fazer parte do DNA do estudante o pessimismo: sempre cobra mais do que dá e acredita menos que devia na Instituição onde estuda. Nada é capaz de motivá-los como nós, os professores e professoras, sonhamos. Querem sempre o ideal em equipamentos e laboratórios mas, muitos deles, não se entregam com o mesmo afinco que cobram. O que quero dizer com isso? Simples! Nenhum experiência com as Mídias Digitais será exitosa se não tiver a motivação e a participação efetiva dos estudantes. De que adianta, por exemplo, montarmos uma sala de aula virtual se os estudantes não participarem, não tirarem dúvidas com os tutores? E se uma discussão, um debate, foram essenciais para uma disciplina? Só a participação efetiva dos estudantes suprirá o problema. Portanto, não se pode falar em Mídias Digitais se a escola for a do silêncio. Autonomia e participação são fundamentais para que se fale, efetivamente, no uso das Mídias Digitais na Educação.

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quinta-feira, 27 de junho de 2013

O marasmo a ser vencido na Educação

Antes de se penar em usar as Mídias Digitais na Educação é preciso vencer a postura de professores (e professores) e estudantes. Há uma tendência para a inércia, talvez preconceito, em relação ao uso das Mídias Digitais como suporte à sala de aula a ponto de, em algumas universidades, o acesso ao Twitter e ao Facebook ser bloqueado. Trata-se de uma tolice e uma visão equivocada sobre o processo sem precedentes. Se o professor (ou professora) não venceu a sua própria letargia e não se permite dialogar com o estudante, deve mesmo fugir das Mídias Digitais. Quem tem Complexo de Dionísio e considera que "sabe tudo", dificilmente terá condições de transformar o estudante em repositório de conteúdos, malmente lidos, na sala de aula tradicional, o que se dizer nas Mídias Digitais? Há, ainda, um receio em perder a vaga para o Facebook ou qualquer outra tecnologia que venha a surgir. Quem assim pensa não sabe que seus marasmo e letargia talvez sejam potencialmente mais perigosos do que as novas tecnologias. Usá-las, no entanto, como apoio didático, depende, acima de tudo, de uma mudanã radical de postura.

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quarta-feira, 26 de junho de 2013

Ufam vencer o Prêmio Luiz Beltrão 2013

Numa disputa com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), o Obitel – ECA-USP, a Rádio UFSCar, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Universidade Presbiteriana Mackenzie; a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) foi a vencedora do Prêmio Luiz Beltrão 2013 na categoria Instituição Paradigmática. O prêmio Luiz Beltrão de Ciências de Comunicação foi criado pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) "como forma de reconhecimento para pesquisadores e grupos de pesquisa que estejam se destacando no meio acadêmico. O troféu é concedido a quem produz trabalhos relevantes na área das ciências da comunicação e contribui para consolidar o prestígio das comunidades acadêmica e profissional brasileiras. A cerimônia de entrega das estatuetas ocorre anualmente durante o Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação." Este ano, a ceremônia de entrega do Prêmio ocorrerá no XXXVI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, que será realizado entre os dias 04 e 07 de setembro no Campus da própria Ufam. A Intercom entrega o troféu de Instituição Pragmática "aos cursos, departamentos, escolas, institutos, empresas, sindicatos, associações, ONGs ou órgãos públicos que tenham se notabilizado na área de pesquisa dos fenômenos comunicacionais", de acordo com o portal de divulgação nacional do evento.

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A disputa de egos que destrói a universidade

Ao ingressar na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em março de 1993, li, naquele mesmo ano, uma notícia publicada no Jornal Folha de S. Paulo chamou-me a atenção. Dava conta de que os professores da toda poderosa Universidade de São Paulo (Usp), gastavam mais da metade do seu tempo em brigas internas, ou seja, em disputas de egos. Agir desta forma dentro de uma organização, qualquer que seja, tem o mesmo efeito das ervas daninhas ou de um câncer: corrói por dentro até destruir por completo a organização e levá-la à morte. Talvez por ser uma organização que funciona como a habitação de muitos Dionísios, na categorização feita por Charles Handy, a universidade padece  deste mal mais do que qualquer outra organização. Há quem diga que o ódio semeado entre pares e colegas também funciona como combustível. Jogo no time da professora Maria Luíza Cardinale Baptista Rodrigues que defenda a amorosidade, o bem-querer-bem como base das relações na universidade. Frequentei, durante muito tempo, o outro lado: o do bateu levou. Bati, mas também, levei muita bordoada: da vida e de algumas pessoas. Trabalhar em prol da construção de um local de trabalho melhor, principalmente se este local for uma universidade, talvez seja o melhor caminho a seguirmos.

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OBS: Post do dia 25/06/2013

segunda-feira, 24 de junho de 2013

As premonições sobre o futuro da Internet

Tenho vontade de rir quando leio e ouço comentários de alguns professores que se consideram verdadeiros oráculos com opiniões a respeito da Internet e o que nela ocorre. Há teóricos que se enquadram na mesma categoria dos que adoram fazer "premonições sobre o futuro da Internet". Quero ver é fazerem Ciência? Publico, a seguir, dois parágrafos da minha tese " Por um clique: O desafio das empresas jornalísticas tradicionais no Mercado da Informação – um estudo sobre o posicionamento das empresas jornalísticas e a prática do jornalismo em redes, em Manaus", escrita em 2002 e defendida em 2003, ou seja, há 10 anos, na Escola de Comunicação e Artes Universidade de São Paulo (ECA-USP) sobre a Internet em Manaus e o que ela viria a ser no mundo. Ao que tudo indica, acertei em todas as análises. Se não, vejamos:
"No caso da banda larga, cujo acesso é feito através de uma rede de fibras óticas e cabos coaxiais, comparativamente com as tarifas telefônicas, o valor torna-se relativamente baixo. Em Manaus, por exemplo, um cliente da Horizon Serviços Digitais, para ter acesso a uma conexão dedicada de 64Kbps, precisa assinar o pacote mínimo de TV por cabo denominado “Pacote Express”, que custa R$ 18,00. Além disso, paga R$ 24,50 pelo Papalégua; R$ 29,40 pelo Provedor e R$ 15,00 de aluguel do Cable Modem. Portanto, para se ter acesso à Internet de banda larga, em Manaus, com a velocidade mínima, que é 64Kbps, e sem suporte técnico, por isso o pacote recebe o nome de “light”, o cliente desembolsa, mensalmente, a quantia de R$ 86,90. E esse valor deveria ser ainda menor se a Horizon seguisse em Manaus o que foi determinado em São Paulo. Lá, o Procon determinou a empresas que prestam serviços de Internet rápida utilizando a mesma estrutura da TV por cabos não podem cobrar pelo provimento de acesso. Assim, o valor total de R$ 86,90 cairia para R$ 57,50. O que a Telefônica propõe em São Paulo, e que deve se tornar regra, com pequenas variações, no Brasil inteiro, é uma tarifa única de R$ 19,90 para uso ilimitado da Internet por linha telefônica, através do provedor iTelefonica. Certamente haverá um realinhamento de preços no setor.
Quem duvida que, a partir do momento em que o serviço for oferecido, a competição na Internet brasileira, não se dará mais nos moldes atuais? E que ninguém duvide, e as empresas jornalísticas tradicionais não deixem de vislumbrar este cenário para um futuro não muito distante: as operadoras de telecomunicações, após consolidarem o negócio de provimento de acesso, necessariamente vão investir na coleta, produção e distribuição de conteúdo no Mercado da Informação. E vão fazer isso porque, como bem ressaltou DERTOUZOS, a tendência é o controle total do fluxo de informações. Quem garante que as empresas de telecomunicações não vão querer todo o processo de produção de conteúdos para a WEB? Certamente o farão, pois como disseram HOFFMAN e NOVAK, a WEB tem uma característica intrínseca: deixar de ser um canal de comunicação e marketing e passar a ser o próprio mercado." O que vejo hoje é muito professor fantasiado de teórico da Internet por ser mero usuário. Começo a pensar em publicar minha tese, produzida há 10 anos, cujos primeiros resultados no que apontei no estudo começam a se concretizar agora. À época, fui considerado por muitos um visionário. Hoje, tudo o que apontei na minha tese virou realidade. É como dizem os caboclos:"Respeitem as caras!".

Para referenciar:
MONTEIRO, Gilson. Por um clique: O desafio das empresas jornalísticas tradicionais no Mercado da Informação – um estudo sobre o posicionamento das empresas jornalísticas e a prática do jornalismo em redes, em Manaus. (Tese) 2002. Universidade de São Paulo (Usp). Escola de Comunicações e Artes (ECA) Doutorado em Ciências da Comunicação. São Paulo: 2003.

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domingo, 23 de junho de 2013

As lições do Taiti para o campo da Administração

Nas minhas aulas, uma das coisas que mais gosto é de usar o futebol como metáfora da vida. Mais ainda, como metáfora para as decisões administrativas. A primeira delas é a própria noção de time, de equipe. Poucas vezes, na história da humanidade, um time vencedor é formado apenas por craques. Uma boa equipe é formada por integrantes de vários perfis. Equilibrar esses perfis é o segredo para se ter uma equipe forte. Mas, o que o Taiti tem que ver com essa história? Simples. Costumo dizer, também, que, no Serviço Público, quando as pessoas não dominam a atividade, devem se comportar como aquele "zagueirão" que tem pouca habilidade mas é eficiente e nenhum treinador abre mão de um perfil desses. Ciente da pouca habilidade, zagueiros com esse perfil "espanam" para a direção do nariz. Como jogam de costas para o gol, dificilmente deixam que a bola chegue a ele (o gol). Eis a lição do Taiti para a administração em si e, principalmente, para a administração pública: simpatia, bom atendimento, polidez no trato. E, acima de tudo, Educação doméstica. Saco de pancadas na Copa das Confederações, o time do Taiti perdeu de 6 x 1 para a Nigéria, 10 x 0 para a Espanha e 8 x 0 para o Uruguai. Cientes das limitações, ainda saíram de campo abraçados com uma faixa, na qual se lia, em letras garrafais: "OBRIGADO BRASIL"! Muitos dos que foram às ruas protestar contra a má qualidade dos serviços públicos no Brasil eram servidores públicos. Será que são polidos, educados e humildes no trato com o povo, seus patrões, acima de tudo? É justo e legal se manifestar nas ruas. Mas, seria mais útil que justo, mirar-se no exemplo de humildade do Taiti e, cada um no seu setor, prestar um serviço ao público digno. Fazê-lo não é nenhum favor, como muitos pensam!

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sábado, 22 de junho de 2013

Investimentos em Educação: promessa é dívida

Um dos pontos do pronunciamento da Presidente Dilma Rousseff (PT) foi de que investirá 100% dos royalties do pré-sal em Educação. Neste caso específico, mais parece uma daquelas promessas feitas não para serem levadas a sério, mas, sim, para dar argumentos à militância. Deliberar se os gastos serão ou não inteiramente aplicados em Educação não é uma decisão soberana da Presidente. E, pelo que os políticos demonstraram até agora, tanto no trato cínico, quase com escárnio, da coisa pública, quanto na discussão sobre o próprio pré-sal, dificilmente passa pelo Congresso essa pretensão da Presidente. Como retórica para conter a revolta das massas, pode-se aceitar. No entanto, é preciso que o Palácio do Planalto mude o tom do discurso e do trato com os parlamentares quando o assunto for Educação. Caso contrário, acalma a revolta, mas, fica como foram as promessas para a Educação feitas pela própria Dilma Rousseff, quando era candidata, de que investiria na melhoria da remuneração dos professores. Pelo andar da carruagem, a inflação comerá o ganhos dos poucos professores e professoras das universidades, pois será finalizado somente em 2015. A sociedade e a categoria dos professores e professoras federais espera atos e não apenas promessas. Porque promessa é dívida, Presidente!

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sexta-feira, 21 de junho de 2013

Mídias Digitais alternativas mudam o perfil profissional

Nós, professores e professoras de jornalismo, temos o dever de repensar o processo de formação dos nossos estudantes nas universidades brasileiras. A mobilização do Movimento Passe Livre, ocorrida ontem, nos quatro cantos do Brasil, além de demonstrar o quanto o processo democrático brasileiro mudou de configuração, é uma lição para quem pratica o jornalismo tradicional. Até mesmo os donos dos conglomerados de comunicação devem ter percebido que há um novo padrão de cobertura no ar. Ao largo da mídia tradicional, comumente engessada e dependente de verbas públicas, surge uma mídia que pode ser enquadrada da categoria alternativa, que transita do Twtter ao Youtube, passando pelo Instagram e o Facebook, capaz de oxigenar a prática do jornalismo. Aliás, já recebe o nome de Mídia Cidadã, Mídia Participativa e quetais. No fundo, é uma multidão de usuários de celulares, especificamente smartphones, tabletes e máquinas fotográficas que filmam e transmitem ao mundo, ao vivo, o que bem entenderam. Por serem menos dependentes, são mais ágeis e transmitem o fato como ocorre. As imagens não possuem a mesma qualidade das produzidas por um profissional. Na configuração atual, no entanto, mais importa agilidade que a qualidade das imagens. Há que se repensar urgentemente o perfil do novo profissional de Comunicação, especialmente os jornalistas. Os fatos parecem comprovar isso.

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quinta-feira, 20 de junho de 2013

Ufam suspende atividades a partir das 12h

A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) suspendeu as atividades acadêmicas e administrativas hoje, dia 20 de junho de 2013, a partir das 12h. No Portal da Instituição há uma nota bem direta sobre o assunto: " A Reitoria da Universidade Federal do Amazonas comunica que, devido às manifestações programadas para o dia de hoje, 20/06, na cidade de Manaus, estão suspensas as aulas e as atividades administrativas nos períodos vespertino e noturno das unidades da Ufam em Manaus. O expediente encerrará às 12h". As manifestações começaram em São Paulo, com o aumento de R$ 0,020 no preço da passagem de ônibus e ganharam o nome de "Movimento Passe Livre". O mesmo nome começa a se espalhar pelo Brasil inteiro a partir das Redes Sociais. Apesar de lideranças partidárias e sindicais tentarem "se apoderar" do movimento, desta vez, a saída do povo às ruas parece ser similar ao que ocorreu em vários países. Para se ter uma ideia da força que o movimento ganhou, mais de 2 milhões de pessoas confirmaram presença nas manifestações do Rio de Janeiro, nas Redes Sociais. Como de praxe, muitos que confirmam a participação nem moram na cidade. Ainda assim, no Rio de Janeiro, mais de 100 mil pessoas foram às ruas. Em Manaus, a Ufam é a terceira universidade a anunciar a suspensão; Nilton Lins e Fametro já haviam anunciado a suspensão das atividades.

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quarta-feira, 19 de junho de 2013

A visão administrativa mesquinha nas universidades

Ao que parece, não existe no vocabulário das universidades brasileiras o termo racionalidade. Vive-se um período de mesquinharia acadêmica que passa pela inveja constante em relação ao trabalho do outro e culmina com uma sensação de posse. Algumas questões que me atormentam desde que ingressei na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em 1993: sou servidor do Departamento de Comunicação Social? Sou servidor do Instituto de Ciências Humanas e Letras (UCHL) ou sou servidor da Ufam? Aliás, a pergunta maior é: sou servidor público federal? A visão estritamente burocrática e cartesiana não deixaria dúvidas a ninguém: sou servidor do Decom da Ufam. Essa visão é de uma idiotia sem tamanho. Em verdade, sou servidor público federal. Se o governo do meu País precisar dos meus conhecimentos técnicos e me convocar, devo aceitar sem qualquer tipo de receio. Vincular um servidor ao local para o qual prestou o concurso público é uma visão tacanha de administração pública. Precisamos vencer essa barreira da mesquinhez e olhar para o todo. É a única maneira de fazermos a máquina amofinada se mexer.

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Os tolos teóricos da conspiração

Pode parece brincadeira, mas, ouvi, nos corredores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) que a mobilização de jovens indo às ruas para protestar contra o aumento da passagem de ônibus, contras as obras superfaturadas da Copa do Mundo e contra a corrupção que grassa no País "tem os militares por trás". É preciso ser muito alienado, ou um perfeito idiota, ou ambos, para acreditar que os militares brasileiros, depois de tanto tempo, conseguiram recuperar as forças e tirar os jovens (e as demais pessoas de todas as idades) das suas casas para protestar. O que esses teóricos do besteirol nunca quiseram nem estudar é o fenômeno das Mídias Digitais. Como, inicialmente, só se fazia, no Brasil ativismo de ponta de dedos, ficou a ideia de que o povo estava anestesiado. O que se tem desta vez é um movimento cujas caras não são pintadas (como na era Collor), mas que, também, não tem a cara dos partidos políticos nem das organizações sindicais, todas elas sob o jugo do Partido dos Trabalhadores (PT). Nem a gloriosa União Nacional do Estudantes (UNE) sai do casulo. Não avaliar corretamente o potencial das Mídias Digitais, especificamente das Mídias Sociais, parece ter sido o erro do Governo e dos chamados "estudiosos". Agora, diante do fenômeno, não sabem nem o que dizer ou fazer. Subestimar a inteligência coletiva talvez seja o maior erro do governantes. De nós, os pesquisadores, os erros também aparecem. Essa hipótese de os militares serem o vetor das manifestações é patética. Coisa de quem não conhece nem estuda as Mídias Digitais.

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OBS: Post do dia 18/06/2013

terça-feira, 18 de junho de 2013

A autonomia das universidades cortada ao meio

O Ministério da Educação (MEC) cortou ao meio a autonomia das universidades brasileiras. Não permite mais que, para os casos previstos em lei de substituição de um professor (ou professora), com 40 horas de trabalho semanais, sejam contratados dois professores substitutos de 20h. Até então, as universidades federais faziam o seguinte: para cada professor liberado, dois substitutos eram contratados. O MEC fazia vistas grossas para a determinação legal de que só podem ser contratados como substitutos o equivalente a 20% do total de professores da instituição. Acontece que, por determinação legal, o professor substituto só ministra aulas. E só é contratado para cumprir 20h semanais de atividades. As atividades de pesquisa e administrativas ficam a descoberto. Como as universidades não se prepararam para essa espécie de "mudança na perspectiva do olhar" do MEC, o que se tem é uma crise sem precedentes. Se, ao iniciar o período letivo, havia falta de professores, essa falta dobrou. As universidades fazem uma conta óbvia: se um professor exerce atividades de 40h, com dedicação exclusiva, só pode ser substituído, pelo menos, por dois professores de 20h. Como o MEC proibiu a medida, não há matemática que feche a conta. Os reitores e reitoras das universidades públicas brasileiras terão dificuldades para encontrar uma solução.

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OBS: Post do dia 16/06/2013

domingo, 16 de junho de 2013

O desafio de unir Ensino, Pesquisa e Extensão

No final do ano passado, a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) deu os primeiros passos na direção de implantar, efetivamente, a "santíssima trindade acadêmica" Ensino, Pesquisa e Extensão quando, em dezembro, foram criadas ações contínuas de extensão abrigadas sob o guarda-chuva dos Programas de Extensão. Funciona da seguinte forma: agora, na Ufam, há dois tipos de Programas Institucionais de Bolsas de Extensão (PIBEX). Os que fazem parte dos Programas e, por isso, são contínuos, e os que podem ser mudados ano a ano. O que faz a diferença? Quando as ações não podem ser descontinuadas, o professor coordenador apresenta o relatório a cada seis meses e solicita a renovação do PIBEX que, de acordo com a nova regulamentação, é automática. Aqueles professores e professoras que possuem ações de Extensão que não fazem parte dos Programas e são descontinuadas devem concorrer ano a ano. O novo formato começou a ser usado no início deste ano e só se pode fazer uma avaliação mais precisa com o passar do tempo. A modalidade de renovação automática pode ser a chave para que se consiga a efetiva indissociabilidade entre Ensino, Pesquisa e Extensão caso as pró-reitorias das respectivas áreas fazem um esforço para que as atividades possam ser desenvolvidas em conjunto. É um desafio dentro de qualquer universidade que queira fazer Ensino, Pesquisa e Extensão concomitantemente. Vale a pena enfrentá-lo!

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OBS: Post do dia 15/06/2013

sábado, 15 de junho de 2013

A santíssima trindade acadêmica: ensino, pesquisa e extensão

Considero crucial que a indissociabilidade Ensino, Pesquisa e Extensão não seja apenas uma letra morta do Decreto 5.773/06. É preciso que as universidades brasileiras não se limitem a cumprir o Decreto pró-forma. Em todas elas, o desafio é promover, efetivamente, o que resolvi denominar nesta postagem de "santíssima trindade acadêmica". E por que faço uma correlação com a santíssima trindade dos católicos? Pelo simples fato de que Pai, Filho e Espírito Santo em um só ser é uma questão dogmática, de fé: existe, mas, ninguém vê nem sabe explicar. Contenta-se em acreditar. Na universidade brasileira, a indissociabilidade Ensino, Pesquisa e Extensão tem a mesma característica da santíssima trindade católica: existe, porém, na prática, ninguém vê. É como se fosse um dogma acadêmico brasileiro: todos acreditam, mas, poucos a praticam. Um professor (ou professora) desenvolver um projeto de extensão, um projeto de pesquisa ou ter uma bolsa de monitoria (ou ministrar uma disciplina) na graduação, não significa que esteja a praticar a indissociabilidade entre Ensino, Pesquisa e Extensão. A indissociabilidade efetiva só ocorre quando as ações de Ensino, Pesquisa e Extensão possuem correlação, isto é, constam nos projetos pedagógicos dos cursos de graduação, relacionam-se com as pesquisa desenvolvidas nos programas de Pós-graduação e com as ações de extensão. Sem isso, o que se tem são trabalhos isolados, sem coesão, logo, não são indissociáveis. O desafio, portanto, é transformar essa indissociabilidade não em uma profissão de fé, mas, em políticas que induzam às ações efetivas e indissociáveis entre Ensino, Pesquisa e Extensão.

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OBS: Post do dia 14/06/2013

sexta-feira, 14 de junho de 2013

O lugar da Pós-graduação nas univerdades

Toda a estrutura da universidade brasileira é baseada na Pós-graduação, muito embora, na maioria delas, a Pós funcione como uma espécie de "puxadinho". Para quem não sabe, o "puxadinho" funciona como se fosse um anexo da casa, ou seja, pode ser retirado sem que a estrutura da casa seja abalada. Eis o problema de tratar a Pós-graduação como um "puxadinho": ela não pode ser retirada sem que a estrutura da casa, ou seja, da universidade, seja abalada. E porque não pode? Porque, de acordo com o Decreto 5.773/06, "As universidades se caracterizam pela indissociabilidade das atividades de ensino, de pesquisa e de extensão. São instituições pluridisciplinares de formação dos quadros profissionais de nível superior, de pesquisa, de extensão e de domínio e cultivo do saber humano, que se caracterizam por:
I - produção intelectual institucionalizada mediante o estudo sistemático dos temas e problemas mais relevantes, tanto do ponto de vista científico e cultural, quanto regional e nacional;
II - um terço do corpo docente, pelo menos, com titulação acadêmica de mestrado ou doutorado;
III - um terço do corpo docente em regime de tempo integral."
Para além disso, o Governo Federal, por meio de todas as suas agências de fomento e o mantenedor efetivo, o Ministério da Educação (MEC) avaliam o que é ou não universidade, pelo número de cursos de doutorado que possuem. É um erro estratégico dos mais graves, portanto, tratar a Pós como se fosse um mero anexo da instituição.

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OBS: Post do dia 13/06/2013

O que dizem os números da meritocracia acadêmica

Preocupam-me sempre as fórmulas e os números utilizados para "medir" quem tem e quem não tem mérito acadêmico na universidade brasileira. Tradicionalmente, o mérito é dado a quem publica pelo menos dois artigos a cada dois anos até o final do trimestre, quando a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) realiza as avaliações dos Programas de Pós-graduação no País. A pergunta é: não há vida além da Pós-graduação? Há sim. Sem nenhuma dúvida. Porém, não se pode conceber que um professor ou uma professora seja liberado (a) durante tempo que for necessário para defender sua dissertação ou tese, e volte para a universidade de origem para não produzir mais nada. Se os critérios meramente numéricos não são suficientes para medir o mérito acadêmico de um professor ou professora, o fato de não produzir mais nada ao longo dos triênios seguintes das suas vidas, após a obtenção do título, é preocupante. Talvez seja um indicador de que aquele profissional saiu para se qualificar, ou seja, para cursar mestrado e doutorado, não para agregar algo mais a si como profissional, muito menos para a Instituição que o financiou, logo, para a sociedade. Nos casos específicos de produção zero ou próxima do zero e a falta de atuação nos programas de Pós só me leva a imaginar que o professor ou professora que mantém essa postura, no fundo, principalmente no caso do doutorado, usou a qualificação simplesmente como estratégia para aumentar a remuneração. O que se dizer (ou pensar) de quem age dessa forma? Os números da meritocracia acadêmica são cruéis tanto pelo que revelam quanto pelo que podem esconder.

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OBS: Post do dia 12/06/2013

terça-feira, 11 de junho de 2013

O absolutismo contido em medidas democráticas

Todas as vezes que discuto o tema democracia recordo-me da primeira decisão tomada pelo povo, quando Pôncio Pilatos, prefeito da província romana da Judeia, exercia, também a função de juiz e, "lavou as mãos", deixando ao povo a decisão de crucificar ou não Jesus Cristo, ainda que estivesse convicto de que não havia como provar nada contra ele capaz de levá-lo à morte. A primeira incongruência no "ato democrático" de Pilatos é: deve, um juiz, convicto de que não há nenhuma prova contra o réu, deixá-lo ser levado a julgamento público? Ainda mais quando tem a convicção de que, se o fizer, o réu será condenado, embora inocente? O absolutismo da democracia pode levar a situações extremamente injustas, ou, na mais positiva interpretação, a um "faz-de-conta" histórico. Fiz toda essa espécie de "nariz-de-cera" como provocação para refletirmos sobre o capítulo de Alice nos País das Maravilhas que é a discussão com os estudantes do "Plano de curso", no primeiro dia de aula, exigência contida nos manuais absolutistas das democráticas decisões nas universidades brasileiras. A prática é passível de avaliação, muito embora a avaliação do professores pelo estudante, também não passe de um faz-de-conta. Afinal, se faz, de cara, no mais das vezes, a seguinte pergunta: "O professor (a) apresentou e discutiu o Plano de Curso com os estudantes do primeiro dia de aula?" Em todos os meus anos de Universidade Federal do Amazonas (Ufam), cumpro rigorosamente o tal item. Não lembro de ter despertado o interesse de nenhum estudante, desde 1993, para o Plano de Curso, que hoje prefiro denominar Plano de Aprendizagem. Nem mesmo alguma sugestão bibliográfica recebi. O que se tem é, na prática, um ritual puramente burocrático de cumprimento da exigência legal e regimental. Nunca defendi que o professor ou professora seja dono absoluto e pleno dos conhecimentos que envolvem a disciplina por ele ministrada. Muito menos dos métodos e metodologias. Mas, criar essa obrigatoriedade de discutir com os estudantes o Plano de Curso é o tipo de medida absolutista para parecer democrática. Obrigatoriamente sim, este plano deve ser profundamente discutido com uma pares, em um planejamento coletivo, inclusive, com a participação dos representantes dos estudantes, é um procedimento necessários e saudável. Fazer de conta que se discute o Plano de Curso, no entanto, é fingir ser democrático. O máximo que se tem feito, ao longo dos anos, é apresentar o Plano e redefinir algumas datas. Com o agravante de a sala de aula, no mais das vezes, estar esvaziada pela "crença" de que não se deve ministrar aulas na primeira semana, no início de cada período. Lastimável!

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Por uma puerigogia nas universidades

Ao ingressar no curso de Mestrado em Administração da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), deparei-me com a expressão "andragogia". Isso por volta de 1996. Até então, só ouvia falar tradicionalmente em Pedagogia, que tem origem na Grécia Antiga e é a junção dos termos paidós (criança) e agogé (condução). Pedagogia, portanto, significa a condução da criança. Credita-se à Malcom Knowles, a elaboração, na década de 70 da definição de Andragogia. Para ele, "é a arte ou ciência de orientar adultos a aprender". De forma mais geral, o termo é usado para significar "educação voltada para adultos". è uma contraposição, portanto, à Pedagogia, cujo foco original não as crianças. O educador Pierre Furter considera que andragogia "é um conceito amplo de educação do ser humano, em qualquer idade." Já a UNESCO utilizou o termo para significar "educação continuada". Aqui, portanto, atrevo-me a propor a existência da puerigogia, voltada exclusivamente para métodos e didáticas dedicadas à educação de adolescentes. O perfil do estudante universitário mudou sensivelmente. Hoje, nós, os professores (e professoras), não estamos preparados para lidar, nem didática, nem tecnicamente, com jovens na faixa dos 15 aos 17 anos. São adolescentes com a libido a mil, formados na era dos jogos eletrônicos e digitais (e dos livros na mesma plataforma), que chegam a uma escola extremamente tradicional em tudo. É preciso pesquisar e aprofundar uma forma de se relacionar com esses jovens, em sala de aula. A puerigogia se nos apresenta como auxiliar ao processo de ensino-aprendizagem desses jovens que ingressam nos primeiros período das universidades com 15 anos e com os quais temos pouca habilidade em lidar. Certamente um campo fértil para pesquisa, principalmente pelo ineditismo da proposta. Quem aceita o desafio de ser desbravador dessas terras nunca d´antes pisadas?

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OBS: Post do dia 10/06/2013

domingo, 9 de junho de 2013

A participação política do jovem é essencial

Durante anos combati, dentro da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), na qual trabalho desde 2003, o que chamei de tentativa de se implantar uma espécie de assepsia política. É essencial para o processo democrático, inclusive, uma oposição que não seja cega, que levante e aponte pontos falhos para qualquer administração melhorar. E isso só se consegue se a participação política for incentivada e não tolhida. Hoje, ao voltar à Igreja, de novo, deparei-me como um contido no Boletim O Domingo, que me fez voltar ao tema. É assinado, novamente, por Paula Cervelin Grassi, representante da Pastoral da Juventude no Conselho Nacional de Juventude. No boletim, o texto original é "Juventude e participação política". Eis o texto integral:"Certamente já escutamos e talvez até tenhamos repetido uma ideia corrente: a de que a juventude não está interessada em política. Fala-se, em muitos cantos, que jovens homens e mulheres são indiferentes à participação política e pouco se preocupam com a transformação social. Essas afirmações são simplistas e não compreendem o contexto histórico atual, distinto do de épocas passadas.
O protagonismo político da juventude prossegue e novas formas de participação são geradas. Persiste a atuação dos jovens nos espaços tradicionais, como o movimento estudantil e os partidos políticos, mas, nos últimos anos sua atuação avançou por diversos outros canais. A construção de um  mundo melhor passa também pelo acesso à cultura, pela justiça socioambiental e pela igualdade nas relações humanas. Surgem, assim, por exemplo, movimentos juvenis ligados às questões ecológicas, culturais e de gênero.
Além disso, a luta por políticas públicas para a juventude gerou novos espaços de diálogo com o Estado brasileiro, tais como fóruns, conselhos e conferências. A intervenção nas ruas, nas comunidades, nas escolas e no trabalho soma-se à mobilização institucional junto ao poder público.
Na última Conferência Nacional de Juventude em 2012, a garantia dos direitos da juventude, articulados à construção de um Brasil justo e igual, foi ponto central do debate. Movimentos e organizações juvenis presentes puseram em pauta o direito fundamental a uma vida plena e digna, ao desenvolvimento integra, à vida segura e à participação.
A luta pelo avanço e pela conquista dos direitos da juventude continua. Que as organizações coletivas construam ainda mais estratégias de participação e intervenção política nos diversos setores sociais organizados, buscando mobilizar a juventude para a garantia dos seus direitos." E, nas universidades brasileiras, que as mobilizações sejam virtuosas e em prol do bem de todos os que fazem parte da comunidade de cada uma das universidades brasileiras.

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sábado, 8 de junho de 2013

Professor não substitui nem pai nem mãe

Discussões sobre o núcleo familiar moderno à parte, há que se levar em conta algo fundamental: o desempenho escolar dos estudantes, em quaisquer dos níveis, é afetado, e muito, pelos problemas enfrentados na família. E há um erro gravíssimo cometido por muitas famílias: permitir que a figura do professor (ou professora) substitua a figura do pai ou da mãe. Princípios e valores são trazidos de casa. É pouco provável que a escola seja capaz de suprir as necessidades que não foram preenchidas no núcleo familiar. O valores fundamentais da vida em sociedade, quando existem, são passado pela própria sociedade e pela família. O Estado também é responsável, quando não cumpre a sua parte no processo complexo da formação moral de um ser humano. De que adiantam professores e professoras exemplares, uma família que vive sob a égide da honestidade, se a criança crescer em meio à corrupção e a impunidade? A má-formação, ou não, de pessoas é um processo. E neste processo, papéis são exercidos e não podem ser substituídos sem que haja rompimentos e baques na formação. Se cada um fizer a sua parte e, em seguida, cruzar os braços, pouco se avança. Nem sempre somos bem-sucedidos. Muitos se perdem pelo caminho. Persistência é essencial. A escola, professores e professoras e os pais, certamente, possuem o mesmo nível de importância no processo. E nenhum ocupa o lugar do outro.

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sexta-feira, 7 de junho de 2013

Educação se faz com salários, infraestrutura e compromisso

Dos problemas relacionados à Educação que aqui levantamos, em todos os níveis, três se nos apresentam como os primordiais a serem solucionados se, efetivamente, se quiser que o Brasil enfrente dignamente a questão: salários (dos professores e de todos os envolvidos no processo); infraestrutura e compromisso (também de todos os envolvidos no processo, principalmente do próprio poder público). E tem mais: o problema da melhoria da Educação no País não será solucionado se houver investimento apenas em uma dessas dimensões. É preciso que a política pública para a Educação tenha como foco as três dimensões concomitantemente. Professores e professoras devidamente motivados e compromissados, precisam ser bem remunerados e contarem com uma infraestrutura condigna para os resultados sejam sentidos. Caso não, ano a ano, professores e professoras, bem como o poder público, manterão a cantilena de que os investimentos são sempre menores do que deveriam. E, talvez, os sejam. No entanto, sem investir pesadamente nesta tríade, nem os primeiros passos à frente serão dados. Sem boa remuneração dos profissionais, que sejam compromissados, e uma infraestrutura de sala de aula e laboratorial, não se faz Educação de qualidade.

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quinta-feira, 6 de junho de 2013

Ufam e PPGCCOM finalistas do Prêmio Luiz Beltrão

A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e o Programa de Pós-graduação em Ciências da Comunicação (PPGCCOM) da própria Ufam, o primeiro do Norte a ser autorizado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), são finalista do Prêmio Luiz Beltrão 2013, da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom). A Intercom esclarece, na apresentação do Prêmio: "O prêmio Luiz Beltrão de Ciências de Comunicação foi criado como forma de reconhecimento para pesquisadores e grupos de pesquisa que estejam se destacando no meio acadêmico. O troféu é concedido a quem produz trabalhos relevantes na área das ciências da comunicação e contribui para consolidar o prestígio das comunidades acadêmica e profissional brasileiras. A cerimônia de entrega das estatuetas ocorre anualmente durante o Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação." Este ano, o XXXVI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação acontece, do dia 04 a dia 07 de setembro de 2013, na Ufam. Não é a primeira vez que a Ufam concorre ao Prêmio Luiz Beltrão. Em 2008, o professor do Departamento de Comunicação Social (Decom) da Ufam, Gilson Monteiro, ficou entre os cinco finalistas na categoria de Liderança Emergente. No mesmo ano, o Grupo de Estudos e Pesquisas em Ciências da Comunicação, Design e Artes (Interfaces), por ele liderado, também disputou entre os cinco finalistas na categoria Grupo Inovador, a mesma categoria que o PPGCCOM da Ufam, proposto pelo Interfaces, concorre em 2013. Em 2011 o professor Gilson Monteiro voltou a figurar entre os finalistas da categoria Liderança Emergente, numa clara demonstração de que o trabalho desenvolvido pela Ufam na região Norte tem reconhecimento nacional, muito embora, o prêmio ainda não tenha vindo para a Ufam nem para a Região Norte. Com a realização do Congresso da Intercom pela segunda vez na Ufam, espera-se que a Instituição seja agraciada com o prêmio pelo menos em uma das categorias.

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quarta-feira, 5 de junho de 2013

O desafio de tornar a sala de aula atraente

À parte a falta de compromisso abordada ontem neste espaço sob o título de "A primeira semana de (não ter) aulas", há outro problema fundamental: o espaço físico. Não é de hoje que afirmo: a sala de aula tradicional é o pior espaço para o processo ensino-aprendizagem. E, certamente, é o espaço que menos avançou no mundo Pós-moderno. O máximo que se tem, quando se tem, é uma lousa digital. Na quase totalidade das salas de aulas das universidades brasileiras, públicas ou particulares, o quadro branco é o maior sinal de avanço. Ainda assim, com todo o avanço do quadro, há o atraso da falta de educação de alguns colegas professores que vão embora e o deixam com todo o conteúdo que ministraram escrito. Talvez, por não receberem o apagador. Ou, quando recebem, terminam por esquecê-lo constantemente. Pior ainda, quando, ao invés de usarem o marcador para quadro branco, usam o pincel atômico comum. Há algumas instituições particulares que possuem o projetor de multimeios em todas as salas e ar-condicionado. Outras, possuem o projetor com ventiladores. Algumas, particulares e públicas, mal conseguem manter os espaço físico, em boa ventilação, e com carteiras extremamente desconfortáveis. E, nessas cadeiras, o estudante é obrigado a assistir aulas, às vezes, extremamente tradicionais, baseadas em fichas amarelíssimas de tão velhas. Imaginemos se, em um ambiente desses, o professor (ou professora) não tiver muita vontade de trabalhar, nem os estudantes de estudar? O desafio, quase hercúleo, é transformar um ambiente desses, com todas as dificuldades estruturais, em um espaço atraente e de criatividade. Sinceramente? Não sei se temos forças para conseguir!

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terça-feira, 4 de junho de 2013

A primeira semana de (não ter) aulas

Um colega professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), que ministrou aula ontem, no primeiro dia do primeiro período letivo de 2013, relatou-me que alguns estudantes da turma dele disseram que ele "gosta de aparecer", por ter ministrado aula. Já a filha de uma amiga reclamava que não teve nenhum dos tempos de aulas previstas, também, ontem. São as faces de uma mesma moeda chamada "comprometimento". Há muito, parece existir uma regra não escrita: não se pode ministrar aulas na primeira semana. É a cínica cultura do antigo "pacto da mediocridade": professores (e professoras) fingem que ensinam, estudantes fingem aprender, todos são muito bem avaliados e a vida acadêmica continua como uma peça de teatro na qual os artistas são todos canastrões. É lastimável que, de um lado, o professor esteja predisposto a ministrar aulas desde o primeiro dia e seja visto pelos estudantes como alguém que "quer aparecer". Uma comprovação tácita da falta de compromisso dos estudantes daquela turma, ou, na melhor das hipóteses, daqueles que fizeram comentário tão infeliz. Do outro lado, infelizmente, um estado inoperante que oferece vagas nas universidades sem que existam professores suficientes (em números) ou comprometidos em ministrar aulas desde o primeiro dia. Com isso, professores substitutos (no fundo trabalhadores temporários) são contratados. A autorização para esses contratos, no entanto, nunca acontece antes do início dos períodos letivos. Vive-se a contradição de uns que podem estudar e não querem e outros que adorariam ter aulas desde o primeiro dia, mas, não podem. Lastimável!

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segunda-feira, 3 de junho de 2013

O jornalismo meia-boca e o jornalismo de boca inteira

Divirto-me e me preocupo quando leio discussões sobre a prática do jornalismo reduzidas a expressões tais como "jornalismo meia-boca" para se referir à prática do jornalismo atual ou para se fazer contraposições ao que se convencionou chamar de jornalismo multimídia. Como sou defensor da denominação Mídias Digitais, diria que não se trata de jornalismo multimídia, mas, de jornalismo em redes digitais, ou, jornalismo para as Mídias Digitais. À parte a taxionomia, o que me preocupa muito mais é o maniqueismo acadêmico de tais expressões. Falar em jornalismo meia-boca é como se criar o par correlato "jornalismo de boca inteira": expressão que significaria o jornalismo bem praticado, bem feito. Quem produz conteúdos para as Mídias Digitais não pode ser denominado, de forma reducionista, meramente jornalista. É um profissional multifacetado, que precisa ter conhecimentos, não-rasos, de todas as áreas da Comunicação, mas também, das áreas de Ciência da Informação e Ciência da Computação. Por mais que os puristas, os defensores do jornalismo de boca inteira tentem se remoer nos sarcófagos, há uma tendência mundial que não será revista porque os faraós do jornalismo tradicional esperneiem. Esses, aliás, fazem isso, certamente, por pura ironia. Não creio que sejam tão ingênuos a ponto de não reconhecerem que, na estrutura atual do capitalismo, sonhar com a prática do jornalismo de boca inteira é pura utopia. Desde que Émile de Girardin descobriu a fórmula de sustentar os jornais por meio dos anúncios, não se faz outra coisa, na prática do jornalismo, do que dobrar os joelhos diante dos capitalistas (anunciantes). Nem em tese, nem na prática, há jornalismo de boca inteira. Há muito, o que se faz, é um nojento jornalismo meia-boca!

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domingo, 2 de junho de 2013

O dilema do local versus o global na Educação

Há um dilema no processo de Globalização desde os primórdios: como ser global sem perder as características essenciais de ser local? É uma equação muito mal resolvida até hoje pelas empresas. Desde que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) passou a ser usado como base para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) o mesmo dilema parece se nos apresentar: como realizar um exame nacional e preservar os conhecimentos regionais? O que se tem, em verdade, é uma homogeneização do processo ensino-aprendizagem, sem, no entanto, se preservar as questões regionais. Particularmente, penso que a ideia de uma exame nacional não é das piores. E faria um bem danado, exatamente para mitigar as questões regionais, se, de cada região, informações fossem selecionadas para que o País inteiro passasse a conhecê-las. Talvez, assim, disparidades fossem evitadas e o dilema entre o nacional e o local fosse resolvido. Por outro lado, o Enem perderia toda a sua essência se passasse a conter adaptações a partir de cada região. Só faz sentido, portanto, se for um "instrumento" capaz de levar conhecimentos regionais para o olhar nacional. Não tenho a solução de como operacionalizar o processo, mas, é uma ideia que, certamente, não deve ser jogada fora.

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sábado, 1 de junho de 2013

USP entre as 200 melhores do mundo

Quando fiz meu Mestrado em Administração na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP) éramos instados a dizer que estudávamos em "uma das melhores da América Latina". Como o brasileiro adora essas listas das melhores denominada ranking, sempre busca essas "colocações" para ter um termo de comparação, muito embora, nem sempre, as comparações possam ser feitas a partir dessas listas. Recentemente, no ranking inglês THE (Times Higher Education).a USP aparece em 158º lugar em uma lista com as 400 melhores universidades do mundo. Das universidades da América Latina, a USP é a única que aparece. Por inferência, isso leva a crer que "a fala" a nós passada nos corredores da FEA era correta. Pela qualidade do processo de ensino-aprendizagem, certamente, a USP está mesmo entre as melhores da América Latina, se não for a melhor. Listas à parte, é preciso que se tenha algum tipo de parâmetro para comparar as universidades brasileiras e se investir na melhoria da qualidade no todo e não apenas na mera produtividade dos professores. As condições de trabalho são fundamentais para que se faça efetivamente Ensino, Pesquisa e Extensão de forma indissociável. E é um dos itens que mais interferem na qualidade das instituições superiores.

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O terrorismo acadêmico de início de período

É curioso como pessoas que não possuem efetivamente nenhum compromisso com uma universidade pública, de qualidade e socialmente referenciada se aproveitam do início do período letivo para praticar uma espécie de "terrorismo acadêmico": especulam sobre o ingresso em greve dos professores e professoras das universidades federais. Especificamente, espalham que a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) entrará em greve logo no início do período letivo. Esses irresponsáveis tratam a greve como se fosse uma brincadeira dos professores e professoras. É como se o movimento paredista fosse uma opção da categoria "por não trabalhar" e ocorresse com data marcada. É uma visão míope da greve, baseada apenas nos interesses particulares (e individuais). Esquecem que a luta por melhores salários e condições de trabalho é coletiva. Um passo à frente para melhorar a própria universidade brasileira. Não se faz greve com um calendário pré-definido delas. Não se faz greve por fazê-la. Não se é irresponsável a este ponto. Quem faz esse tipo de terrorismo nos trata como se fossemos irresponsáveis. Greve não é a expressão do desejo individual. Ou de meia dúzia de irresponsáveis. Quem transforma a greve dos professores e professoras em piada deve repensar a prática e nos tratar com respeito. É o mínimo que se deve exigir dos nossos estudantes que, um dia, certamente, irão se transformar em profissionais.

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OBS: Post do dia 31/05/2013