Ao ingressar no curso de Mestrado em Administração
da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São
Paulo (FEA-USP), deparei-me com a expressão "andragogia". Isso por
volta de 1996. Até então, só ouvia falar tradicionalmente em Pedagogia, que tem
origem na Grécia Antiga e é a junção dos termos paidós (criança) e agogé
(condução). Pedagogia, portanto, significa a condução da criança. Credita-se à
Malcom Knowles, a elaboração, na década de 70 da definição de Andragogia. Para
ele, "é a arte ou ciência de orientar adultos a aprender". De forma
mais geral, o termo é usado para significar "educação voltada para
adultos". è uma contraposição, portanto, à Pedagogia, cujo foco original
não as crianças. O educador Pierre Furter considera que andragogia "é um
conceito amplo de educação do ser humano, em qualquer idade." Já a UNESCO
utilizou o termo para significar "educação continuada". Aqui,
portanto, atrevo-me a propor a existência da puerigogia, voltada exclusivamente para métodos e didáticas
dedicadas à educação de adolescentes. O perfil do estudante universitário mudou
sensivelmente. Hoje, nós, os professores (e professoras), não estamos
preparados para lidar, nem didática, nem tecnicamente, com jovens na faixa dos
15 aos 17 anos. São adolescentes com a libido a mil, formados na era dos jogos
eletrônicos e digitais (e dos livros na mesma plataforma), que chegam a uma
escola extremamente tradicional em tudo. É preciso pesquisar e aprofundar uma
forma de se relacionar com esses jovens, em sala de aula. A puerigogia se nos apresenta como auxiliar
ao processo de ensino-aprendizagem desses jovens que ingressam nos primeiros
período das universidades com 15 anos e com os quais temos pouca habilidade em
lidar. Certamente um campo fértil para pesquisa, principalmente pelo ineditismo
da proposta. Quem aceita o desafio de ser desbravador dessas terras nunca
d´antes pisadas?
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OBS:
Post do dia 10/06/2013
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