À parte a falta de compromisso abordada ontem neste
espaço sob o título de "A
primeira semana de (não ter) aulas", há outro problema fundamental: o
espaço físico. Não é de hoje que afirmo: a sala de aula tradicional é o pior
espaço para o processo ensino-aprendizagem. E, certamente, é o espaço que menos
avançou no mundo Pós-moderno. O máximo que se tem, quando se tem, é uma lousa
digital. Na quase totalidade das salas de aulas das universidades brasileiras,
públicas ou particulares, o quadro branco é o maior sinal de avanço. Ainda
assim, com todo o avanço do quadro, há o atraso da falta de educação de alguns
colegas professores que vão embora e o deixam com todo o conteúdo que
ministraram escrito. Talvez, por não receberem o apagador. Ou, quando recebem,
terminam por esquecê-lo constantemente. Pior ainda, quando, ao invés de usarem
o marcador para quadro branco, usam o pincel atômico comum. Há algumas instituições
particulares que possuem o projetor de multimeios em todas as salas e
ar-condicionado. Outras, possuem o projetor com ventiladores. Algumas,
particulares e públicas, mal conseguem manter os espaço físico, em boa
ventilação, e com carteiras extremamente desconfortáveis. E, nessas cadeiras, o
estudante é obrigado a assistir aulas, às vezes, extremamente tradicionais,
baseadas em fichas amarelíssimas de tão velhas. Imaginemos se, em um ambiente
desses, o professor (ou professora) não tiver muita vontade de trabalhar, nem
os estudantes de estudar? O desafio, quase hercúleo, é transformar um ambiente
desses, com todas as dificuldades estruturais, em um espaço atraente e de
criatividade. Sinceramente? Não sei se temos forças para conseguir!
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!
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Um belo dia, um professor decidiu deixar o quadro para o próximo colega apagar, então a corrente se perpetuou. Eis a origem.
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