Nós, professores e professoras de jornalismo, temos o dever de
repensar o processo de formação dos nossos estudantes nas universidades
brasileiras. A mobilização do Movimento Passe Livre, ocorrida ontem, nos quatro
cantos do Brasil, além de demonstrar o quanto o processo democrático brasileiro
mudou de configuração, é uma lição para quem pratica o jornalismo tradicional.
Até mesmo os donos dos conglomerados de comunicação devem ter percebido que há
um novo padrão de cobertura no ar. Ao largo da mídia tradicional, comumente engessada
e dependente de verbas públicas, surge uma mídia que pode ser enquadrada da
categoria alternativa, que transita do Twtter ao Youtube, passando pelo
Instagram e o Facebook, capaz de oxigenar a prática do jornalismo. Aliás, já
recebe o nome de Mídia Cidadã, Mídia Participativa e quetais. No fundo, é uma
multidão de usuários de celulares, especificamente smartphones, tabletes e máquinas
fotográficas que filmam e transmitem ao mundo, ao vivo, o que bem entenderam.
Por serem menos dependentes, são mais ágeis e transmitem o fato como ocorre. As
imagens não possuem a mesma qualidade das produzidas por um profissional. Na
configuração atual, no entanto, mais importa agilidade que a qualidade das
imagens. Há que se repensar urgentemente o perfil do novo profissional de
Comunicação, especialmente os jornalistas. Os fatos parecem comprovar isso.
Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei
aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!
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