domingo, 31 de maio de 2015

Painel da Memorália Moysés Israel

Ele doou os terremos para a instalação da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e do Centro Tecnológico do Amazonas (CETAM) em Itacoatiara. Hoje deixou aos meus leitores e leitoras uma painel de fotos do evento de ontem de inauguração da Memorália Moyséis Benarrós Israel no Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia (ICET) da UFAM, em Itacoatiara.








Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sábado, 30 de maio de 2015

Moysés Israel: nosso maior patrimônio

“Um cheiro carinhoso no coração de um dos homens mais bondosos que já conheci na vida”. Eis a mensagem que deixei, hoje, no mural da Memorália Moysés Benarrós Israel, inaugurada, às 11h40, no Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia (ICET), da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), em Itacoatiara. Minha convicção de que Moysés Israel é um homem bondoso não é de hoje. Ao retornar a Manaus no intervalo entre o Mestrado e o Doutorado na Universidade de São Paulo, no final de 1998, visitei o senhor Moysés Israel, no Instituto Euvaldo Lodi, com quem tivemos frutífera parceira, quando fui chefe do Departamento de Comunicação Social da UFAM, logo no início da minha carreira acadêmica. Sempre tivemos uma convivência amistosa. Gostava de conversar com ele pelo brilho nos olhos ao falar de Educação. Nas conversas que tivemos entre o final de 1998 e o início de 1999, ele me dizia: “A UFAM é o nosso maior patrimônio”. Meu sonho é encher a cidade de outdoors com este slogan:”UFAM: nosso maior patrimônio”. Não me lembro exatamente quando ele conseguiu realizar o seu sonho que acalentou ao longo dos anos. Hoje ele diz que foi para os 100 anos da UFAM. Tenho certeza de que ele comentara bem antes este (e tantos outros sonhos) nas nossas conversas no IEL. Além da área que sua residência em Itacoatiara, que se transformou na “Memorália Moysés Isral”, inaugurada hoje, ele deu à UFAM um slogan, bem imaterial. Mais uma prova da sua bondade. Principalmente em relação à UFAM. Fiz questão de ir a Itacoatiara homenageá-lo, com carinho, porque, mesmo sem conviver proximamente, tornei-me fã da sua bondade e generosidade: ”Parabéns, seo Moisés”. O senhor é o nosso maior patrimônio.

Sede após o discurso emocionado em Itacoatiara

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

As contradições da democracia

Ser democrático, ao longo da história, não necessariamente significa respeitar as diferenças e o outro. Ao contrário, nas principais democracias, o que se tinha era um governo exercido pelas elites. Vejamos o que diz a mais famosa enciclopédia da era moderna, a Wikipédia, sobre a democracia na Grécia Antiga: “No sistema político da Atenas Clássica, por exemplo, a cidadania democrática abrangia apenas homens, filhos de pai e mãe atenienses, livres e maiores de 21 anos, enquanto estrangeiros, escravos e mulheres eram grupos excluídos da participação política. Em praticamente todos os governos democráticos em toda a história antiga e moderna, a cidadania democrática valia apenas para uma elite de pessoas, até que a emancipação completa foi conquistada para todos os cidadãos adultos na maioria das democracias modernas através de movimentos por sufrágio universal durante os séculos XIX e XX.” Como regime político, se o teu passado não te condena, senhora Democracia, ao menos demonstra contradições incomensuráveis.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

No neoreino de Maniqueu

Desde o resultado das eleições que o Brasil parece ter optado por ressuscitar uma doutrina surgida no Século III da Era Cristã, que se transformou em religião: o maniqueísmo. O persa Mani ou Manes, ficou consagrado como Maniqueu e deu origem ao maniqueísmo, uma espécie de seita religiosa com adeptos na Índia, China, África, Itália e Sul da Espanha. Para Maniqueu e seus seguidores, o universo é resultado de dois princípios antagônicos: Deus como o bem absoluto e o Diabo como o mal absoluto. A política, no País, em todos os níveis, parece ter descambado para esta direção: quem estiver do meu lado é o bem absoluto e quem estiver contra mim é o mal absoluto. Equivocadamente, os dois lados dizem defender a democracia como regime de governo. Em verdade, os dois lados são absolutistas, reacionários e jamais respeitam as diferenças como tanto pregam. No neoreino absoluto de Maniqueu, quem discorda é satanizado. Tudo o que é conquista, tudo o que foi feito de bom é resultado do trabalho dos “bons”, dos dedicados. Quem deles discordar representa o mal. No neoreino de Maniqueu não há espaço para a Democracia, para o respeito às diferenças. É um reino de presepeiros e presepadas.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Quem diz o que quer...

Tenho alertado, em várias postagens neste espaço, que o fato de defender a liberdade (quiçá plena) nas Mídias Digitais não significa que se possa dizer o que se quer sem que se responda por isso. Quando defendo a liberdade plena ressalto que é fundamental se ter a dimensão da responsabilidade que é “dizer o que se quer”. Um estudante da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) corre o risco de pagar R$ 50 mil por danos morais coletivos em função de uma publicação discriminatória no Facebook em dezembro de 2013. E o que é pior para a UFSC. A universidade é ré na ação ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF) em função de ter o nome institucional na página na qual a publicação do estudante foi veiculada. O velho ditado “quem diz o que quer ouve o que não quer” talvez seja mudado para “quem diz o que quer paga o que não quer”.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

terça-feira, 26 de maio de 2015

A avaliação do extraordinário desempenho

A universidade brasileira tem sérios problemas em avaliar o que estabelece o parágrafo segundo do Art. 47 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN): ”Os alunos que tenham extraordinário aproveitamento nos estudos, demonstrado por meio de provas e outros instrumentos de avaliação específicos, aplicados por banca examinadora especial, poderão ter abreviada a duração dos seus cursos, de acordo com as normas dos sistemas de ensino.” Certamente, como resultado de uma visão equivocada de medição, ao invés de avaliação. Quando a discussão bem à tona, os argumentos contrários são sempre daqueles que querem indicadores, formas de medir e não formar de avaliar. Indicadores são apenas alguns dos elementos do processo de avaliação. Números são indicadores, notas são indicadores, mas, não são tudo. O processo de avaliação é mais complexo. Envolve, inclusive, credibilidade dos que avaliam. É bem provável que o grande problema não seja reconhecer o “extraordinário aproveitamento nos estudos”, mas, a formação de uma banca examinadora especial. Haverá sempre uma desconfiança em relação aos membros da banca. Esse sim, ao que tudo indica, é o problema. Mas, temos de avançar e aprender a reconhecer o “extraordinário aproveitamento nos estudos” de quem o demonstrar. Será melhor para a universidade e para a própria universidade.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

segunda-feira, 25 de maio de 2015

O acolhimento pela Educação

Estive a rever notícias antigas sobre o desempenho de estudantes da Fundação Casa, cheguei a uma fácil conclusão: só a Educação é capaz de promover o acolhimento necessário à reintegração de jovens à vida em sociedade. A Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (FUNDAÇÃO CASA/SP) era chamada antes de Fundação Estadual para o Bem Estar do Menor (FEBEM). É uma autarquia fundacional (pessoa jurídica de direito público) criada pelo Governo do Estado de São Paulo. E, por mais que critiquem, cria condições sim para que menores sejam reintegrados à vida em sociedade. Para se ter uma ideia, no ano passado, 542 internos da Fundação Casa conseguiram passar para as finais das Olímpiadas de Matemática. No mesmo ano, um interno da Fundação se tornou finalista de um Concurso Nacional de Poemas. Acredito piamente que ações socioeducativas são mais importantes para reeducar as pessoas do que jogá-las em prisões como querem os que defendem a redução da maioridade penal. Acolhimento, amorosidade e carinho são as chaves para se transformar as pessoas. Com o tempero da Educação, meninos são capazes de voltar ao convívio social. Eu acredito!


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

domingo, 24 de maio de 2015

A universidade não forma técnicos

Há, inclusive entre os próprios membros da comunidade universitária, um problema de identidade que, pelo jeito, nunca se resolve: o perfil dos egressos. A comunidade equivocadamente cobra que a Universidade forme técnicos para o mercado. Em Manaus, a cobrança é ainda maior: a Universidade Federal do Amazonas (UFAM) deve formar mão de obra qualificada para o Polo Industrial de Manaus (PIM). Equivoco, erro crasso, falta de conhecimento sobre o papel da universidade. A universidade deve formar pensadores, cientistas, empreendedores. Deve formar sim, inclusive, para o PIM, dirigentes, pessoas que trabalhem no nível estratégico. Pelo perfil híbrido dos formados, que não deixam de aprender, ainda que de forma pouco profunda, técnicas, a universidade também pode formar para o nível tático. Mas, quem quiser profissionais para o nível operacional não podem buscá-los na universidade, portanto, na UFAM. Antes de cobrar das universidades, assim sendo, da UFAM, as pessoas devem ampliar o universo das leituras e da visão sobre o papel da universidade. Para não quererem da UFAM o que ela não pode dar.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sábado, 23 de maio de 2015

Como o dedo-duro virou delator

Sou de um tempo em que ser dedo-duro era uma das mais vergonhosas qualidades que alguém poderia ter. Nem entre os irmãos se aceitava que um dedurasse o outro. Nasci em 1963, um ano antes do golpe militar, e ser dedo-duro naquela época era pôr na guilhotina a cabeça dos colegas que lutavam contra o regime. Com o passar do tempo e a democratização do País, ser dedo-duro mudou sensivelmente de significado. Inclusive para se evitar trabalhos de investigação mais aprofundados, virou moda recorrer à delação premiada. Com isso, ser dedo-duro mudou de patamar. Agora, dedo-duro é quem colabora com o Ministério Público em troca de redução na pena. Uma prova de que a Língua é dinâmica e as palavras mudam de significado ao longo do tempo. Eu, no entanto, até hoje ainda não me acostumei com os dedos-duros.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

O transtorno bipolar na Educação

Às vezes chego a me perguntar se a Educação brasileira não padece de uma espécie de “transtorno bipolar”. Quando mais sonhamos como momentos de euforia, vem o Governo Federal e nos joga um balde de água tão fria. Logo após as eleições, ao anunciar o lema “Pátria Educadora”, se ficou com a impressão de que, ajustes ficais à parte, a Educação passaria incólume. Hoje, quando finalmente foi anunciado o tamanho do “ajuste”, sabe-se, oficialmente, que o corte foi de R$ 9 bilhões. É um momento de depressão coletiva que, certamente, potencializará, reações de Norte a Sul do País. Particularmente, estou no período de mau humor, depois da notícia. Que pode chegar a uma depressão profunda. Espera-se, portanto que, como no caso do “transtorno bipolar”, o período de baixa não demore muito. Para o bem de todos.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

A amorosidade como ação afirmativa

Talvez a maior ação afirmativa que se possa implementar em uma universidade pública seja a amorosidade como regra. No sentido que prega Maria Luiza Cardinale Baptista: do bem-querer-bem em todos os sentidos. Inclusive nas práticas pedagógicas relativas ao processo de aprendizagem. Só assim conseguiremos, efetivamente, por em pratica quaisquer políticas de ações afirmativas que sejam decididas nas instituições. Porque, acima de tudo, as ações afirmativas são ações educativas. Portanto, que carecem de amorosidade por si. Tenhamos em mente, então, a necessidade de que a técnica não seja o único foco do processo de aprendizagem. Mas, acima de tudo, a amorosidade como meta de incluir as pessoas porque, só assim, elas se sentirão acolhidas. É um desfio de mudança de foco pedagógico. Mas, ganha novo sentido para a Educação em todos os níveis.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quarta-feira, 20 de maio de 2015

A gratuidade nas universidades

Há algo que me parece cada vez mais discutível nas universidades brasileiras: será que todos os serviços devem ser grátis? Não tenho a resposta definitiva. Mas, há pontos que me parecem merecer reflexão. O reconhecimento de diploma emitido por instituição estrangeira, por exemplo, é um tipo de serviço que deve ser grátis? Não me parece razoável transferir para a sociedade despesas relativas a um serviço que é individual. Reconhecer diplomas emitidos por instituições estrangeiras não é dever do Estado, logo, não deveria ser gratuito. Como este, há inúmeros outros serviços que, no mínimo, as pessoas deveriam ressarcir o erário. Que o Ensino deve ser gratuito, não tenho dúvidas. Mas, preciso ser convencido de que todos os tipos de serviços, nas universidades, não devem ser pagos.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

terça-feira, 19 de maio de 2015

A inclusão pelo acolhimento

Uma das formais mais eficazes de se enfrentar o desempenho sofrível de estudantes que ingressam na Educação Superior do País é o nivelamento, que, aliás, deveria mudar de nome é fazer parte de um processo maior de acolhimento. Porque ações de acolhimento geram a inclusão pelo amor e não pela força. E qual a diferença? Crucial, por exemplo, no caso do chamado nivelamento. Quando ocorre pela força, acontece para “obrigar” os estudantes a atingirem um patamar de exigência preestabelecido sob pena de serem expurgados. É o que chamo de inclusão pela força. Essa, diria, insere, nivela, mas, não inclui. Quando faz parte de um conjunto de ações amorosas, o nivelamento não quer apenas nivela, mas, incluir, mostrar que o estudante pertence à universidade e ela com ele se preocupa. É uma ação de amorosidade, acolhedora. Que faz bem não só academicamente, mas, para a vida. É quando, efetivamente, cumprimos o nosso papel de universidade.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

A porta do acerto é o erro

Nós, os professores e professoras, principalmente das universidades, temos de, definitivamente, deixar de encarar o erro como um motivo de punição e trabalhá-lo didaticamente a nosso favor. Somos imperfeitos, logo, o erro é da essência do ser humano. Como mudar a forma de vê-lo? Simples! Basta que tenhamos a capacidade de encarar o erro como a principal porta para o acerto. Para a escola, em quaisquer dos níveis, e para a vida, encarrar o erro como forma de punição é equívoco dos mais graves porque tira de nós, os humanos, a chance de errar. O erro como porta do acerto mudará completamente a nossa fora de ver o processo de aprendizagem. E essa mudança, em tese, certamente nos tornará melhores em todos os sentidos. Se assim procedermos talvez tenhamos como interferir de forma positiva nos resultados, hoje extremamente negativos, da Educação brasileira. Principalmente do Ensino Superior.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

domingo, 17 de maio de 2015

A vida como a melhor escola

Hoje, pela manhã, mais uma vez aprendi que a vida é a melhor e, escola. Após terminar minha malhação diária, tomei o tradicional banho. Ao sair do banheiro, encontro outro colega de academia cujo nome não sei (e nem perguntei). Ele subiu na balança, disse que tinha perdido um quilo, mas, precisava estar com aquele peso na hora da luta que faria à tarde. Passou a fazer alongamentos e eu, para não ser indelicado, e em resposta ao comentário solitário que ele fez falei que, por mais experiente que a pessoa seja, sempre fica nervoso antes de uma competição. Ele, então, disse que não estava nervoso agora. Mas, que já tinha participado de uma competição e ficado em terceiro lugar. Disse que não ganhou o título porque esteve por quebrar o braço do adversário, mas não o fez: “Nenhuma medalha vale o braço que brado de alguém”. Disse a ele que não vejo lutas de esportes violentos, desejei boa sorte na luta de hoje e fomos embora. Saí de lá com a sensação de que deveria partilhar a lição que aprendi com ele: por mais violento que sejam os esportes, há pessoas que fazem a diferença. A vida, às vezes, é a melhor escola.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sábado, 16 de maio de 2015

Avanço histórico na UFAM

A aprovação pelo Conselho Universitário da UFAM (Consuni) do uso do nome social no âmbito na Universidade Federal do Amazonas (UFAM) é uma das maiores conquistas dos novos tempos dentro da Instituição. Só quem não sofre preconceito, que nunca foi escorraçado pela questão de gênero ou de opção sexual sabe o significado de uma aprovação com a que ocorreu no dia 15 de maio de 2015. O significado simbólico tem mais importância do que podemos imaginar. É uma demonstração de que a comunidade universitária não tolera mais a discriminação por conta da opção sexual de cada um. O avanço é muito mais significativo do que parece. Façamos dele motivos para nos orgulharmos das posturas institucionais com o discurso das efetivas ações afirmativas.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Recursos públicos nas IES privadas

Há uma reação descabida de professores e professoras das universidades públicas contra as mudanças ocorridas no Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) do Ministério da Educação. Ou se trata de ódio mortal em relação a tudo o que venha da Presidente Dilma Rousseff (PT), portanto, do Partido dos Trabalhadores, ou é uma completa falta de conhecimento em relação ao Programa. Do próprio site do FIES, vejamos como o Programa se define: “O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é um programa do Ministério da Educação destinado a financiar a graduação na educação superior de estudantes matriculados em instituições não gratuitas (grifo nosso)”. “Não gratuitas”, na linguagem do MEC, tem o mesmo significado que “pagas”. O FIES é o maior Programa de financiamento indireto das IES particulares (não gratuitas). No momento em que há uma previsão de cortes de 30% no Orçamento das IES públicas, o Governo corta, também, nos recursos, ainda que indiretos, destinados à iniciativa privada. E me aparecem professores e professoras das IES públicas a reagirem ruidosamente. Dá para entender?!


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

As dúvidas sobre o Orçamento

Até hoje as universidades brasileiras não sabem qual rumo tomar em relação ao Orçamento aprovado e o que realmente poderá ser gasto. Com isso, todos os projetos que não são financiados pelas agências de fomentos não podem, na verdade, sair do papel. Isso causa ainda mais incertezas em um ambiente cada vez mais incerto. O ajuste fiscal proposto pelo Governo ao Congresso não foi aprovado, até agora, como o Governo queria. O que se faz, até agora, são previsões de um corte linear de 30% em todos os gastos das universidades. Essas dúvidas relativas ao Orçamento aumentam ainda mais as incertezas e provocam reações das várias categorias. Técnicos e professores ameaçam com greves que podem aumentar ainda mais a crise na Educação. O ambiente de dúvidas gera mais dúvidas e incertezas.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

O combate ao trote no núcleo familiar

Por mais que eu seja contra o fato de os núcleos familiares, por princípio, interferirem na vida do estudante de graduação, creio que o combate a qualquer tipo de violência contra colegas de turma, tem de começar em casa. Não se pode encarar como natural que “encobrir colegas com ovos podres” é algo que deve ser encarado como uma brincadeira de adolescente. Constranger pessoas não deve ser aceito de nenhuma forma. E quem fizer parte da vida dos adolescentes tem o dever de conscientizá-los para que respeitem os outros, os colegas, os diferentes. Se assim não procedermos, não teremos como cobrar, muito menos defender, um mundo mais justo e de respeito às diferenças. O combate co trote violento é um dever de quem exerce plenamente a cidadania.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Violência brutal, insana e inaceitável

Considero o trote praticado por estudantes mais antigos contra os iniciantes, os chamados calouros, uma violência brutal, insana e inaceitável. Obrigar colegas a desfilarem amarrados, usando palavras de ordem preconceituosas contra os próprios colegas calouros ou sujá-los com farinha de trigo e ovos, para mim, possuem o mesmo grau de constrangimento e violência. Se, por princípio, defendemos um mundo mais justo, mais humano, no qual as diferenças sejam respeitadas, não podemos aceitar, em hipótese nenhuma, que estudantes, pelo simples fato de serem iniciantes, sejam constrangidos ou tratados com tamanha violência. É nosso dever de educadores, professores e professoras, combater qualquer tipo de violência dentro das universidades. E o primeiro passo é tentar convencer os estudantes a abandonarem definitivamente quaisquer tipos de trotes que envolvam constrangimento e violência. Só assim teremos uma universidade melhor e mais humana.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

A caretice nossa de cada dia

Quando digo que a universidade brasileira só tem paralelo na igreja e no exército há quem considere um exagero. Mas, quando o faço, é uma forma de ironizar a dicotomia entre o discurso e a prática. Enquanto, no discurso, a universidade é um lugar no qual se pode duvidar até da existência de Deus, na prática, não é bem assim. Não somos educados para respeitar as diferenças, ainda mantemos um nível de preconceito em relação à opção sexual de cada uma das pessoas acima do aceitável e, pasmem, leitores e leitoras: o machismo ainda é exacerbado na instituição. Temos de conviver com a caretice nossa de cada sem, no entanto, demonstrá-la. Talvez se fossemos capazes de assumir que somos caretas por natureza, fosse mais fácil mudar.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

domingo, 10 de maio de 2015

A universidade contra a terceirização

Fico a me perguntar se, na prática, professores e professoras das universidades brasileiras, bem como estudantes, são contra a terceirização. Por muitas e muitas conversas que se ouve nos corredores, que, nunca, porém, são oficializadas, o que se tem é um discurso hipócrita contra a terceirização e uma prática permanente, por partes de muitos, de fazer a terceirização às escondidas. Quem ainda não ouviu falar de estudantes que compram trabalhos de conclusão de curso? E de professores ou professoras que ofertam o serviço (terceirizado) de fazer os trabalhos acadêmicos? Serão lendas as histórias de professores ou professoras que deixam o ato de ministrar as disciplinas pelas quais são responsáveis para monitores ou monitoras? Se tudo isso não passar de lenda urbana, a terceirização já existe sim. E fica moralmente difícil combatê-la caso a prática não seja efetivamente extirpada das escolas em todos os níveis, inclusive, das universidades.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

Educação para a padronização

Uma das faces mais cruéis da Educação brasileira se nos apresenta de forma cristalina quando começamos a discutir “ações afirmativas” nas universidades: educamos para a padronização. Ora, e se educamos para a padronização, teremos imensas e quase insuperáveis dificuldade para reconhecer e respeitar as diferenças. Daí, talvez seja explicável, embora inaceitável, as reações contra os direitos sociais das minorias. Olhar o mundo por meio da nossa ótica judaico-cristã e cartesiana nos impede de reconhecer que somos diferentes um do outro em tudo, muito embora sejamos da mesma raça humana. Assim, talvez uma das maiores ações afirmativas que se possa fazer na escola é mudar a própria escola. Mudar o olhar de nós, professores e professoras, com relação ao ato de educar. Pais e mães também devem fazê-lo: educar para as diferenças. Só assim venceremos a padronização usada para reiterar conceitos e preconceitos.

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.


OBS: Post do dia 09/05/2015

Nome social: reações raivosas

As reações contra a regulamentação do “nome social” são, em geral, raivosas. Dentro e fora do espaço da universidade. Infelizmente, ainda não se conseguiu chegar à maturidade suficiente para encarar a necessidade social de as pessoas serem tratadas pelo nome com o qual se sentem melhorar. É, acima de tudo, uma questão humanitária acolher essas pessoas na vida social, principalmente dentro das escolas e das universidades, da forma como se sentem melhor. As reações raivosas talvez revelem a intolerância coletiva em relação às minorias e, mais que tudo, o preconceito que persiste contra os homossexuais. Relações homoafetivas não deveriam ser condenadas, principalmente no ambiente escolar. Temos o dever de combater o preconceito como educadores. É um desafio que deve ser enfrentado por todos nós, professores e professoras.

Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.


OBS: Post do dia 08/05/2015

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Direito ao nome social regulamentado

Publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 12 de março de 2015, a Resolução 12 do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, “estabelece parâmetros para a garantia das condições de acesso e permanência de pessoas travestis e transexuais - e todas aquelas que tenham sua identidade de gênero não reconhecida em diferentes espaços sociais- nos sistemas e instituições de ensino, formulando orientações quanto ao reconhecimento institucional da identidade de gênero e sua operacionalização.” A Universidade Federal de Goiás (UFG) já regulamentou o uso do “nome social” e a Universidade Federal do Amazonas (UFAM) também já iniciou as discussões sobre o tema. É dever de todas as universidades contribuir para o fim das desigualdades. É preciso um mundo com respeito às diferenças. Já vi reações raivosas na internet especificamente contra a Presidente Dilma Rousseff (PT) que, ao meu ver, tomou a mais elogiável e humana medida do seu Governo até agora. Da minha parte, só recebe aplausos!


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

quarta-feira, 6 de maio de 2015

O perigo de se compartilhar nas Mídias Digitais

No dia 12 de junho de 2012, um ano antes de assumir o cargo de Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), publiquei o texto “O Falso dilema da Pós e a metáfora do Bebun” neste espaço. No texto, critiquei o trabalho voluntarioso de quem coordenava os Programas, por não ter FG. Passei pela situação durante quatro anos. Atualmente, os coordenadores e coordenadoras de Pós recebem FG e todos os Programas possuem secretária ou secretário. No mais, qualquer coisa publicada à época e compartilhada hoje como se fosse atual, ou seja, fora do contexto, provocará interpretações equivocadas. Considero eticamente grave tal tipo de prática pelo potencial de destruir pessoas e reputações, inclusive institucionais. Hoje, mais uma vez, fui vítima deste de prática que combato. Por descuido, um colega professor da UFAM compartilhou o texto acima comentado. O professo me pediu desculpas por não ter visto a data e por algum tipo de constrangimento que me pudesse ter causado. Aceitei as desculpas, mas, ressalto: estragos que esse tipo de prática pode causar são irreparáveis. Todos devemos ter cuidado sempre que compartilharmos “achados” nos mecanismos de busca.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Seminário de Ações Afirmativas na UFAM

Com o tema “Desafios e possibilidades”, a Universidade Federal do Amazonas (UFAM) abre hoje, às 9h, no Auditório Rio Amazonas, da Faculdade de Estudos Sociais (FES) o “Seminário de Ações Afirmativas na UFAM”. Há quase dois anos, exatamente no dia 20 de maio de 2013, neste mesmo espaço, publiquei “A política de ações afirmativas nas universidades”. Eis o texto, na íntegra: “A política de ações afirmativas nas universidades não pode ser vista meramente como uma espécie de "transferência de renda". É preciso levá-la à sério e atentar para a finalidade precípua das ações afirmativas: diminuir as desigualdades e dar chances a quem nunca teve oportunidades iguais, de ingressar em um Curso Superior. Defender que no sistema capitalista as oportunidades são iguais e que "esse povo deve mesmo é batalhar", como tenho ouvido, é demonstrar falta de leitura política mais acurada e desconhecimento da realidade do povo brasileiro, principalmente dos pobres. Dizer que um filho de alguém das classes mais humildes tem oportunidades exatamente iguais às do filho de alguém das classes mais abastadas é desconhecer a vala que separa as classes no País. Mais que isso, é ignorar as injustiças sociais que se nos apresentam constantemente em cada canto das cidades do País. As ações afirmativas são tentativas de diminuir as diferenças entre os que possuem e os que não possuem oportunidades de ter uma carreira acadêmica digna pelas vias da "concorrência" normal. Cabe ao Estado sim, corrigir discrepâncias em todos os níveis. E assim deve ser vista a política de ações afirmações: um instrumento de acolhimento e integração de pessoas menos favorecidas ao aparato estatal da Educação Superior. É preciso refletir mais profundamente sobre o assunto para não se cometer injustiças.” Hoje tenho o sentimento do dever quase cumprido. Só o terei feito, sobre o assunto, quando a UFAM tiver aprovada sua política de Ações Afirmativas. Estamos quase lá!


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

DAV da CAPES tem novo diretor

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) terá um novo diretor de avaliação. É o prefeito do Campus da Universidade de São Paulo, Capital, professor Dr. Arlindo Philippi Jr, que também é membro da Comissão de Acompanhamento do PNPG da CAPES. Ele ocupará o cargo exercido até então pelo professor Lívio Amaral, físico da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O novo diretor de avaliação da CAPES, Arlindo Philippi Jr, que ainda nem foi anunciado oficialmente pelo novo presidente da CAPES, Carlos Afonso Nobre, que assume somente no dia 7 deste mês, quinta-feira, registra, na Plataforma Lattes, um currículo de vastas realizações: “tem Doutorado em Saúde Pública (USP), Pós Doutorado em Estudos Urbanos e Regionais (MIT/EUA) e Livre Docência em Política e Gestão Ambiental (USP). É Professor Titular da Universidade de São Paulo. Presidente da Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Saúde Pública, exerce atualmente a função de Prefeito na Prefeitura do Campus USP da Capital (PUSP-C) tendo sido Pró-Reitor e adjunto de Pós-Graduação da USP. É ainda membro do Conselho Universitário da USP. Na CAPES, é Membro do Conselho Superior tendo atuado como Coordenador da Área Interdisciplinar e da área de Ciências Ambientais tendo sido membro titular do Conselho Técnico Científico de Ensino Superior (2007-2011). Publicou 40 livros, 120 capítulos de livros e 49 artigos científicos em periódicos qualificados, . Possui 172 itens de produção técnica. Participou, como convidado, de cerca de 500 eventos científicos e tecnológicos no Brasil e no exterior.”


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

domingo, 3 de maio de 2015

O templo dos puritanos

Às vezes fico com a sensação de que a universidade, lugar que, por definição, se pode duvidar até da existência de Deus, se nos apresenta mais como se fosse um templo dos puritanos. Não à toa, comparo a universidade brasileira com o exército e a igreja em tradicionalismo. Quando leio e ouço o que defino como “esquerda barulhenta” a falar em concepções de universidade fica-se com a impressão de que a universidade é um templo de puros e puritanos, incapazes de cometer qualquer ilegalidade, talvez, um templo das irmãs Carmelitas. Seria irônico se não fosse trágico, só para não deixar de usar essa frase batida. Um clichê que define bem o momento que vive a universidade brasileira. Uma espécie de polícia política se instalou, a cobrar ética de todos, sem devolver em ética o que tanto se cobra. A universidade não é um templo dos puros, muito menos, dos puritanos. Será possível que não se enxerga isso? Ou se mantem a cegueira apenas por comodismo.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sábado, 2 de maio de 2015

A ética dos que não têm ética

Há, nas universidades brasileiras, um movimento similar ao que ocorre nas ruas e nas Mídias Digitais: cobranças éticas extremistas, quase fundamentalistas, de quem, nem sempre, é tão ético quanto propaga ou cobra dos outros. Entendo que só quem é puro e casto tem o direito de cobrar dos outros o comportamento que nunca teve. Recentemente, li e vi, de um professor, cobranças de comportamento institucional tão extremas, baseadas no que ele ouviu dizer. Não seria um ato de extrema violência condenar alguém a ser proibido de entrar no espaço da universidade apenas pelo que se ouviu dizer? Quer dizer que se alguém for acusado, sem que seja julgado ou condenado, ficará proibido de entrar na universidade brasileira? A ética que se cobra dos outros ou da instituição talvez não seja a mesma que se demonstra dia após dia. Interessante seria que as pessoas, em todos os níveis, avaliassem as besteiras que dizem ou escrevem. Sob pena de se tornarem escravos das próprias palavras.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Policiais insubordinados, mas, educados

Soldados da Polícia Militar do Paraná que se recusaram a descer o sarrafo nos professores que se manifestavam foram considerados insubordinados pelo governador daquele estado, o tucano Beto Richa. Pois eu vos digo, em nome de Paulo Freire, tais “elementos” são o de mais educado que pode existir em uma polícia. Professores ou quaisquer outros profissionais que sem manifestam, em uma democracia, jamais podem ser tratados como se fossem bandidos. Ao que parece, o Brasil passou a viver um estado de insanidade coletiva: enquanto vozes se levantam contra o “massacre do Paraná”, há quem o considere normal a ponto de dizer que “a polícia cumpriu o seu papel”. Seria louvável que soldados sempre se insubordinassem contra chefes que ainda não aprenderam que o combustível da democracia é a liberdade de manifestação. Descer o sarrafo em manifestantes é coisa de um tempo que o brasileiro deveria nunca mais querer de volta. Muito embora, ainda há imbecis e insanos com saudades dos militares. Quero sim, militares insubordinados, mas, educados para a democracia.


Visite também o Blog Gilson Monteiro Em Toques e o novo Blog do Gilson Monteiro. Ou encontre-me no www.linkedin.com e no www.facebook.com/GilsonMonteiro.