domingo, 24 de maio de 2015

A universidade não forma técnicos

Há, inclusive entre os próprios membros da comunidade universitária, um problema de identidade que, pelo jeito, nunca se resolve: o perfil dos egressos. A comunidade equivocadamente cobra que a Universidade forme técnicos para o mercado. Em Manaus, a cobrança é ainda maior: a Universidade Federal do Amazonas (UFAM) deve formar mão de obra qualificada para o Polo Industrial de Manaus (PIM). Equivoco, erro crasso, falta de conhecimento sobre o papel da universidade. A universidade deve formar pensadores, cientistas, empreendedores. Deve formar sim, inclusive, para o PIM, dirigentes, pessoas que trabalhem no nível estratégico. Pelo perfil híbrido dos formados, que não deixam de aprender, ainda que de forma pouco profunda, técnicas, a universidade também pode formar para o nível tático. Mas, quem quiser profissionais para o nível operacional não podem buscá-los na universidade, portanto, na UFAM. Antes de cobrar das universidades, assim sendo, da UFAM, as pessoas devem ampliar o universo das leituras e da visão sobre o papel da universidade. Para não quererem da UFAM o que ela não pode dar.


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