Desde o resultado das eleições
que o Brasil parece ter optado por ressuscitar uma doutrina surgida no Século
III da Era Cristã, que se transformou em religião: o maniqueísmo. O persa Mani
ou Manes, ficou consagrado como Maniqueu e deu origem ao maniqueísmo, uma
espécie de seita religiosa com adeptos na Índia, China, África, Itália e Sul da
Espanha. Para Maniqueu e seus seguidores, o universo é resultado de dois princípios
antagônicos: Deus como o bem absoluto e o Diabo como o mal absoluto. A
política, no País, em todos os níveis, parece ter descambado para esta direção:
quem estiver do meu lado é o bem absoluto e quem estiver contra mim é o mal
absoluto. Equivocadamente, os dois lados dizem defender a democracia como
regime de governo. Em verdade, os dois lados são absolutistas, reacionários e
jamais respeitam as diferenças como tanto pregam. No neoreino absoluto de
Maniqueu, quem discorda é satanizado. Tudo o que é conquista, tudo o que foi
feito de bom é resultado do trabalho dos “bons”, dos dedicados. Quem deles
discordar representa o mal. No neoreino de Maniqueu não há espaço para a
Democracia, para o respeito às diferenças. É um reino de presepeiros e
presepadas.
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