Pode parece brincadeira, mas, ouvi, nos corredores
da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) que a mobilização de jovens indo às
ruas para protestar contra o aumento da passagem de ônibus, contras as obras
superfaturadas da Copa do Mundo e contra a corrupção que grassa no País
"tem os militares por trás". É preciso ser muito alienado, ou um
perfeito idiota, ou ambos, para acreditar que os militares brasileiros, depois
de tanto tempo, conseguiram recuperar as forças e tirar os jovens (e as demais
pessoas de todas as idades) das suas casas para protestar. O que esses teóricos
do besteirol nunca quiseram nem estudar é o fenômeno das Mídias Digitais. Como,
inicialmente, só se fazia, no Brasil ativismo de ponta de dedos, ficou a ideia
de que o povo estava anestesiado. O que se tem desta vez é um movimento cujas
caras não são pintadas (como na era Collor), mas que, também, não tem a cara
dos partidos políticos nem das organizações sindicais, todas elas sob o jugo do
Partido dos Trabalhadores (PT). Nem a gloriosa União Nacional do Estudantes
(UNE) sai do casulo. Não avaliar corretamente o potencial das Mídias Digitais,
especificamente das Mídias Sociais, parece ter sido o erro do Governo e dos
chamados "estudiosos". Agora, diante do fenômeno, não sabem nem o que
dizer ou fazer. Subestimar a inteligência coletiva talvez seja o maior erro do
governantes. De nós, os pesquisadores, os erros também aparecem. Essa hipótese
de os militares serem o vetor das manifestações é patética. Coisa de quem não
conhece nem estuda as Mídias Digitais.
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Post do dia 18/06/2013
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