sábado, 15 de junho de 2013

A santíssima trindade acadêmica: ensino, pesquisa e extensão

Considero crucial que a indissociabilidade Ensino, Pesquisa e Extensão não seja apenas uma letra morta do Decreto 5.773/06. É preciso que as universidades brasileiras não se limitem a cumprir o Decreto pró-forma. Em todas elas, o desafio é promover, efetivamente, o que resolvi denominar nesta postagem de "santíssima trindade acadêmica". E por que faço uma correlação com a santíssima trindade dos católicos? Pelo simples fato de que Pai, Filho e Espírito Santo em um só ser é uma questão dogmática, de fé: existe, mas, ninguém vê nem sabe explicar. Contenta-se em acreditar. Na universidade brasileira, a indissociabilidade Ensino, Pesquisa e Extensão tem a mesma característica da santíssima trindade católica: existe, porém, na prática, ninguém vê. É como se fosse um dogma acadêmico brasileiro: todos acreditam, mas, poucos a praticam. Um professor (ou professora) desenvolver um projeto de extensão, um projeto de pesquisa ou ter uma bolsa de monitoria (ou ministrar uma disciplina) na graduação, não significa que esteja a praticar a indissociabilidade entre Ensino, Pesquisa e Extensão. A indissociabilidade efetiva só ocorre quando as ações de Ensino, Pesquisa e Extensão possuem correlação, isto é, constam nos projetos pedagógicos dos cursos de graduação, relacionam-se com as pesquisa desenvolvidas nos programas de Pós-graduação e com as ações de extensão. Sem isso, o que se tem são trabalhos isolados, sem coesão, logo, não são indissociáveis. O desafio, portanto, é transformar essa indissociabilidade não em uma profissão de fé, mas, em políticas que induzam às ações efetivas e indissociáveis entre Ensino, Pesquisa e Extensão.

Se você ainda não leu a “Carta aberta ao secretário Sérgio Mendonça”, cliquei aqui, leia e replique. Todos precisamos refletir sobre o problema. Juntos!

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OBS: Post do dia 14/06/2013

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