sexta-feira, 8 de julho de 2016

As verdades biodegradáveis da Ciência

Na ciência como na vida, há limites para os acertos e quase o infinito para os erros. Com o método científico e o pensamento lógico há uma tentativa de redução das incertezas. Ou seja, o máximo que se consegue, a partir da observação empírica, é criar condições para que se chegue às verdades passageiras. Verdades científicas, portanto, jamais serão absolutas. Edgard Morin, ao alertar para os cuidados que se devem ter com o conceito de cultura, defende que se trata de um “conceito biodegradável”. Eis uma paráfrase que pode ser usada para a Ciência: suas verdades são completamente biodegradáveis. E, filosoficamente, devemos ter orgulho de assumir esta transitoriedade. Serve para nos embrulhar com um pacote de humildade fundamental para o próprio avanço da Ciência. Quando verdades absolutas não existem, o conhecimento avança permanentemente. Eis o segredo da Esfinge.


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