terça-feira, 27 de maio de 2014

Educamos para quê, afinal?

Às vezes fico com a impressão que um pai manda seu filho para a escola simplesmente baseado no fato de que se o seu vizinho manda, ele também tem de mandar. Ou educamos apenas para que ele (o filho) "consiga se dar bem na vida" ou "arrume um emprego". As escolas, por seu turno, em todos os níveis, parecem ter o perfil do egresso em seus Projetos Políticos Pedagógicos apenas para cumprir uma formalidade contida nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e exigida pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). Educamos para quê, afinal? A pergunta, em alguns casos, irrita demasiadamente dirigentes de escolas e de Instituições superiores. Na prática, o que se vê, é que, coletivamente, trata-se da pergunta mais mal respondida da Educação brasileira. Fica-se com a nítida impressão de que, no Brasil, educa-se para que o estudante não cruze nem a rua da equina. Há um nítido preconceito contra a Internacionalização. A mobilidade é quase zero dentro do próprio País e, no mais das vezes, das próprias Instituições. Quando não se tem um caminho, qualquer caminho serve. Este parece ser o lema das escolas brasileiras, do nível básico ao superior, passando pelo médio. Talvez, por isso, formemos tantos estudantes medianos. A pergunta do título desta postagem ainda precisa ser respondida. Ou, talvez, nunca deva ter mesmo uma resposta definitiva.


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